quinta-feira, outubro 27, 2005

Daslooing

Foi de sopetão...
Foi por curiosidade...
Foi por falta do que fazer...
Foi por que era de graça...
Fui na Daslu!
Fomos em 4. Todos legítimos Sem-Noções:
Um vestido com uma calça velha e uma camiseta do Transpoitting tão puída que eu teria vergonha de usar de pijama; outro de calça jeans e camiseta, mas com aquele cabelo lambido típico de quem passou o dia andando pela cidade e veio direto; eu de calça jeans tb e uma camisa polo nova (na verdade tem uns 5 anos, mas encolheu na primeira lavagem e só agora voltou a entrar, e era a primeira na pilha de roupas), mas com uma barba tosca e largada, parecendo mendigo que fugiu do abrigo há 2 semanas; e um que foi arrumadinho, mais de acordo com o ambiente (dentro do possível).

Chego para encontrar os outros 3 com meu veículo reserva e agora atual (o titular, um Corsa não muitro melhor do que esse que descrevo, está no mecânico se recuperando de uma batida monstra), um gol 1.0 1993, originalmente bege agora branco, riscado/amassado em quase toda a lataria, depois de dirigir morrendo de medo de entrar num acidente, já que os fárois estão escuros, o limpador de para-brisa só serve pra espalhar a sujeira (e estava chovendo), e o acelerador costuma travar. Além disso, os documentos estão vencidos, e a manivela de abrir o vidro do motorista é, digamos, portátil. Enfim, cheguei para encontrá-los e ja fui andando na direção deles, dizendo para irmos com outro carro...

...mas eles foram irredutíveis,

e lá fomos nós
naquele resto de Gol,
armados de uma máquina digital
e muita cara de pau.
Era para ser apenas uma visita de curiosos, com a desculpa de um lançamento de um livro, mas acabou se transformanado numa afronta que eu ensaiei para executar no Shopping Iguatemi há mais ou menos10 anos (na época o Iguatemi era o mais fresco). E meio sem querer, teve muito mais classe e presença do eu poderia ter planejado.
Entramos, e parei na frente de uma porta que mais parecia um formiguiero de botocadas, com uns manobristas em volta. Ao sair do carro reparei em uma garota, olhando fixamente, hipnotizada, em nossa direção.
Não para mim ou meus amigos, e sim para o carro. O queixo dela estava meio caído, o lado esquerdo do rosto meio contráido, um dos olhos fechado e tremendo, o outro esbugalhado. Enfim, era um misto de espanto e nojo.
Entramos, nos espremendo no meio de um amontoado de gente, tão amontoado que era digno do velho Vila Mariana-Jd.Tiradentes às 18hs, mas diferente desse, era um amontoado chique, perfumado, endinherado, empequetado, afrescalhado, botocado e plastificado.
Depois de uns 30min agindo quase como os personagens de Jean Reno e Cristian Clavier em "Les Visiteurs", encontramos a autora do livro que estava sendo lançado, e o marido dela, que depois de uns 10min de conversa, quando já estávamos indo embora, soltou a frase da noite: "Vocês não sentem vontade de ir lá no meio da peruada e soltar um peido?"

A afronta tinha sido feita. Importunamos os ricos e intocáveis da cidade com nossa presença suja e mundana, nossas aparências naturais e nossas roupas baratas.
Pegamos então o carro com o manobrista para irmos embora para o mundo real, abandonando as cantoneiras gregas de plástico, os tapetes perfumados, as escadas de mármore e as poltronas de couro.
Mas não antes sem ter que procurar a manivela do vidro do carro, que havia caído no chão de novo...

quarta-feira, outubro 26, 2005

Eu achei que não ia escrever nada sobre política, mas hoje está irresistível.

No Rio um deputado criou uma lei querendo cobrar IPVA das plataformas de petróleo, porque supostamente elas tiveram que se mover para chegar onde estão (não sei se ele entendeu bem o que a parte dos "veículos automotores" no "Imposto sobre Veículos Automotores" quer dizer).
Eu tenho medo da imaginação arrecadatória desse pessoal...

segunda-feira, outubro 24, 2005

Pronto, criei.

Era uma idéia antiga ter algum mecanismo de expor minhas idéias, opiniões e verborragias políticas.
Hoje eu resolvi fazer. Hoje, um domingo (quer dizer, agora já segunda, mas como não dormi ainda...), o dia mais vazio e solitário da semana.
Provavelmente não vou conseguir seguir a temática pretendida no início, já que tem uns 3 meses que eu não consigo me perder em picuinhas políticas. Em todo caso, o mecanismo está criado. Também não tenho grandes expectativas, visto que provavelmente esse blog vai ter 3 leitores esporádicos e uns outros 5 que entrarão muito de vez em nunca, para checar sabe Deus o que.
Acho que como mensagem inicial é isso. Mais que isso já é verborragia.
Lendo agora o primeiro post e olhando as definições que eu escolhi percebo que não deveria ter criado o blog de madrugada.
O modelo é meio ruim e minha primeira postagem foi medonha. Provavelmente vou perder mais tempo pra editar ele ao longo da semana do que perdi pra criar.