quinta-feira, agosto 24, 2006

Notas esparsas sobre o dia de hoje (24 de Agosto de 2006)

Em um dia que em que a notícia principal foi a comunidade científica ter retirado Plutão da categoria de planeta (bela porcaria, não tem novidade nenhuma nisso, essa discussão rolava há anos), aparece a notícia de uma menina que fugiu depois de 8 anos de seqüestro... A primeira coisa que me ocorreu foi: Patty Hearst. Meu irmão retrucou, dizendo que a austríaca de agora não parecia ter tido Síndrome de Estocolmo... Mas segundo a imprensa teve sim.
Por isso (e também pela cena do mergulhador de brinquedo na banheira, claro) que “Ata-Me” é um dos meus filmes favoritos.
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Sempre achei as placas dos carros brasileiros meio idiotas, sem margem pra expressão de individualidade. Mas agora há pouco vi uma que meio que mudou minha opinião, DVL – 2772. Nem tanto pelos números, que não significam nada, mas pelas letras.
Se algum dia eu conseguir escolher a placa do meu carro, ela será ou ROS – 000X, (X sendo o nº de carros que eu tive até aquele momento +1) ou DVL-6666.
E acho que a segunda combina mais comigo.
(Ah, o carro em questão era um Alfa Romeo preto... fiquei com inveja não só das letras da placa).
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24 de Agosto. Incrível como o aniversário de determinadas pessoas é difícil de se esquecer, mesmo depois de tanto tempo...
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Meu dossiê do TFG deu problemas (claro, tinha que ter algo errado).
De manhã eu recebi um e-mail da Lili do TFG dizendo que o dossiê não havia sido aceito porque não tinha parecer do professor (e eu vi a Anália escrevendo o parecer na minha frente).
De tarde ela me liga, dizendo que achou o parecer, mas que ainda assim não estava bom, que eu precisava detalhar mais o tema. E eu acho que já detalhei bastante. Se tivesse escrito “tema: restaurante” já estaria bem claro e detalhado. Mas ela deve querer mais enchimento de lingüiça.
Puta burrocracia escrota.
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E hoje também acabei o livro do Amundsen. Depois de 5 meses e meio (o livro é grande, mas esse tempo todo foi exagero). Depois eu farei um post específico sobre ele (com esse são 8 posts atrasados). Merece.

Notas gastronômicas passadas. E atrasadas.

No outro sábado, 12/08, fui no Outback. 3 pessoas (as outras duas eram o Pedro e o Mário), dividindo uma Blooming Onion, uma costelinha ao molho barbecue e uma costelinha ao molho billabong (shoyu adocicado reduzido). E claro, duas canecas de chopp pra cada um (uma de 1l, outra de 0,5l). Resultado: R$155 de conta.
Essa foi a segunda vez que fui. Na primeira, no começo de fevereiro, comi um hamburger e tomei uma coca-cola, e, como estávamos em quatro pessoas, a cebola foi mais dividida (mas não que eu tenha comido menos cebola, já que a quarta pessoa comeu muito pouco... inclusive do próprio hamburger). E deve ter saído pouco mais de R$25...
Veredito: É bom, mas é caro demais. Não dá pra gastar menos de uns R$22 (hamburger mais barato + coca-cola). E se chutar o balde dá pra gastar uns R$85 (com cerveja) ou uns R$95 (com vinho).
Ao menos eu descolei uma planta (tosquinha, mas serve) do layout deles. Em uma das 35 vezes que eu fui perturbar as meninas que anotam as reservas e acompanham os clientes às mesas (uma delas uma lindíssima miniatura de gente, com ~1,35m e sardas sobre o belíssimo nariz arrebitado...), reparei na planta do layout que elas usavam para se organizar com as reservas (era um bloco monstro de plantas). E claro, pedi uma. A resposta: “Olha, então esconde bem, porque ninguém pode saber que a gente te deu uma”.
O desenho está meio tosqunho (deve ter sido feito por estagiário), mas dá pra entender... Pena que falta a cozinha (acho que estou pedindo demais)...

E não dá pra dizer que a gente se encheu de costelinha, mas foi suficiente.

