domingo, dezembro 31, 2006

Retrospectiva Ros de 2006

(Ou, se vocês preferirem um trocadilho tosco, “Rostrospectiva de 2006)

O ano começou como nunca, e acabou como sempre.
Ok, adaptações de frases sobre futebol equatorianas à parte, a verdade é que não dá pra dizer que acabou como sempre. Todos os anos foram diferentes, mesmo que tenham balanço de positivos e negativos parecidos.
Por outro lado, posso realmente dizer que começou como nunca. O último ano que havia começado tão bem havia sido 2000 (naquele momento eu não sabia ainda o que me esperava na FAU), e talvez 2006 tenha começado até um pouco melhor que 2000. Ao menos parecia. Em poucas semanas vi que não seria bem assim. Pioras graduais, a caminho de uma tempestade.

Nesse meio o tempo, de piora gradual mas tempestade ainda não concretizada, teve a viagem para o Chile, e um dos pontos altos do ano. Ao menos o ponto com maior altitude. O dia da subida do El Parvo foi realmente divertido.
Apesar de já ter começado a subida com uma forte dor na perna direita (decorrente da minha insistência em não gastar dinheiro com o metrô em Santiago), e de ter tido que sair da rota para beber neve (esqueci de levar água), fiz a subida em pouco mais da metade do tempo que me haviam previsto. E, apesar de quase ter ficado em definitivo por lá, foi uma experiência da qual não abriria mão de passar se tivesse escolha. Primeiro porque gostei (talvez justamente do risco), segundo porque pude perceber que não importa o quão merda as coisas estejam, a vontade de chegar em casa inteiro é sempre maior.
Mas a viagem para o Chile ocorreu na época errada. Sempre usei as viagens como uma fuga dos problemas, um “reset” na cabeça. Quanto mais ermo, distante e desabitado for destino melhor (A viagem para a Escócia é um exemplo. Resolvi, em um momento de tempestade, seguir para o lugar mais distante e desabitado possível. Como o Alaska se mostrou muito caro acabei indo para a Escócia. E funcionou bem.). No caso do Chile eu viajei com uma tempestade no horizonte, que me pegou na volta.

Veio o Carnaval, meu aniversário e as coisas começaram a dar errado por completo (Esse momento de ruptura entre as coisas estarem andando razoavelmente bem e começarem a andar mal coincide com a mudança do ano chinês, para o maldito ano do cachorro. Eu não acredito em horóscopo, mas eu também não acredito em coincidências.).

A tempestade do carnaval virou uma avalanche de 2 ou 3 meses. A vontade de fugir para um lugar desabitado e distante apareceu com tanta força quanto teve às vésperas da ida para a Escócia. Mas agora vez eu não tinha mais essa possibilidade. E, não só as coisas davam errado como se interferiam negativamente. O resultado disso foi uma certa necessidade de sumiço e um retorno à velha forma de geladeira nos tratamentos interpessoais (que viria a me causar outros problemas no fim do ano).

Seguiram meses amenos, em que de certa forma me senti um avstruz com a cabeça enfiada na terra, com o mundo andando para todos e ficando parado para mim. Na prática não ficaram tão paradas assim. Encerramento das matérias da FAU, começo de TFG e estágio. E ainda que o TFG não tenha andado e o estágio esteja em um momento perigosamente sem trabalho, isso é bem melhor do que o que eu tinha exatamente um ano antes.

E quando tudo parecia caminhar para uma normalidade (boa), Novembro veio como um chute no saco. Um putz chute eu diria, fazendo trocadilho infeliz. Fez com que esse ano tivesse dois dos piores momentos da minha vida (isso sem considerar que os piores momentos antigos ou se anularam não muito tempo depois de ocorrerem, ou ocorreram a tanto tempo que já foram digeridos).
Não que tenha acontecido algo muito relevante. Mas a forma como lidei me perturbou. E não parece que exista alguma possibilidade de se anular antes de ser digerido.

E os momentos ruins se manifestam tanto no blog quanto no orkut. Tanto a limpeza e conseqüente decisão de encerramento da conta do orkut (ainda pendente), quanto as alterações de nome do blog e posts mais frios e assépticos do que nos primeiros meses de blog (que de certa forma era a idéia original do blog. Um post como o de hoje foge bastante da premissa).

E não sei dizer como o ano termina. Mas não sei se importa. Na prática o que acontecerá a partir de amanhã é uma mera continuidade do que aconteceu até hoje, podendo ser tomados como pontos de quebra e início diversos momentos.


