sexta-feira, janeiro 27, 2006

25 de Janeiro (Hoje e Ontem VII)

25 de janeiro de 2006

São Paulo, 452 anos.
Me lembro de uma reportagem da globo alguns anos atrás, em que pediram para publicitários prepararem uma campanha para o aniversário da cidade. E uma das campanhas era “25 de Janeiro. Hoje deveria ser feriado nacional”. Isso me marcou na época, achei ótima. Hoje eu já tenho dúvidas se esse dia deveria ser celebrado. Comemorado sim, no sentido de “trazer de volta à memória”, mas jamais celebrado.
É o aniversário não da fundação da cidade como propaga a mídia, mas sim da chegada dos Jesuítas. Do conquista da cidade por eles. Do assassinato da cultura dos habitantes originais da cidade, e daqueles que se recusaram a ter sua cultura alterada.

Ainda que não existam relatos, me parece claro que São Paulo já existia como um agrupamento urbano antes da chegada do braço militar da Igreja. A posição do sítio e o traçado das ruas são 2 bons indícios disso, mas existem outros, como a própria chegada européia aqui por via dos Jesuítas.
Mas essa história hoje está destruída, assim como a história da cultura dos que aqui habitavam. Como construíam, qual a organização social, como se vestiam, especialmente no inverno. É um dia a ser comemorado. Mas o que se comemorou hoje foi uma mentira.


25 de janeiro de 2003


Boulogne-Sur-Mer.
Depois de tentar (e não conseguir) alugar uma carro, resolvi pegar o trem para Amiens apenas no fim da manhã, aproveitando então para conhecer a cidade. Apesar de não ter nenhum ponto turístico, nem ser uma cidade turística, ela até que valeu a visita. O centro histórico está muito bem conservado, especialmente muros e intra-muros.

Castelo de Boulogne-Sur-Mer, que compunha parte dos muros da cidade


Rua no intra-muros em Boulogne.

Amiens.
O dia já havia começado cinzento pela manhã, mas enquanto espera o trem na plataforma se tornou frio, escuro e ainda mais cinzento. Cheguei em Amiens no início da tarde e a luz era similar à de um anoitecer nublado. Comprei filmes de 800 e segui para visitar a catedral, que assim como a de Köln também é citada em alguns livros como a maior das catedrais góticas, além de ser umas das mais importantes da França em estilo. Mas em uma comparação com as catedrais inglesas é uma massacre, especialmente em relação à Canterbury.
As fotos ficaram meio lastimáveis, mas foi o que eu pude fazer com a luz que eu (não) tinha.
E se Boulogne não era turística mas tinha um centro histórico bem conservado, Amiens é o contrário. Tem uma grande atração turística (duas, se considerar ser a cidade natal do Julio Verne), a catedral, e mais nada. A cidade, assim como Reims, foi torrada na 1ª Guerra Mundial, com a única diferença de que a catedral parece ter tido mais sorte...


A nave da catedral de Amiens


Um pastel de escala humana




24 de Janeiro (Hoje e Ontem VI)

24 de Janeiro de 2006

Aconteceu alguma coisa nessa terça? Bom, pra mim foi quente e sem nada pra fazer. Exceto clube à tarde.


24de Janeiro de 2003

Canterbury. Último dia na Inglaterra. Depois de uma noite muito mal dormida, com febre e morrendo de frio (as casas inglesas tem vedações péssimas, não prestam para temperaturas abaixo de zero, e nessa noite fez muito menos do que isso), fui ver a Catedral, o que tomou minha manhã. O tempo ajudou as fotos, e depois da catedral ainda dei uma última volta pela cidade antes de partir para a França.