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E no domingo seguinte, Dia dos Pais, aqui em casa havia costelinha de novo.
Aliás, esse almoço do Dia dos Pais (Por que no plural? Eu só tenho um!) foi meio frustrante...
Chego da minha pedalada habitual de 20km, que teve uns 25km na verdade (postarei sobre isso ainda essa semana, espero), ponho vinho na geladeira e vou tomar banho. Saio do banho, tiro o vinho da geladeira e pergunto:
-Mãe, quanto tempo pro grude sair?
-Tá quase!
-Uns 10 min?
-No máximo.
Baseado na resposta, fui buscar o decanter, abri a garrafa e derramei o conteúdo dela no decanter, levantando um tênue aroma de doce de morango e rosas pela cozinha.
Mas eis que, entre irmã assassinando maçãs com a desculpa de fazer suco, sobrinha estorvando a tudo e a todos, cunhado falando besteiras e me criticando por eu ter dito que as maçãs assassinadas, digo, aquilo que eles chamaram de suco, não estava bom, irmão passando em casa antes de ir a um funeral e mãe estressando, o almoço acabou sendo postergado em mais ou menos uma hora.
E o vinho em questão, um Borgonha de 13 euros (Cotes de Nuits Villages 1999 - Clos de Magny- Maison Fery-Meunier), comprado na Av. Georges V, a meio caminho entre o Bois De Boulogne e o Arco do Triunfo, em meio a uma nevasca, quando bebido já não tinha mais graça...
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19/Ago, sábado, sozinho em casa, sem almoço, cansado depois de pedalar outros 25km e morto de fome, resolvo preparar um peixe e uns cogumelos. E abrir um vinho branco pra acompanhar. Como não havia nenhum vinho branco "descartável" em casa resolvi atacar um Chablis 1999 que eu havia comprado na Escócia (por £9), achando que já estaria pra lá de Bagdad, visto que era um Chablis meia-boca de uma safra meia-boca.
Duas taças foram para prepar a comida (que apesar de ter ficado razoavelmente boa foi um desastre na preparação, a ponto de parecer em alguns momentos que eu preparava o almoço do Gollum...), e o resto (uns 600ml) ficou para mim, e só para mim.
Ao final desses 600ml eu me arrependia profundamente das duas taças que foram para a comida. Espetacular.


A rolha ainda guarda um pouco do cheiro do vinho... melhor jogar no meio das outras antes que eu tenha um ataque e a coma.
E pela infiltração da rolha talvez não desse pra guardar muito mais mesmo

E ainda que, comparando, eu tenha preferido o Chablis quando novo (o último que tinha bebido havia sido um 2003 no avião, voltando da Suíça, em ago/2004), que combina com peixe cru, cozido, defumado, com palmito, cogumelo, etc., esse 1999 que não combinava com nada (talvez com a costelinha da semana passada), foi uma das melhores compras alcoólicas que eu já fiz.

Bom prognóstico para os outros anciões brancos guardados.

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E no sábado à noite ainda dividi um Alamos Malbec 2005, numa bardaria estilo Tortula. Puta vinho sem graça.

terça-feira, agosto 22, 2006

3 coisas que eu odeio... E uma que eu adoro.

Odeio quando eu tenho que almoçar sozinho e esqueço o livro que estou lendo em casa..
Odeio quando não há trânsito e as pessoas dirigem devagar, segurando os outros...
Odeio quando o café do escitório acaba, como agora...
...Mas adoro dias como hoje, com muito sol, temperatura em torno de 10C e cheiro de diesel queimado no ar... Parece até que eu estou em algum lugar civilizado.

domingo, agosto 20, 2006

Propagandas Orkuteanas II - A Revanche do Souvenir Iraquiano

Dia 18/05 eu escrevi um post chamado Propagandas Orkuteanas, sobre uma propaganda de um livro que eu recebi no meu “(s)crapbook”. No post eu chamo o autor de gaiato e a Paula, num comentário, o chama de tosco (mas não de uma forma que dê para se considerar muito ofensiva). E eis que o cidadão em questão apareceu comentando o blog de uma forma meio, digamos, chiliquenta.
Como eu sou adepto da censura (e acho que esse blog não precisa aturar grosseria de ninguém, especialmente de um gaiato tosco), vou apagar os comentários de lá. Mas estou transcrevendo-os aqui:

Anonymous said...
esse tosco é mestre em literatura. souvenir iraquiano é seu segundo livro. o orkut permite visualizar as pessoas através de inúmeras modalidades de pesquisas. se vc foi localizado através da palavra-chave "Ken Follet", no mínimo deve haver a mesma em algum lugar de sua página. e se vc colocou, ou outras pessoas colocaram a informação, é porque desejam que ela seja pública. a propaganda que foi feita é bem melhor e bem mais customizada que propaganda de crescimento de pênis, empréstimo para casa própria nos EUA ou golpe da nigéria. em nenhum momento a propaganda teve intenção de ofender ninguém, agora vejo o nome associado às palavras GAIATO e TOSCO. será que é esse o tipo de tratamento que merece alguém que resolve escrever e divulgar um livro? é este o tipo de tratamento que a cultura merece?
4:28 PM
Anonymous said...
Mas acredito que realmente não preciso levar a ofensa a sério.Somente ignorantes como vocês ficam levantando teorias de como alguém poderia encontrar outras pessoas aravés do interesse no orkut. são pessoas que se encaixam bem nas pesquisas sobre o leitor médio brasileiro. conseguem ler e entender no máximo 3 frases seguidas. caso contrário, teriam um pouco mais de interesse e respeito por literatura. mas retardado é assim mesmo.e o TOSCO sou eu????
Como argumento principal de defesa o cidadão utiliza seu título de mestrado em literatura (por que universidade mesmo? Ah, ele não diz...).
Para mim isso não é argumento. O Sr.-Dr.-Dr.-Pr.-Inventor-da-Bicicleta-Tipo-Bike-“Os-Grupo-de-Cincos-Aluno”, também conhecido como Boueri (ugh... breve momento de alergia), é livre docente pela FAU-USP. O que significa que esses títulos nem sempre denotam qualificação, como se pode notar pela educação demonstrada no segundo comentário.
Além do mais, o Mestre Gaiato Tosco (será a partir de agora chamado assim por este blog) emprega no seu comentário um neologismo-anglicismo que nocauteia qualquer português, o “customizado” (Aaaaaarrrrggggh! - nem tão breve momento de alergia), e comete um pequeno erro de semântica, ao dizer que os termos “gaiato” e “tosco” haviam sido associados ao nome dele. Sendo que o nome do cidadão não foi citado em nenhum momento, nem mesmo por ele.
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Já que era para associar o termo à pessoa, fui procurar um pouco e achei essa entrevista com o Mestre Gaiato Tosco. Ele se chama Robinson dos Santos (deve ser filho do fiel ajudante do Batman), é doutorando pela UFSC, e carioca.

Ahhhh tá.

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E o pior é que eu imagino que seja só uma questão de tempo para o Mestre Gaiato Tosco reaparecer por esse blog proferindo novos impropérios...

domingo, agosto 06, 2006

Ai meu zovidu.

A PIOR MÚSICA DO MUNDO.

Esse cara faz a Madonninha parecer a Madonnona.
Faz o Joe Sandalo parecer profissional cantando Pull Me Under.
E faz todas as tranqueiras que vocês já ouviram parecerem música.

Obs: Não clique se você tiver coração fraco. Ou estômago fraco. Ou ouvidos fracos. E, principalmente, sobretudo, intestino fraco.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Breves notas sobre incidentes (acidentes) automobilísiticos.

Semana passada bateram no carro do meu pai. Ontem ele estava escrevendo um recibo para o cidadão que o acertou, que ia pagar o conserto.
E o nome do cidadão era Petrucci.
Acho que devíamos ter pedido uma guitarra autografada ao invés de ressarcimento da funilaria...
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Terça, começo da noite, voltando para casa eu paro no Pão De Açúcar. E o trânsito dentro do estacionamento era absurdo, muito pior do que a Ibirapuera das 18hs que eu tinha acabado de enfrentar.
Depois de um tempo eu descubro o motivo. Uma vaga livre, e um Xsara Picasso dirigido por uma mulher já uns 20mts à frente da vaga tentando manobrar para pegá-la (de ré, claro, típico de mulher. Por que será que mulher acha que é mais fácil estacionar de ré?). Depois de algum tempo ainda parado vendo a cena (todos respeitando a tosca, algo incrível), me deparo com a vaga em questão na minha frente, livre.
Ia entrar, achei que a tosca merecia que alguém roubasse a vaga dela, mas como ela tinha duas crianças dentro do carro mudei de idéia e fui parar em outro lugar.
Parei mais longe, e andando em direção à entrada do supermercado vejo a tonta ainda estacionando (em outra vaga, mais próxima da onde ela estava. demorou tanto que abriu outra vaga. a vaga original estava livre). Na vaga em que ela parava havia uma árvore. Resolvi parar e ficar assistindo:
Vrom (para trás);
Vrom (para frente);
Vrom (para trás);
Vrom (para frente);
Vrom (para trás);
Vrom (para frente);
Alinhou;
Vrom (para trás);
CAPOFT!
E era uma vez:
Uma árvore. Um pára-choque de Xsara Picasso.

Cuba

Fidel vai deixar Cuba. Dizem as más línguas que ele já está no aeroporto, embarcando em um avião da Cubana de Aviacion.
Com destino ao Beleléu.
Fideis à parte (eu até simpatizo com o barbudo), sinto que posso estar perdendo a chance de conhecer Cuba enquanto ela ainda tem uma identidade pitoresca e preços ridicularmente baixos. Porque, não importando se a mudança pós-Castro será para melhor ou pior, o lado pitoresco deve sumir. A começar pelos carros velhos.
Isso sem contar os prédios velhos, que podem acabar sofrendo uma "Pelourinhização", ou uma "Praguezição", que além da restauração exagerada incluiu o assassinato do comércio típico local...
Em suma, queria conhecer a ilha antes que ela pareça uma propaganda da Suvinil e esteja cheia de Clios, Corsas, Starbucks e McDonalds.
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Só me resta torcer pro barbudo resistir mais uns 3 anos...