FELIZ 2007.

sábado, dezembro 30, 2006

Faumigo Secreto 2006 (Parte 1/4: Fotos I)

"Vedarosca". Humpf!

Fromage a trois. (Ok, ok... nós éramos em 10 e só na foto tem 4 pessoas... além de que eu provavelmente escrevi errado... Mas não dava pra perder a piada.)


À mesa.


Na sala.


Dé.


Fernanda, o Lapostolle e a Paula.

Faumigo Secreto 2006 (Parte 2/4: Fotos II)

Repolho presenteando o gil com um rolo de barbantes em volta de uma garrafa.


O olhar fulminante de uma loira defendendo seu sake.


Muito tempo depois e o Gil continuava enrolado nos barbantes.


Paulo prsenteando a Dé.


Paulo, Antonoff e taças na mão.


Pita, OKA e o embrulho de mulheres peladas.

Faumigo Secreto 2006 (Parte 3/4: Fotos III)

Um metaleiro de classe...


...recebendo o presente do Pita...


...estava meio difícil de abrir, mas podia ser excesso de álcool também...


...finalmente consegui...


...e, com o lado obscuro do lado escuro da lua na mão e acompanhado pelo Pita, posei para a melhor foto da noite...


...que talvez não tenha conseguido ser tão ridícula quanto essa! (Não, eu não estava com dor de barriga!)

Faumigo Secreto 2006 (Parte 4/4: Fotos VI, texto e dia seguinte)

Imagem & Ação: John Lennon!


Imagem & Ação: Deliberações da equipe...


Se eu não soubesse que sou chato assim até quando sóbrio acharia que é hora de procurar o AA.

O Amigo Secreto

(Dessa vez vou tentar ser sucinto)
Apesar de toda a crise e medo de que o dinheiro não daria para a comida sobrou queijo bem de monte (claro que ajudado pelo fato dos vinhos terem sido colocados à parte na brincadeira), e tivemos 7 garrafas de vinho para 10 pessoas (e só 9 que bebem).
Apesar de termos quase uma garrafa de vinho por pessoa ficou uma estranha sensação de que bebemos pouco, mas bem (especialmente pelo Carmen e pelo Sauterness)
Apesar de parecer que bebemos pouco meu dia seguinte (e o de mais gente pelo visto) foi de ressacas pesadas.
Apesar de não ser alcoólico, e de não ser algo da minha lista, gostei bastante do meu presente. Mais até do que se fosse algo da minha lista de pedidos. Gracias, Pita.
E apesar de todo o stress, das impossibilidades, da necessidade de uma cédula de votação, e de atritos violentos na reta final, o Amigo Secreto acabou sendo bastante divertido. Talvez o momento mais divertido entre os encontros sociais com FAUs desse ano. Gracias também à gentileza do Antonoff de ceder o apartamente à horda de vândalos... E eu, vândalo-mor responsável pelo copo quebrado da vez, quase não participei, resolvi de última hora.
Apesar de ter causado ressacas acabou valendo a pena. Acho.

...

Cheguei em casa e não consegui dormir. Ou melhor, o sono (forte) e a vontade de dormir (nenhuma) não haviam se juntado. Já estava de ressacas.
Resolvi ouvir o “3 Sides Of Every Story”, do Extreme. O comprei quando eu tinha uns 13 anos, e na época gostava, mas achava um pouco indigesto. Dessa vez não pareceu ter nada de indigesto. E é incrível como ele melhora a cada vez que eu ouço.
Em especial “Tragic Comic” (“I’m hapless romantic / St-t-tutteing p-poet / just call me a tragic comic...”), “Our Father”, “Stop The World”, “Rise ‘n‘ Shine” e “Am I Ever Gonna Change” (“I’m tired of being me / and I don’t like what I see / I’m not who I apear to be...”) são ótimas.

.....

The Day After

Dia seguinte, ainda ressaqueado total (cérebro saqueado, o resto todo de ressaca), apenas a ressaca alcoólica atenuando, e apenas atenuando. Levanto por volta da uma da tarde.
Lá pelas duas o celular toca. Vejo que é a Juliana, amiga de colégio que deu sinal de vida mês passado pela 1ª vez em 4 anos.