Catedral de Canterbury




Mais Canterbury (portão de entrada nos precintos da catedral à direita)



Minha primeira visão da França


Alguma confusão ao descer do ônibus no porto de Dover, e acabei me atrasando para o ferry, tendo que pegar a seguinte. Cheguei em Calais de noite, e enquanto esperava do lado de fora do prédio do porto o ônibus que levaria os passageiros do ferry do porto à estação de trem noto uma menina abrindo a porta e voltando, como se tivesse tido em encontro com o pinguim do Halls. Baixinha, mas não muito, cabelos e olhos castanhos, nariz afilado. Ela fecha a jaqueta, coloca um gorro, e ajeita o cachecol ao redor da boa, mas sem desamparar o pescoço. E sai de novo. Vem na minha direção, com os olhos fixos. Chega ao meu lado e pergunta: “Español?” Eu: “No, brasileño. Pareço espanhol?” Ela: “Si! Bastante!”. Ficamos conversando (ela em español, eu em portunhol) enquanto esperávamos o ônibus e depois no percurso até a estação de trens. O nome dela era Mai, era de Murcia, no sul da Espanha e estudava enfermagem em Canterbury. Iria encontrar uma amiga na estação de trem de Calais, e de lá seguiriam para Lille. Eu iria para Amiens. Ao chegarmos na estação ela encontrou a amiga, e eu fui comprar meu bilhete. E não haviam mais trens para Amiens. Minhas opções seriam Boulogne –Sur-Mer ou Lille, pondendo fazer a conexão para Amiens no dia seguinte. E havia ainda uma terceira opção, a de ser cara-de-pau e pedir uma carona para Lille para a Mai, que estava sendo uma compania bastante agradável para dizer o mínimo...
...Mais tarde naquela noite jantei uma calderada de mexilhões acompanhada de batatas fritas, bebendo uma jarrinha de Muscadet, em um restaurante no centro-histórico, intra-muros, de Boulogne-Sur-Mer.
Estava perdida no mínimo a chance de fazer uma boa amizade, mas estava ganha uma infecção intestinal por frutos do mar, que me viraria ao contrário dentro de 3 dias em Paris...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

23 de janeiro (Hoje e Ontem V)

23 de janeiro de 2006

Fui à FAU, verificar se havia alguma informação sobre as notas da matéria da Tia Louca (“Estruturas pra Projeto”, ou algo do tipo, uma optativa). Óbvio que não souberam me informar nada, porque a secretária do departamento ainda não havia voltado de férias (informações que já tenho agora). Mas enquanto eu estava na FAU à toa, só para gastar tempo e gasolina caiu uma tempestade pelos lados de cá, do Ipiranga e Cambuci, e na volta (fiz um caminho diferente, que nunca faço) havia uma rua no Cambuci completamente interrompida por causa de uma árvore caída. Ou melhor, arrancada pela raiz. Uma visão bastante interessante uma árvore com tronco de 1m de diâmetro caída sobreo Vectra que estava parado exatamente do lado dela. Quer dizer, interessante para mim, porque o garoto que era dono do Vectra não estava com a melhor das caras...
...
Ah, as fotos? Estão revelando junto com as das Mil Milhas. Assim que der estarão aqui.


