domingo, novembro 27, 2005

A porta e a paranóia

14h: Campainha toca. A comida, pedida na Cantina do Mário (aquela em que o presidente almoçava), chegou.
19h. Volto da cozinha com meu chá em mãos, e noto a porta aberta. Escancarada na verdade. Saio na rua para ver se algum dos meus irmãos chegou e precisa de ajuda para carregar algo. Nada. Ninguém. E percebo que ninguém havia aberto a porta mesmo, ela estava aberta desde às 14h.
Nenhum assaltante entrou. Nenhum mendigo entrou. Nenhum vira-lata entrou. Nada. E eu fiquei pensando se não seríamos prisioneiros de uma paranóia de uma segurança fictícia. Afinal, não seria uma porta que deteria alguém mal intencionado. Nem a falta dela que faria a alegria de um "ladrão de ocasião".
De qualquer forma, gostaria que isso fosse possível sempre, sem medos.

1 Comments:

Blogger pita said...

engraçado como a gente realmente fica paranóico. mas acho que nessa paranóia toda há um fundo de verdade.
sem dúvida era mais legal quando se podia sair de casa pegar o jornal e deixar as portas abertas sem desconfiar de tudo e de todos.

9:20 AM  

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