EU: - Comigo é bateu, levou! * (no celular não dá para atender usando o Orfanato)
ELA: - Aaaaaahhhhh! Que susto!
EU: - Diiiiga, sumida!
ELA: - Luiz, onde é Budapeste?
EU: - Oi?
ELA: - Onde é Budapeste?
EU: - Na Hungria.
ELA: - E onde é a Hungria?
EU: - Pô Ju, você tá me zoando...
ELA: - Não, é sério, eu não sei.
EU: - Fica a oeste da Áustria, ao norte da Croácia e ao sul da Rep. Tcheca.
ELA: - Ah ta, porque eu tinha uma passagem de milhagem do meu pai pra lá, da Varig, mas a Varig não ta voando mais pra lá... Acho que vou trocar por Lisboa...

Depois disso se seguiram alguns minutos, primeiro comigo tentando explicar que na verdade a Varig não voava para Budapeste, o vôo era uma parceria com a Lufthansa, depois tentando convencer ela a aproveitar Budapeste, ou ao menos ir até Frankfurt (dei minha opinião sobre Frankfurt para ela também) e pegar um trem para algum lugar decente de lá. Acho que falhei...
Eu adoro a Ju. Mas ela às vezes merece o título de "a mais lesada", hahahaha.

...

Fim da tarde, mas ao menos a ressaca alcoólica está passando.
Vou ao shopping coquinho aqui perto de casa sondar celulares (o meu kaput... tem que recarregar todo dia, e mesmo assim sem muitas ligações).
No caminho pro shopping passo no Imigrantes Bebidas, que é perto. E compro o Cockburns LBV 1997, dica do Repolho. Mas dessa vez, apesar do caixa ter se embananado da mesma forma que com o Repolho, alguns dias antes, dessa vez ele achou o problema e eu paguei o preço normal, R$54,90.

...

No shopping não consigo definir nada sobre um celular novo, mas encontro uma promoção de DVDs nas Americanas. Acabei comprando o “A Queda – Os últimos dias de Hitler”, baseado nos diários da secretária dele, e bastante elogiado. E só. Quando eu fui pagar o caixa me olhou com uma cara... Só faltou ele começar a gritar “Seu nazista!” para mim.
Santa ignorância. E santa hipocrisia. Aposto que se eu fosse negão ele não daria a mínima.

.....

(Acho que não consegui ser muito sucinto...)

E ainda preciso escrever a rostrospectiva do ano. Que aparentemente só acaba quando termina.

.....

* "Comigo é bateu, levou". Na versão dublada do "The Adventures Of Ford Fairlane" ("As Aventuras de Ford Fairlane" dãh!) o personagem título atendia o telefone desse jeito. Faz mais ou menos um mês eu resolvi adotar esse jeito para atender o celular. E exatamente no dia que atendi o telefone dessa forma pela primeira vez esse filme passou. No "Cine Band Clássicos", em um domigo de madrugada.

Eu havia visto esse filme uma vez só, e fazia pelo menos 12 anos.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Vinhos do Natal (Parte 1/3: Comida e vinhos da ceia)



Sobre a Comida:

Para a ceia eu comprei cinco rosés, quatro Pisano Cisplatino Cabernet Franc 2005, e um Alamos Malbec Maceración Atenuada 2005 (caso o Pisano decepcionasse).
A escolha dos rosés se deveu a comida habitual de Natal aqui de casa. Como pratos principais tender, peito de peru e um risoto com presunto e passas preparado com espumante. E nesse ano ainda fomos surpreendidos por um capeletti de frango que minha tia preparou.
Ou seja, um pandemônio para combinar vinho.
O tender, se estiver com o gosto mais fraco casa bem com um branco encorpado (como foi o caso ano passado, com o Alamos Viognier). Se estiver forte, como nesse ano, vai pedir obrigatoriamente um tinto, e não necessariamente um leve.
O Peru em geral casa com o rose e aceita bem tintos leves (bem leves... com Rhônes por exemplo é um desastre) e brancos.
O arroz é um mistério. A casa ano usamos um espumante diferente e a cada ano o resultado do arroz é diferente. Esse ano foi um Prosseco Extra Dry do Sachetto (R$10 na Mistral na ponta de estoque do início do ano). Que ainda estava bom, apesar de não ser algo que eu compraria para beber a preço normal, não faz meu estilo. Mas o arroz ficou meio estranho. Ano passado foi usado um espumente francês horrendo, um Baron d’Agrignac (Agrinac? Agrião?) demi-sec. O arroz ficou ótimo. E casou com o vinho. O que significa que talvez nem sempre o que é melhor para beber seja melhor para cozinhar, ou vice-versa. E no ano dos Rhones o arroz era a única coisa que o vinho tolerava. Vai saber...