23 de janeiro de 2003

Canterbury.
Essa é mais uma das cidades que possuem nomes hediondos em português, “Cantuária” (mas já vi “Cantuária” se referindo também à região e,m que se localiza Canterbury, Kent). Mas isso é outro assunto...
Havia chegado no fim da tarde do dia 22, e assistido uma missa (é, pois é... mas foi bastante interessante, e bem diferente do que eu conhecia daqui) na catedral. E achei que foi muito bom ter visto a Catedral sendo utilizada para a atividade para qual foi concebida, depois procurei algum lugar para jantar e em seguida fui dormir, portanto o dia 23 estava sendo na prática meu primeiro dia em Canterbury. Ao menos o primeiro de turismo. A nevesca prevista parece que não viria (já estavam falando dela desde meu 2º dia em Londres), mas já estava mais frio do que o normal.
Seguindo meu planejamento e algumas instruções dos donos do Bed & Breakfest em que eu estava alojado fiz de manhã uma visita à Abadia de St. Agostine, ou melhor, às ruínas normandas dela, de lá segui para um igreja saxônica, supostamente construída por volta do ano 1000 em cima de uma prévia construção romana (aliás, aparentemente as fundações da maioria das casas de Canterbury são romanas, ou ao menos tem restos romanos perdidos no meio)que ficava próxima da abadia, mas já bem distante do centro da cidade, mais de 1km fora dos muros, já no início da área rural.
De lá comprei uma passagem de trem para Dover, para ver o castelo, já que o ingresso já estava comprado em um pacote de ingressos que comprei quando vi Stonehendge uma semana antes, e fui andar um pouco pelo centro da cidade, procurando um lugar específico, uma casa do século XII, uma das mais bem conservadas da cidade, que hoje é um pizzaria (dica dos domos do B&B), e cujos donos não se importam de receber visitantes na casa fora do horário de pico.
Era para ser uma visita rápida à pizzaria, mas acabei conversando bastante com o dono, chamado Fernando, um nanico moreno imigrante das Canárias. Ele, apesar de simpático, poderia ser usado como exemplo de porque se diz que português é burro. Ainda lembro das pérolas que ele falou. Eis algumas (não vai sair com português de Portugal, porque faz muito tempo para eu lembrar palavra por palavra):
“A vida na Inglaterra é muito difícil... Os impostos são altos, e aqui em Canterbury é tudo muito complicado, eu pago £50 por mês (não lembro o valor, mas não era muito alto) para deixar meu carro estacionado, e só pode fora dos muros... e não se pode mexer em nada, eu não pude fazer o forno aqui...””Eu tenho um funcionário brasileiro aqui, mas ele só vem à noite. Ele comprou um passaporte português e veio trabalhar pra mim” Eu: “Comprou?” Ele: “Sim, um português vendeu pra ele, ele só mudou a foto e está usando...”
E a melhor (essa eu lembro palavra por palavra):”Os ingleses vem aqui e acham isso maravilhoso... Para nós em Portugal isso é para vacas...” (apontando para a estrutura de 800 anos do teto)

Depois de sair do “curral” corri para a estação de trem para pegar o trem das 13h pra Dover, cheguei 2min atrasado e o perdi. Andei mais um pouco pela cidade e cheguei 10min antes para o seguinte, das 14h. E esse trem só apareceu às 14h30. E foi nele que eu tive o segundo contato lusitano do dia. Sentei em um lugar vazio, sem ninguém no banco à minha frente ou aos lados, afinal o trem estava vazio. Depois de uma ou duas estações um homem de capa senta nos bancos à minha frente (aqueles reversos, que um fica olhando para o outro). E o celular dele toca (opa, celular não, telemóvel):
“Amoreco? Sim, já estou a iire para Dover. Sim, te aviso quando chegaire.”
Dois minutos depois o telemóvel toca outra vez:
“Amoreco? Sim, Amoreco, já estou a chegaire.”Depois de mais algumas ligações similares o português começou a ficar com cara de irritado. Numa delas disse “Amoreco? O telemóvel está ruim.” E desligou.
Mais alguns telefonemas (em 15min de viagem foram pelo menos 10 telefonemas) até que o português atende irritado:”Amoreco? Amoreco? VAI CAGAIRE! VAI CAGAIRE!”
Mas no telefonema seguinte ele já foi mais carinhoso... 14h45 chegamos em Dover. Desço do trem, e nisso, o português do telemóvel, desesperado por ver que a estação de trem não era perto do porto, resolve pedir informação para alguém (já haviam mais pessoas em volta). E me pergunta, em inglês, se eu sabia como se fazia para ir até o porto. Eu eu, que estava sentado na frente dele segurando as gargalhadas do telemóvel agora segurava também a vontade de responder em português... Mas acabei respondendo em inglês.

Da estação corri toda a cidade e subi o morro do castelo correndo, visto que este fecharia às 16h30. E a visita aos túneis da 2ª guerra já havia de encerrado. Cheguei às 15h, e não parei de correr até encerrar o horário de visitação, e ser um dos últimos a sair do castelo, junto com os funcionários.

Lá pelas 17h30 peguei o trem de volta à Canterbury, para minha última noite na Inglaterra, e jantei na pizzaria do português...

As ruínas da Abadia de St. Agostine e um pastel com penteado de inglês se sentindo em um encarte do Iron Maiden...


