terça-feira, novembro 29, 2005

Mustacheless

Era uma vez um bigode...
Ficou espalhado por aí, junto com uma tentativa frustrada de barba Velasquez (ou D'Artagnan se prefirirem)...
Agora restam apenas os Unidos do Meio do Queixo. Esses resistiram bravamente. Quando eu cogitei partir para cima deles com ímpeto assassino e lâminas afiadas eles disseram que não saíriam sem sangue. Foram bastantes convincentes na ameaça, e garantiram que tinham uma espinha como refém.
Achei melhor me preparar com mais calma para a batalha. Mas tudo bem, até domingo eu tiro eles de lá.

Bo-bo-bo-Borelli...

Tio Ros foi até a FAU hj tentar falar com o tio Borelli...
...Mas o tio Borelli não estava lá.

O que me alivia um possível desespero é que ele parece dar ainda menos importância para o que ensinou nessa matéria do que eu para o que aprendi.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Argh! De novo!

Estava eu acabando de montar meu sanduíche, já estavam nele o provolone, o roastbeef (quase um canibalismo), o presunto, a mostarda alemã (comprada em promoção, lógico), e o gorgonzola (importado mas mequetrefe). Faltavam apenas algumas fatias de tomate.
E eis que, na hora que o tomate atingiu o pão, começou o programa político do PFL!!!!!
E foi muito pior do que o programa do PSDB da semana passada. Mais demagogo, mais voltado pra camada ignorante do povo, mais nojento. E fazendo uma propaganda acusatória de baixo calão.
Destaque especial para a parte do "Serra levou asfalto para a periferia", e imagem daquela periferia toda impermeabilizada. Legal. Aqueles que comemoraram esse asfalto provavelmente também vão comemorar o fato de precisarem de barcos para andar pelo bairro a partir do mês que vem.
Mas tudo bem, porque aí fazem um piscinão, e o cara fica com fama de ter levado o asfalto e resolvido as enchentes.
E leva ainda mais votos.

domingo, novembro 27, 2005

Tornando algo público.

Aparente mente foi um comentário meu no blog do pmugf que acabou por tornar o blog da Thábata público. E agora eu me sinto como alguém que mexeu em algo que não devia, ou como se tivesse dito algo que não devia.

Meu comentário "Cade o link pra Thábata? Thábata, qual é o seu blog?" Me fez lembrar de outra coisa que eu disse meio sem pensar, para um amigo:
Estávamos em um grupo esperando para entrar no Café Aurora, quando um dos meus amigos vira para outro e diz: "Leo, pô, desculpa não ter ido. Ontem eu tive uns problemas, não deu. Foi mal". E a resposta: "Não esquenta não, não tem problema". Nisso eu, curioso e sem noção, viro e pergunto: "Leo, que que foi que eu perdi? Festa? Zorra?Putaria?". E ele: "Velório da minha avó".

Isso faz uns 3 anos. E de lá pra cá parece que eu ainda não aprendi a controlar nem minha curiosidade, nem minha capacidade de falar a coisa errada na hora errada...

A porta e a paranóia

14h: Campainha toca. A comida, pedida na Cantina do Mário (aquela em que o presidente almoçava), chegou.
19h. Volto da cozinha com meu chá em mãos, e noto a porta aberta. Escancarada na verdade. Saio na rua para ver se algum dos meus irmãos chegou e precisa de ajuda para carregar algo. Nada. Ninguém. E percebo que ninguém havia aberto a porta mesmo, ela estava aberta desde às 14h.
Nenhum assaltante entrou. Nenhum mendigo entrou. Nenhum vira-lata entrou. Nada. E eu fiquei pensando se não seríamos prisioneiros de uma paranóia de uma segurança fictícia. Afinal, não seria uma porta que deteria alguém mal intencionado. Nem a falta dela que faria a alegria de um "ladrão de ocasião".
De qualquer forma, gostaria que isso fosse possível sempre, sem medos.
Atualmente o dormir tem sido apenas um breve descanso que faz demorar mais um amanhã que já veio.

Eu escrevi isso no blog do Pita, comentando um post dele. E resolvi colocar aqui também, primeiro porque gostei, segundo porque parece bastante apropriado depois dessa noite insone de sábado para domingo.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Estragaram meu jantar

Estragaram meu jantar. Me fizeram ser acometido de um ataque de nojo.