Agora os vinhos:

Pisano Cisplatino Cabernet Franc Rose 2005 – Rio de la Plata, Uruguay
Mistral, 18dez1006, R$23,70



Como já deve ter dado para notar a combinação com a comida esteve meio longe do ideal. O vinho me pareceu redondinho, e em algum momento atingiu uma temperatura ideal (que obviamente não foi atingida depois) que o deixou realmente interessante. Mas no geral um vinho razoável, sem nenhum aroma mais (no “momento de temperatura ideal” notei algo de damasco, mas não fiquei prestando a atenção) forte. Redondinho, mas nada espetacular.


Alamos Malbec Maceracion Atenuada 2005 – Mendoza, Argentina.
Mistral, 18dez2006, R$29,80


Vinícola diferente, uva diferente, local diferente. E ainda assim, caso eu não tivesse um rótulo diferente na minha frente eu seria capaz de jurar que era apenas um Cisplatino de outra safra, tamanha a semelhança entre os dois. Era um pouco melhor e um pouco mais encorpado que o Cisplatino, com aromas um pouco mais nítidos, mas bem semelhantes.
Não sei se a diferença de preço condiz com a de qualidade, mas aparentemente e diferença de rolhas ajuda um pouco no preço. Eu ainda não entendo porque a Catena usa a mesma rolha gigantesca dos vinhos caros nos vinhos de consumo rápido.
E claro que a semelhança pode ter sido exacerbada pela comida (que ignorou ambos), mas o estilo de ambos é o mesmo.
Segundo o site da Catena, esse vinho seria supostamente apenas para o mercado argentino. Como boa parte dos Catena que a Mistral tem trazido.

Vinhos do Natal (Parte 2/3: Os vinhos do almoço I)

O almoço é basicamente a mesma comida da ceia, trazida novamente à mesa. Como eu não queria beber novamente a mesma coisa, já tinha desencanado de combinar a comida e o vinho, e tinha algumas coisas que queria beber e que achava que já estavam a caminho do beleléu, resolvi partir para a guinorância:
Julius Spital – Randersackerer Pfülben Riesling Spätlese Trocken - 1999er - Franken, Alemanha.
Galleria Kaufhof, Frankfurt, Alemanha, 09abril2002. 13,99 euros.

Com esse eu fiz um bobagem. Devido ao calor senegalês que estava fazendo eu resolvi colocar ele no freezer e abrir ele gelado.
Percebi que ele não tinha jeitão de vinho passado, mas que os aromas estavam meio fracos, meio insípidos. Achei que era por causa da idade, não dei muita bola, bebi e fui para o outro vinho. Paciência. Quando minha taça já estava com tinto reparei no pessoal em volta elogiando o vinho. Até aí tudo bem, eles às vezes elogiam umas tranqueiras também.Depois, quando acabei de comer reparei que havia sobrado um fundo de vinho na garrafa. Virei na minha taça e bebi. E entendi que a primeira taça tinha sido bebida muito gelada. O vinho era ótimo, e precisava de uma temperatura alta. E não foi a 1ª vez que eu cometi um erro como esse.
Quando comprei esse vinho escolhi um riesling pelas indicções dos guias, de que riesling é uma “uva nobre” e mais um monte de bobagens e frescuras. Me arrependi de não te escolhido outro sylvaner. Entre os Franken que bebi os sylvaner são de longe os melhores, muito melhores do que os riesling. E eram mais baratos também. Mesmo que tivesse bebido esse riesling na temperatura certa não acho que o consideraria entre os melhores brancos que bebi. Mas ambos os sylvaner de Franken que bebi fazem parte da lista.

Notem pela nota (uau, que trocadilho maravilhoso) que há um vinho de 7 euros. Era um Sylvaner Spätlese. Que estava espetacular.

E eu acabo de tomar um susto ao ver que esse mesmo vinho, na safra 2005, está custando 19,72 euros na vinícola. O significa mais ou menos que ele está custando o dobro do preço em dólares ou quase o triplo em reais (lembrando que eu comprei num shopping/supermercado numa cidade grande a uns 100km da vinícula). E não dá pra dizer que é apenas o câmbio.
Se eu soubesse que custava tão caro teria tentado aproveitar mais.
(Momento Homer: “Ei, esse lugar parece caaaro. É melhor aproveitar”)

Vinhos do Natal (Parte 3/3: Os vinhos do almoço II)



Château Barreyres 1999 – Haut-Medoc Cru Bourgeois Bordeaux, França.
Sainbury Meadowbank, Edinburgh EH7, Escócia, 08Abril2002. ~£11

Foi pro decanter imediatamente depois de aberto, mas não esperou muito tempo antes de ir para as taças, 10 minutos no máximo.
Me chamou a atenção por ter muito pouco depósito (para um vinho que passou 4 anos envelhecendo, sendo que pelo menos um ano na mesma posição em que estava antes de ser aberto isso foi meio estranho).
Vermelho muito escuro, muito denso. Corpo médio.
A princípio tinha um aroma/gosto metálico forte (que eu associo a fermentados que são armazenados em lugares quentes), mas que foi embora alguns instantes depois de cair na taça (o decanter deve ter ajudado). Depois principalmente frutas vermelhas e o tão falado “aroma de estrebaria” (que é interessante apesar do nome).