Mais abadia, e mais pastel, agora já despenteado...


Mais ruínas, com a torre da catedral no fundo (não, eram vizinhas, era bem longe)


Rua principal de Canterbury


Um dos portões de entrada da cidade através do muro... O melhor foi ver o motorista desse ônibos ajeitando espelhindo dele pra ir raspando, e acelerar despreocupado, com o outro espelhinho raspando do outro lado.


Dentro da pizzaria de 1200. Parte da estrutura do teto (para vacash).


O Portuga.

Continua com as fotos de Dover no post seguinte (ou melhor, anterior...)

Vista do Castelo de Dover a partir de um posto Shell vizinho à estação de trem. Saí correndo daí até o centro de Dover (~1km), para pedir informações do como chegar no Castelo (ônibos, taxi, etc.). E sem informação eu corri do centro até a entrada do castelo (~1km na horizontal e ~200m na vertical). Isso e as malas pesadas na travessia de Canterbury a Paris destruiríam meus pés...

Igreja saxonica do séc X com apliações do sec XV e farol romano, dentro dos muros do castelo. Além de uma vista horrível pro Canal (com tempo melhor se veria a França ao fundo).


Edifício principal do castelo. Foto tirada com alguns velhinhos funcionários do castelo atrás de mim falando "closed, let's go".


O castelo do mesmo posto Shell, já à noite (~17h30), antes de eu pegar o trem de volta.

21 de Janeiro (Hoje e Ontem IV) - A Day At the Races / A Night At The Opera

21 de Janeiro de 2006 – A Day At The Races

Quarta, dia 18: Meu irmão diz que não sabe se ia ensaiar porque talvez conseguisse um ingresso para as Mil Milhas. Eu:“Arranja um pra mim também!”

Sexta, dia 20: Meu irmão liga avisando que descolou dois ingressos.
Sábado, dia 21, Parte I:
Íamos direto do ensaio, mas acabamos saindo de casa às 15h.
Entramos e fomos direto pro meio da pista. Um sol e um calor terríveis.Aparentemente nosso ingresso (setor B, a melhor das arquibancadas na reta, coberta), por ser o mais caro, dava direito a andar pelo autódromo todo e entrar nas outras (singular, porque só tinha uma outra, a A) arquibancadas. Verificamos se não podíamos entrar em áreas restritas, e descobrimos que de manhã, antes da largada, poderia (aquela cara de “devíamos ter matado o ensaio”).
Depois disso tiramos algumas fotos dos carros no Laranjinha, que era a única área que permitia fotos razoáveis e seguimos para a arquibancada. Lá meu irmão começou a ficar impaciente... “Esse barulho ta me irritando!” “Não dá pra tirar fotos daqui!” e etc. Seguimos para o setor A, até quase a curva da Junção (o começo da reta dos boxes), com ele procurando um lugar pra fotografar. De lá fomos até o S do Senna (fim da reta dos boxes), onde achamos 2 buracos nas grades. Nos acertamos para fotografar, mas na minha frente tinha um moleque, sentado em cima de um grande tablado preto, já dentro da pista... Depois de algum tempo eu percebo que o “grande tablado preto” era, na verdade, a barreira de pneus. E, na esperança do moleque ouvir e sair da frente, pergunto pro meu irmão: “Não foi aqui que o Andretti saiu voando e se espatifou na grade em 93?” E a resposta, sem tirar o olho do visor da câmera: “Foi, foi aqui sim”. E o moleque saiu, com uma cara de assustado, hehehe.
Depois de uma meia-hora nesse lugar o celular do meu irmão toca. Era a Paulinha, que tinha arranjado os ingressos pra gente, dizendo que tem uma credencial pro camarote sobrando, mas só uma. E quando meu irmão foi pegar essa credencial com ela (uma credencial vermelha, “camarote Mil Milhas Brasil”), ela olha pra mim e fala pra ele: “Mas teu irmão vai ficar sozinho??? Eu tenho essa outra sobrando, (uma credencial roxa) entrega pra ele.” Eu agradeço, e como cavalo dado não se olha os dentes, saio sem nem olhar o que era, mas vejo meu irmão olhando pra ele com um misto de raiva e inveja...