Meu jantar consistia em 2 conchas de sopa de feijão com macarrão, um kibe, um pastel de pizza e um bolinho de bacalhau (Meus pais passaram no Yokoyama - a pastelaria, no Cambuci, não os pneus - e compraram umas frituras pro jantar. Saudáááável...), nessa respectiva ordem.
Nada de errado com a comida, o problema foi o acompanhamento dela. Explico:

Quando estava tomando a sopa o Jornal da Bandeirantes exibiu uma entrevista com o digníssimo ex-presidente FHC, em que ele dizia, entre outras coisas, que o Palocci era substituível e que o Lula está apenas fazendo uma continuidade do que ele FHC havia feito, sendo os méritos do que está dando certo dele mesmo, não do Lula. Ok, e eu sou o Papa. De toda forma, minha sopa de feijão havia se estragado. Fui para a parte II do jantar, o kibe frito, e mudei para hediondo JN...
O kibe estava muito bom, até que depois da 2a mordida o JN exibiu uma entrevista com o ACM Neto. Pronto, o Kibe estava estragado. Não cheguei nem a ouvir o que ele disse, mas acho que não precisava.
Parto para o pastel. E o JN é interrompido pela propaganda partidária. E eis que, depois de muita baboseira agressiva, aparece o Jereissati. O pastel perdeu o gosto, o enjôo voltou, mesmo assim continuei comendo. Até eles dizerem que o PSDB consertou as estradas estaduais de Minas no governo do Aécio Neves. Larguei o pastel (aqueles que foram comigo para Brasília ou para Poços de Caldas sabem o quão boas são as estradas em Minas). Imaginei se algum pastel acreditaria nisso. Respirei fundo, bebi dois copos d'água, e respirei fundo de novo, afinal eu não pretendia desperdiçar o bolinho de bacalhau.
E comecei a comer o bolnho, tentando não prestar a atenção na TV. Mas aí mostraram o Serra, dizendo que era a melhor prefeitura que São Paulo teve nos últimos anos, e que ele fazia e resolvia. Nessa hora o bolinho engasgou na garganta e, em seguida, quando lembrei da fantástica idéia dele de aumentar o comprimento dos ônibus de 12m para 15m, (Alguém parou pra pensar como eles vão fazer curva? Ou se eles caberiam por exemplo na Paulista?) o bolinho ameaçou voltar.

Aí eu desisiti. Era melhor não tentar comer mais. E fui para a sala assistir um Simpsons repetido.

Optativas

Hj fiz matrícula pra minha(s) última(s) matéria na FAU.

E é incrível como em alguns semestres só tem optativa tosca.
Tentei as melhores que tinham, que em AUP eram de PV (por aí já dá pra sentir o nível), a 1a opção com o Silvio Ulhoa e a 2a com o Dworeck. A 3a, que espero não pegar, é uma de paisagismo.
Em AUT (que não sei ainda se precisarei), nem lembro o que tinha, mas a 1a opção foi Desenho de Observação.

Tudo uma droga, mas eu preciso.
Espero ao menos que, seja qual for, não seja traumática...

O carro e a sorte

Tirei o carro do mecânico na quinta passada.
Ontem, quarta, fui atá a Vereador José Diniz entregar as notas na corretora de seguros, pra tentar a restituição com o causador do acidente.

Num farol,
numa esquina já conhecida,
um caminhão,
um espaço apertado,
uma moto...

...E UM RISCO!

Um risco grande. O desgraçado passou num espaço que não passava uma bicicleta entre meu carro e o caminhão e me riscou fundo a lataria recém-pintada com uma grade enferrujada que ele tinha no lugar do baú da moto.
E eu nunca tinha levado um risco de um motoqueiro, ao menos não um relevante, só marquinhas.
Tinha que acontecer logo depois de tirar o carro do mecânico...

quinta-feira, novembro 17, 2005

Mais uma do Sr. Pr. Dr. Inventor da Mountain Bike (editado - ver comentários)

Hoje de manhã, aula da Prof. Sueli Schiffer (saúde), substituta do P. Gunn. Seminários. No meio de um dos seminários ela pede licença e vai conversar com alguém do lado de fora da classe. Quando entra ela explica pra gente o motivo da conversa:

"Olha, eu vou contar o motivo da minha conversa porque eu acho bom os alunos saberem o que se passa na escola. O prof. Boueri pediu transferência para a USP Leste, não sei o que ele vai fazer lá, ele é assistente do reitor, e se comprometeu a dar aulas normalmente nesse semestre.
Mas não apareceu. Aí tivaram que juntar as turmas dele com a do Moacir, mas parece que deu um imbróglio, ele não conseguiu dar a matéria.
Resultado: Os alunos se reuniram e fizeram um abaixo assinado por todos dizendo que consideravam o semestre perdido e que queriam ser reprovados."
E um pouco depois ela ainda disse o que todos do departamento de tecnologia acharam do pedido de transferência do Boueri: "Quando a gente soube todo mundo no departamento comemorou."

...

Se meu ano tivesse tido esse tipo de iniciativa teriam sido umas 10 matérias com reprovação coletiva...

Como preparar uma batata-doce na fogueira

Compre algumas batatas-doce. As maiores que achar. De preferência do tamanho de um melão.
Faça uma fogueira com os restos da poda de maio da amoreira.
Jogue as batatas na fogueira.
Espere até só restar o braseiro.
Procure dentro do braseiro alguns restos de madeira queimada do tamanho de uma pêra e que lembrem uma batata-doce.
Pegue algum instrumento que se pareça com uma pinça e seja comprido para retirar os carvões, ou melhor, as batatas-doce.
Pegue a primeira das batatas-doce no braseiro e a coloque em um prato.
Peça uma luva de cozinha e gelo.
Ponha a luva de cozinha depois de aliviar as queimaduras da mão com o gelo.
Tente segurar a pinça mesmo com a luva de cozinha.
Pegue a segunda batata-doce.
Peça mais gelo.
Pegue a batata-doce do chão e a coloque no prato.
Desista da luva de cozinha.
Vista uma luva de mecânico.
Pegue a terceira batata-doce.
Jogue a luva de mecânico em chamas no chão e grite em desespero por um balde de gelo.
Afunde o braço no balde de gelo.
Volte a usar a luva de cozinha.
Repita o procedimento da segunda batata-doce com as seguintes, sempre afundando o braço no balde de gelo depois.
Peça um faca para cortar as batatas-doce.
Segure firme a batata para ela não sair voando enquanto você a corta.
Grite de dor em desespero xingando a batata-doce enquanto afunda a mão que usou para segurar a batata-doce no balde de gelo.
Peça um garfo.
Corte as batatas.
Peça um colherinha.
Raspe o miolo amarelo escuro e cremoso da batata-doce com a colherinha tomando cuidado para não enchê-la muito de carvão (a colher deve ser realmente pequena).
Pronto! Agora você já pode comer as 50g que sobraram de sua batata-doce de 1.5kg.
...

Terça, chego de Ibiúna por volta do meio-dia. Encontro meu pai com cara de que estava me esperando pra alguma coisa. A coisa era queimar os restos da poda da amoreira.
Junto a isso ele quis queimar umas batatas-doce e uns milhos na fogueira (mais tarde teve também umas bananas na brasa, mas aí eu já não estava mais em casa).
A coisa não foi nem de perto tão ruim quanto eu descrevi, nem eu queimei tanto as mãos nem nós perdemos todas as batatas-doce. Três ficaram como descrevi acima, as outras duas que ficaram menos tempo (sendo que uma foi enrolada no papel alumínio) ficaram boas. Em todo caso, tinham que ser comidas de colher, já que era a única forma de evitar o carvão da borda. E o miolo fica realmente bom.

O milho... bom, se você gosta de milho seco, crocante e churrascado, então enrole umas espigas no papel alumínio e jogue no fogo (no braseiro é melhor). Fica comestível. E lembre de pôr sal antes.

Contando os amigos nos dedos da mão direita (o Dedão)

No post da batida eu escrevi que sobre o fato de que dizem que os amigos de verdade se contam nos dedos da mão direita. Se isso é verdade ou não eu não sei. Assim como não sei quem ocupará esses dedos quando eu estiver velho, ou ainda se encontrarei um torno mecânico que acabe com alguma amizade que parece duradoura.