O Aston Martin dos Piquet/Castroneves/ D. Theis, que venceu a prova

ParteII:
Passo pelo primeiro posto de fiscalização das credenciais, e resolvo olhar bem para a credencial... “Pilot Place” dizia... E vejo todo mundo com uma credencial verde do Paddock... E Penso... “Ué... ninguém tem essa... será que é xulé?”Antes de tentar entrar nas áreas mais restritas (uma delas era o Paddock, a outra eu não sabia ainda o que era) fui direto para a gradinha que dava vista direta pro S do Senna pelo lado de dentro (o buraco na grade era pelo lado de fora), bem perto, e exatamente em cima da saída dos boxes. Torro 3 filmes lá (ainda não sei se saiu alguma coisa, estão revelando) enquanto a luz ainda era boa, e vou ver onde eu posso entrar com aquela credencial...E na primeira portinha que eu passo eu saio atrás dos boxes... com piloto erguendo os braços e tomando um balde com água e gelo na cara, mecânicos correndo pra todo lado, e uma área cercada com 2 carros, um Porsche protótipo da década de 60/70, e um Copersucar Fittipaldi, aliás o primeiro Copersucar, o FD-01, de 1974, que tinha dado uma volta na pista antes da largada. Começo a fotografá-los, e o segurança, um típico negão 2x2, olha pra mim e pra câmera e pra mim e pra câmera e pra mim e pra câmera e fala: “Espera...” Eu penso: “Pronto, vai dizer que não pode fotografar e vai criar caso”. Aí o segurança chega bem perto, abre um dos elos da corrente que cercava os carros e diz: “Aproveita que o patrão não está aí”... Vai quase um filme em cima do Copersucar! Espero que tenha saído. Agradeço o segurança (muito gente boa, nesse caso não era um típico segurança...), e vou a procura de outro lugar que a credencial pudesse me levar, entendendo que a câmera é uma segunda credencial, hehehe.
Depois de olhar bem, percebo que só tem uma entrada além da dos boxes e é a do Paddock. E a credencial vale pra lá também. E eu, já podre de cansaço, mancando por causa de uma dor no pé esquerdo, queimado e desidratado, aproveito pra comer uns sanduíches, e me encher de coca-cola e água pra matar a sede. Descanso mais um pouco, fico vendo o Corvette ter problemas no box (eu e todo o Paddock), olho os resultados na tv, sento um pouco, bebo um pouco de vinho (Um branco de Navarra, “Ochaos” acho – meia boca -, e um Echus Caberet Sauvignon 2002, chileno –muito bom)... Depois de mais de uma hora vendo a corrida numa boa meu irmão liga, dizendo que conseguiu uma credencial igual a minha e era pra eu ficar visível em uma das passarelas que ele iria me encontrar... E a primeira coisa que ele me diz é “Pó, quando eu vi a Paulinha te dando essa credencial eu sabia que vc ia ficar numa boa... Eu tava no camarote do heliponto, não tem nada lá!”.Comida-refrigerante-comida-ver a troca de pilotos nos pits-refrigerante depois, descemos para os boxes, ouvindo a entrevista do Piquet, que tinha acabado de terminar o turno (ler com voz de pato): “Ah, isso não é maish minha praia... ao menosh eu tentei...” Alguns pilotos cambaleando e trocas de pneus depois e o Piquet aparece na nossa frente, indo para o vestiário. Piquet fotografado saindo do vestiário depois, seguimos de volta para o paddock, para um canpé de camarão e mais um pouco de líquido, antes de voltarmos pra casa.


Cara de acabado, mas contente...

...


Cheguei em casa às 21h45, e ainda fui no aniversário do Jun em seguida, mas durante a hora que eu passei no bar mais pesquei do que qualquer outra coisa...

...


Vou fazer um post melhor com as fotos depois, quando já tiver todas, mesmo porque as da digital estão muito pesadas, e foram tiradas pelo meu irmão.
Para quem quiser vê-las mesmo assim:

http://photobucket.com/albums/e260/LuizRos/Mil%20Milhas%2021-01-06%20Interlagos/?start=0


21 de fevereiro de 2003 – A Night At The Opera

Meu último dia inteiro em Londres, e pra variar com muita chuva. Não foi um dia voltado para a fotografia, em parte pela falta de objetos e assuntos merecedores no itinerário, em parte pelo tempo horrível, mas típico, de Londres. E foi um dia de “turismo avançado”, ainda que nem tão avançado assim. Logo de manhã fui para a Carnaby Street, que segundo meus pais era um lugar de compras barato. Bom, devia ser, em 1967 ou 1986... Mesmo assim acabei comprando um paletó de camurça por £30, que usei umas duas vezes só, ele é quente demais pra usar aqui e inadequado pra usar no tipo de turismo que eu faço. De lá andei até Piccadily Circus, fzer uma incursão à Tower Recors (essa seria supostamente a melhor loja de cds do mundo, mas achei bem fraca) a igreja de St. Bartholomeu The Great, que já tinha passado em frente antes, e terminei o dia passeando pela Piccadily Circus.
Voltando para o hotel comprei uma pizza “take away”, minha refeição da última noite em Londres.


Sim, vcs já viram essa foto... mas pelo outro lado...


St. Bartholomeu The Great (detalhe da típica velhinha inglesa com o guarda-chuva)


A nave, inteiramente normanda.


Picadilly Circus, com a Tower Records mequetrefe ao fundo.


A vista da janela do meu quarto no hotel

Atraso e manutenção do blog

Eu me propus a fazer uns posts que andam tomando bastante tempo de mim, por isso eles estão atrasados, bastante atrasados (como o "21 de Janeiro", que vai sair só dia 26).
E alguns são razoavelmente curtos em texto, enquanto outros tomam uma forma godzilla, o que demonstra que mesmo viajando no aproveitamento máximo do tempo e dinheiro a densidade dos dias é diferente, por motivos muitas vezes impossíveis de controlar.

E outro dos motivos do atraso é a o fato de que eu não estou consiguindo inserir figuras no blog (ele estava em manutenção agora há pouco), e sem as fotos não dá pra fazer os posts. Blé.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

19 de janeiro (Hoje e Ontem III)

19 de Janeiro de 2006
A Aclimação devia ter outro nome. Algo como "Bairro das 1000 Árvores Podres" ou "Bairro da Fiação Tosca". Isso porque basta cair uma chuvinha mais forte para faltar luz ou para os semáforos pararem de funcionar. E a de hoje nem foi tão forte assim. Ao menos os semáforos quebrados me permitem chegar em casa mais rápido.
19 de Janeiro de 2003
Londres, manhã chuvosa e mais fria do que os outros dias. Daqueles dias que seriam mais confortáveis se nevasse ao invés de chover, mas que sequer dava pra ter tal esperança, porque teria que baixar mais uns bons graus ainda pra nevar.
Por causa da chuva cancelo o planejamento original, de passar o dia na Torre, e sigo para Noroeste, numa área menos turística, para ver o mercado de Smithfields e a igreja de St. Bartholomeu. O primeiro não está funcionando, por ser segunda. A segunda tinha uma missa, daquelas cheias de velhinas de guarda-chuva e chapéu sobre os cabelos brancos. Mas ao menos tinha uma plaquinha na frente informando o ano da construção e os horários de visitação (voltei outro dia para visitá-la melhor).
Daí segui para o centro financeiro, onde estão todos os prédios novos, mas não para ver estes, e sim o antigo muro da cidade (do qual eu acabei derrubando alguns tijolos numa tentativa frustrada de apoiar a câmera).
Ao meio-dia segui para Greenwich (mais por uma indicação do Prof. Katinsky em aula do que qualquer outra coisa) , conformado de que esse seria um dos lugares que a chuva me atrapalharia menos. E após uma visita molhada, cara e esdrúxula ao Cutty Sark (é, o do Whisky), que fiz apenas por frustração de não ter conseguido ver a frota do Nelson em Porthsmouth dias antes, o tempo abriu por completo. Um belo dia de sol, que me permitiu andar à vontade pelos enormes gramados de Greenwich), e me fez preceber que esse passeio com chuva seria bem complicado.
Com sol até pensei em retornar e visitar a Torre, mas o tempo não daria pra fazer isso propriamente, então andei normalmente por Greenwich e segui ao fim do dia para visitar a Tower Bridge.
Saindo de lá andei ainda um pouco pelas docklands (lotadas de restaurantes, mas sociais demais para alguém viajando sozinho), sem entender direito onde eu estava, antes de comprar meu jantar e encerrar meu dia.
E o sol só reapareceu depois de alguns dias, já em Canterbury, mas aí acompanhado do frio.