Mas fiquei pensando nisso. Especialmente no dedão. É diferente dos outros, fica distante deles, e é uma das razões de termos evoluído como espécie.
Sem o dedão a vida fica complicada, pequenas tarefas se tornam grandes fardos. Sem o dedão estamos sem uma das coisas que nos torna humanos. O dedão então tem uma posição especial e, se baseando nessa teoria, deve ser “ocupado” por uma pessoa especial.


E é curioso como a forma de ocupação do dedão também é diferente da dos outros dedos, que são ocupados ao longo do tempo, sob muita confiança.
O dedão não, muitas vezes basta uma distração e o dedão tem dono. “Quem é você?” “Eu sou a nova dona do seu dedão, prazer.” Ele também pode ser oferecido, sendo que algumas vezes ele é oferecido a quem mereceria no máximo o anelar da mão esquerda, ou ainda pior, a quem mereceria no máximo um dos dedinhos do pé, e ainda com frieira.

Mais curioso ainda é como um dedão às vezes é recusado pela dona (que já o possui, mesmo que não o tenha procurado), esta dizendo preferir o indicador, ou um desses dedos de menor compromisso mas grande relevância.


Mas isso é só uma teoria, e eu não sei se acredito ou não, afinal nunca tive frieira no dedão...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Pescando

Essa segunda pesquei com uns amigos numa represa entre Ibiúna e Piedade.

Já havia pescado outras duas vezes, nessa mesma represa, e tinha conseguido um peixe da primeira vez e nenhuma da segunda. Dessa vez foi diferente, aliás eu fui quem mais pescou, 7 peixes (4 carás e 3 tilápias), e o número de peixes só perdeu para o número de galhos, 8 (5 da represa e 3 da árvore atrás de mim). Teriam sido 8x8 se o oitavo peixe, ou melhor, o segundo, não tivesse ido parar na árvore da qual eu estava pescando os galhos.
Ficou lá, o peixe, a bóia, e boa parte da linha. E um gordinho (ou melhor, 2, já que eu tive ajuda) embaixo puxando a linha para ver se quebrava o galho o galho em que a bóia estava presa (era impossível de alcançar... e o peixe estava em um galho mais para cima, completamentamente fora de alcance). E eu não consegui nem soltar nem quebrar os galhos. Ainda bem, porque se tivesse conseguido teria sido algo como 10 galhos X 8 peixes. Assim o vexame foi um pouco menor.


Ah, o maior dos peixes era do comprimento da palma da minha mão. O menor, bom, deixa pra lá... parecia peixe de aquário...

Editando o post da batida

Eu já editei lá, mas eu sei que ninguém vai ler tudo de novo pra ler uma notinha só, então eu estou postando de novo.


Achei que na hora da batida não tive tempo de dizer nada pra ninguém, mas estava errado eu disse sim. O que aconteceu de verdade foi:

Eu disse "Tem óleo na pista..." shhhhhh POF!

quarta-feira, novembro 09, 2005

Spidiu (parte III)

Funcionando. Finalmente.
E tudo por causa de um placa de rede defeituosa.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Spidiu (parte II)

Manhã de Natal...
Uma criança ganha um carrinho de controle remoto...
Sem pilha.
E todas as lojas da cidade estão fechadas.

É assim que eu me sinto com esse Speedy. E não consigo achar o problema no meu micro.

...

Ah, não teve téniquio Seu Creysson, foi "auto-instalação-por-si-mesmo". Mas a instalação parece OK, já que o laptop pelo qual vos escrevo está conectando normalmente.

sábado, novembro 05, 2005

Spidiu

Finalmente estou com Speedy em casa. Mas, como era de se esperar, está dando problema. Não no Speedy em si, mas na minha instalação telefonica do micro.
Espero resolver rápido.

quinta-feira, novembro 03, 2005

As vezes eu tenho a impressão de ter andando como se pisasse em ovos nos últimos tempo...

...e as vezes eu tenho a impressão de ter deixado uma enorme omelete de rastro.

Maybe Baby (quarta 02nov2005)

Maybe Baby
I’ll have you
Maybe Baby
You’ll be true
Maybe Baby
I’ll have you for me
It’s funny honey
You don’t care
You never listen
To my prayer
Maybe Baby
You will love me some day
Well you are the one that
Makes me glad
Any other that
Makes me sad
And when some day
You want me
Well I’ll be there
Wait and see…
Maybe Baby
I’ll have you
Maybe Baby
You’ll be true
Maybe Baby
I’ll have you for me
...