Os tijolos que eu derrubei foram os dessa ponta de cá... agora não lembro se fiz uma anastilose (os devolvi para o lugar) ou larguei do jeito que estava, hehehehe.


Greenwich


Vista da Tower Bridge. Sim, eu tentei copiar a capa do Brave New World, mas isso é assunto para outro post. Ao menos a luz está idêntica.


Sim, o fotógrafo foi evolundo bastante conforme os dias da viagem foram passando...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

18 de Janeiro (Hoje e Ontem II)

18 de Janeiro de 2006
O dia foi quase tão quente e inútil quanto o 17. Mas não foi tão ruim.
18 de Janeiro de 2003
Meu primeiro dia inteiro (ou primeiro dia, já que eu cheguei no 17 às 19h) em Londres. Não fez frio (uns 10ºC), e não choveu. Aliás, fez sol a maior parte do dia (nos outros dias não tive tanta sorte). Comecei o dia em Westminster e depois andei mais para oeste, para o "Mall" e voltei depois para Trafalgar Sq, antes de ir comer e depois seguir pro hotel roncar.
Boa parte dessas fotos merecia uma correção de perspectiva no Photoshop, mas ia demorar demais.
Essa é auto-explicativa...

Vista geral de Westminster... Millenium Eye no fundo (ela fecha em Janeiro pra manutenção, não andei)

Entrou luz na câmera nessa foto... Ainda assim é das minhas preferidas.


Parlamento.

Mais Parlamento. E a estátua do Churchill de costas, olhando para ele.

Westminster, a abadia. Não podia fotografar dentro. E ela é bem mais impressionante por dentro, especialmente a abóboda (o termo pra gótico não deve/deveria ser esse) da capela do Henrique 7º.


Já disse que eu quero um desses? Mas tem que ter Union Jack no teto!


"-Você acha que eu vou sair com cara de idiota na foto?" "-Não, só cara de cavalo!"
Monumento ao Duque de Wellington


Trafalgar Sq. Essa ficou meio estourada...
...nem sempre o fotógrafo acerta.

terça-feira, janeiro 17, 2006

17 de Janeiro (Hoje e Ontem I)

17 de janeiro de 2006
São Paulo: 34ºC na Aclimação às 17:30. Já havia desistido de ir ao clube por causa do calor, e estava lá em uma Brunella, comprando bolo pro aniversário do meu sobrinho, e olhando incrédulo para o termômetro que fica no meio da avenida.

17 de Janeiro de 2003
Salisbury, sul da Inglaterra: Dirigi até Wilton, um vilarejo vizinho logo de manhã e depois devolvi o carro que havia alugado no dia anterior para visitar Stonehenge. Voltando da locadora (que ficava em uma zona industrial afastada), tirei essa foto da catedral.



Depois passeei um pouco pelo centro de Salisbury, rápido, já que meu ônibus para Londres saia por volta das 14:00. E começou a chover...


...Mas nada que chegasse a incomodar. E a temperatura deve ter ficado um pouco abaixo dos 10ºC, o que, associado à chuva, propiciou um dia típico.

Acho que não preciso dizer qual das situações climáticas eu prefiro. Nem qual dos lugares. E nem muito menos qual dos dias foi melhor.

E esse foi o primeiro de uma série que eu pretendo fazer, cuja idéia surgiu pela minha revolta com esse calor todo.