Essa música é trilha de um filme inglês de mesmo nome, e desde que eu vi o filme, ou melhor, desde que vi uns pedaços do filme (porque é impossível assistir aquela porcaria até o final), eu estou atrás dessa música. Ao contrário do filme ela é bem legal.
Hoje, ouvindo alguns cds na falta de coisa melhor para fazer com esse feriado vazio, para minha surpresa eu encontro um cover dela em um EP japonês do Brian May, chamado Red Special, que o Gil me trouxe lá da japalândia. Não é a versão do filme, mas é muito boa, e ainda por cima tocada por um dos meus músicos favoritos.
Nesse EP tem a letra dela também, que apesar se simples (como a música) também é muito boa (como a música). Gostei.
E eu acho que eu já agradeci, mas, em todo caso, Valeu Gil!

Como um dia pode dar errado (terça 01nov2005)


Sábado, 15/10/2005.

Aniversário de um amigo próximo, o Keyller (que agora mudou o nome pra Guillem e não sei mais como chama-lo). Para comemorar ele convidou os amigos para passar o dia na casa dele de Ibiúna, onde ele faria uma paella. As orientações eram chegar cedo, aproveitar o dia, a piscina, as piadas do pai dele, essas coisas. Eu bem que pretendia a princípio chegar lá cedo, mas como duas amigas minhas, a Amanda e a Viviane, tinham compromissos de manhã (pos e trabalho respectivamente), acabei atrasando minha saída para elas irem comigo, assim eu aproveitava e não perdia o ensaio com a banda (do meu irmão), mesmo porque eu já tinha pago por ele.
Eu estava ansioso pela festa. Eu gosto do ambiente da casa deles Ibiúna, muito pelas pessoas mas também pela casa, as paellas do Keyller são sempre muito boas (mesmo a paella de abelha* estava boa), e seria uma oportunidade de conhecer gente nova e rever gente que eu não vejo há muito tempo (uns 6 meses, outros 2, 3 anos), incluindo algumas amigas bonitas do Keyller. A festa seria também uma forma de me afastar das coisas que tinham dado errado nas duas semanas anteriores, esquecer um pouco o Outubro Negro que eu vinha tendo, ou ao menos passar um dia me divertindo sem pensar nos problemas.

...

Ensaiei com a banda das 10h as12h (Agora não me lembro direito do ensaio, mas lembro que saí mau-humorado, o que significa que deve ter sido uma merda. Mas talvez já estivesse mau-humorado antes do ensaio), e depois do ensaio dei uma embaçada pela Teodoro, olhando algumas vitrines, para embaçar até às 13h, hora que eu combinei de encontra-las na estação Clínicas do metrô. Com algum atraso, 13h15 saímos do estacionamento na frente do estúdio na Teodoro, e meia hora depois estávamos entrando na Raposo.
Entrei na Raposo acelerando no subidão do início para chegar aos 100km/h do limite, fiz a primeira curva pra direita, provavelmente tangenciando, porque no curvão para a esquerda em seguida eu estava na faixa da direita. Ao entrar no curvão para a esquerda vejo um Uno escapando (me lembro de um Passat vermelho escapando também, mas a memória do acontecido ficou meio confusa) e batendo no guard-rail. Imediatamente eu pensei em algo como “mas que cagada esse cara está fazendo?”, e enquanto pensava isso já virei tudo para a esquerda e levantei o pé do acelerador, na expectativa de me livrar de bater no Uno, que ainda não tinha parado.
Quando fiz isso perdi por completo o controle do Corsa, e fui escorregando direto para o guard-rail, como se tivesse esquis e não pneus, sobre o que depois descobri que era óleo, muuuuito óleo. Não lembro se cheguei a falar algo para as meninas (editando: cheguei a falar sim, disse "Tem óleo na pista". Em seguida aconteceu um shhhhhh POF!), avisar que ia bater. Acho que não.
Bati a 100km/h, e fui escorregando junto ao guard-rail, ralando todo o carro, em parte porque o carro ficou preso em uma vala entre o fim da pista e o guard-rail. Enquanto eu ainda estava em movimento e ralando o carro assisti pelo espelhinho um Clio batendo também no guard-rail atrás de mim, e vir ralando como eu até parar praticamente encostado no meu carro, que já estava parado.
De repente um instante de calmaria (provavelmente poucos segundos), olho para ver se está tudo bem com as meninas. Pergunto “tudo bem” e recebo uns murmúrios afirmativos. De repente um barulho de pneus cantando, muito forte, indicando mais um ia se juntar à festa. Olho pela janela e vejo outro Uno atravessando direto da faixa da esquerda na direção do meu carro. Cruzo rápido os braços na frente do peito e grito “se protege” ou algo do tipo para as meninas. Ele me acerta em cheio na minha porta, um impacto tão ou mais violento quanto o que eu tinha dado sozinho. Passo um instante meio aéreo depois da batida (talvez nem um segundo), tiro o cinto, olho pelo espelhinho e vejo dá para sair, então pulo para fora do carro, quase caio escorregando no óleo e grito para as meninas (provavelmente fui bastante grosso nessa hora, mas não dava muito pra ser polido) “Sai, sai, pra fora, rápido” ou coisa do tipo. A Viviane, que estava no banco de trás entende e vem saindo. A Amanda vira pra mim e diz algo como “Não dá. Minha porta não abre”, o que era óbvio, já que a porta dela estava prensada guard-rail. Respondi grosso de novo, “Por aqui, rápido”. Nisso ela entende, tira o cinto e tenta sair pela porta do motorista, mas quando ela faz isso prensa a Viviane, que já estava levantando o meu banco pra sair. Resolvi puxar as duas pra fora, mas não lembro a ordem que saíram. Eu estava já desesperado, com medo de ser prensado por mais algum carro descontrolado. Acho que foi o momento mais tenso do acidente. Saímos patinando pelo óleo, com dificuldade até para ficarmos de pé e pulamos o guard-rail para uma espécie de pracinha que tinha atrás, e que a essa altura já estava lotada de pessoas que tinham vindo ver o acidente. O acidente tinha acabado. Agora começava a dor de cabeça.
...

Fora do carro, em um lugar meio protegido cai a primeira ficha. Eu dei minha primeira grande porrada de carro. A primeira que poderia ter sido “kaput”. Mas eu estou bem. E me vem à cabeça vontade de fazer uns telefonemas apenas para falar que estou bem, que estou vivo. O primeiro foi para casa. Falo com minha mãe, que depois me passa para meu pai. Não lembro de nada da conversa, mas lembro que meu pai nitidamente não havia entendido o acontecido. Enquanto falava com eles chega no local do acidente uma equipe de manutenção da rodovia do DER e em seguida um policial rodoviário. Desligo dos meus pais e ligo para o seguro, afinal para mim era só tirar o carro (ou melhor, o que sobrou dele) dali e levar para a oficina. Nisso a amanda me avisa que o policial pediu os documentos. Deixo tudo na mão dela e peço para ela entregar para ele.
E aí começa a parte 2 do “Quanto um dia pode dar errado”. Após desligar do seguro a Amanda vem falar comigo, algo sobre não ter encontrado o documento do carro, não lembro. Procuro na carteira de documentos e entrego o documento mais novo que encontrei, o de 2003 para o policial, o sgt Martinelli. Ao pegar o documento ele diz “ta meio atrasado esse aqui não?”.
Começava outra dor de cabeça, a de procurar o canhoto do pagamento eletrônico do licenciamento. Depois de um tempo eu encontro o que achava ser o canhoto de 2004, e ele estava com a tinha completamente apagada. Mais desespero. Segue um zilhão de telefonemas para casa, para perguntar do licenciamento, intercalados por outro zilhão de telefonemas, do seguro, para confirmar minha localização. No meio desses o policial me avisa que iríamos agora para o posto da PMR, no km18, e que meu carro seria guinchado para lá.
Fomos de carona com ele, e no posto a dor de cabeça dos telefonemas para casa continua, junto com os telefonemas para o seguro, agora para avisar que o carro seria guinchado pelo DER para o posto da PM. A Amanda liga para o pai dela verificar pela internerds o status dos licenciamentos do meu carro. E começa a cair a 2ª ficha. Eles estão realmente atrasados. O carro vai ser apreendido. Ligo para casa, falo com meu pai, que novamente não entende direito o significado o que estou dizendo.
Horas passam até que meu carro que seria apreendido chega ao posto policial. Nesse meio tempo, sento no sofá rasgado do posto policial, e a 3ª ficha cai.
Eu tinha dado uma batida violenta, e depois levado outra, exatamente em cima de mim. E por alguma razão que até agora não entendi direito (pode ter sido a segurança do carro, pode ter sido apenas sorte), eu saí completamente inteiro de uma batida que poderia ter me machucado muito (para não dizer outra coisa). Bateu um certo desespero, e eu desconfio que tenha até assustado um pouco a Amanda, que estava sentada do meu lado.
Pouco depois meu carro chega, e a Viviane lembra que estava com a câmera digital, que poderíamos tirar umas fotos do carro. Meu primeiro pensamento foi “Mas porque não lembrou isso no local do acidente???”, mas não disse nada, porque quando estávamos no local do acidente eu também não conseguia pensar em nada. Após sair do carro, fiquei olhando para ele, pensando “ainda bem que foi só o lado direito”, até que um cara veio falar comigo, e eu perguntei “você também bateu?” e ele me respondeu “Pô, eu entrei rodando lá na tua porta”. Isso. Não era só o lado direito. O lado esquerdo também tinha ficado um lixo. Até pior que o direito. Portanto o esquecimento da Viviane me pareceu normal. Eu tinha esquecido coisa muito pior.
Daí em diante foi só burocracia. B.O., papelada da apreensão do carro, notificação da multa, etc. Voltamos com meu pai, que havia ido nos pegar com um carro que também estava com os documentos atrasados.
Não cheguei a fazer mais nenhuma ligação para avisar que estava bem, por mais que tivesse sentido vontade. Todos meus créditos haviam ido embora falando com o seguro.
...
Acertamos os documentos e retiramos o carro do pátio da PM na segunda-feira, pagando R$303 pelo guincho (a estadia só começaria a ser cobrada depois de 5 dias).
...
O curioso é que essa é uma batida com a qual eu já havia sonhado. A imagem de uma batida como essa já existia claramente na minha cabeça.
Mas antes de achar que foi uma premonição ou qualquer coisa do tipo, acho que era um medo recorrente. Mas não deixa de ser estranho.
...
Fiquei bastante chateado com batida. Chateado pela dor de cabeça, chateado por ter perdido a festa, chateado por ter sido mais uma coisa errada em um mês negro, e por ter sido jogado de volta aos meus problemas originais justamente num dia que deveria ter sido o dia de trégua e divertido que queria.
Mas principalmente chateado por ter posto a Amanda e a Viviane em risco. Fico extremamente aliviado de que elas tenham saído sem nenhum arranhão. A Viviane, apesar de ser alguém com quem eu converso pouco, se mostrou uma boa amiga. E a Amanda, se é verdade que os bons amigos podemos contar nos dedos da mão direita, tem pelo menos o dedinho.
Teria sido muito duro se uma das duas tivesse se machucado por minha causa.
.....
*Paella de Abella*: Uma vez o Keyller fez uma paella sob uma das árvores da casa, exatamente embaixo de uma colméia de abelhas. A hora que a fumaça começou a subir as abelhas começaram a cair. Muitas! E não havia como tirá-las da paella, mas também não havia como jogar fora e começar do zero.
Então comemos assim mesmo. Crocante. E não chegou a alterar o gosto.

Explicações (terça, 01nov2005)


Estou sem internet, por causa de um problema de comunicação entre o Windows XP (odeio o XP) e meu modem, e por causa de um problema da telefônica em demorar pra instalar o Speed (odeio a Telefônica).
Estou agora vendo e-mails em um LAN cheia de moleques jogando vidiogames, e to aproveitando o tempo pra atualizar o blog também.
Escrevi os posts no meu micro, e na hora de posta-los estou pondo a data do dia que foram escritos, ou pensados. Vai ser assim até minha internet voltar, dia 11 ou 14 desse mês (espero).
Ah, e respondendo, eu infelizmente não assisti “A Era Do Gelo” ainda e, sobre o acidente, resolvi fazer um post contando sobre ele. Acho que é uma história legal.
Não, eu não apago comentários, e não pretendo apagá-los (a não ser que alguem escreva alguma hecatombe).
E vou tentar escrever de uma forma que pareça mais com o jeito que eu falo.
E sim, eu tenho um blog. (puxa vida não?)
Acerto o resto do blog (links e etc) quando minha internet estiver de volta.