No contra-rótulo diz que é um blend de merlot e cabernet sauvignon, e que iria muito bem com carneiro. Parece ter uma preponderância de CS, mas é chute. E realmente pede um carneiro. Diz também que “pode ser aberto agora ou guardado por três anos” e para “abrir uma hora antes de servir”. Eu guardei por 4 anos e, apesar de não achar que ele melhoraria com mais tempo, provavelmente duraria mais uns 2 ou 3 anos. Quanto ao “abrir uma hora antes de servir”, bom, acho que 15 minutos no decanter foi o suficiente. Talvez melhorasse um pentelhésimo se tivesse ficado uma hora no decanter, mas eu não ia arriscar.

Entra fácil para a lista dos melhores tintos que o tio Ros já bebeu.

E agora, depois de 4 anos, e olhando a (suposta) notinha de compra dele, eu descubro que ele não foi cobrado... Meio tarde pra voltar para o caixa e dizer "Ei, você esqueceu de me cobrar esse." Mas bem que eu gostaria.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Bares no e antes do Natal

Sexta-Feira, 22 de Dezembro de 2006

Paro em frente ao Copan e sigo para o Bar da Escola da Cidade (Bar do Instituto Pólis?) antes de todos. Encontro apenas o Docinho, que estava confraternizando com mais uma meia dúzia de badabas em um bar que não é maior que o Asterix (apenas melhor distribuído).
...

De lá carrego o Docinho para o Pingado, andando na chuva na São Luís, onde a gente iria encontrar o Gil. E lá rola uma jam session tosca de violão e bongô entre eu e o Gil, se alternando com os instrumentos. Como o Gil definiu, parecia coisa do Wood e do Stock. E 200 telefonemas são recebidos. O 1º pra avisar que o bar da escola da Cidade não havia sido encontrado. Os outros pra reclamar que estávamos demorando.
Legal o Pingado. Pena que a sala é absurdamente quente.

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Seguimos então para o Brahma pela São Luís e pela São João sob mais chuva. Essa última extremamente movimentada, mas não de uma forma agradável.
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Bar Brahma: Puta decepção. Era um lugar que eu sempre quis ir, e achei uma tranqueira. Não o lugar em si, mas a banda tocando, a velharada que freqüenta e o chopp. Que tinha cheiro de ovo azedo (pode ser do copo, mas de qualquer forma não justifica). Acho que o pior chopp que eu já tomei.
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De lá para o Pingado novamente. E outra jam session. Mas dessa vez eu me senti o Sting.
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E a noite se encerrou no Bar do Estadão, com um sanduíche de pernil. Que, apesar de não ter sido o melhor que comi lá, estava bom. Mas não, eu não queria gelo e limão.
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Sábado, 23 de Dezembro de 2006

Barxaréu, rua Joaquim Távora, Vila Mariana. Não tinha Serramalte. Não tinha bolinho de carne. Não tinha bolinho de carne com queijo. E depois avisam que na verdade não tinha bolinho nenhum. Saímos de lá às 11h15. Mas todos os bares da rua estavam fechando a cozinha. Ou seja, não tinha bolinho. Eita horário de merda dos bares dessa rua.
Seguimos então para o Asterix. Ao menos em algum lugar o chopp estava bom. E o bolinho de bacalhau (parecia um croquete), apesar de ter pouco bacalhau, não era dos piores. Muito melhor ao menos do que o do bar Municipal, na rua Aspicuelta, Vila Madalena (bolinho que também parecia um croquete).


Segunda, 25 de Dezembro de 2006.

América: A idéia era procurar uma sorveteria, mas de repente me vejo dentro do América da Paulista. Resolvo comer, para ver se aliviava a ressaca (que naquela altura já durava umas 20hs).
Foi a 3ª vez que eu fui no América.
Na 1ª (acho que em 1999) comi um Mex-Burger com pimenta, ou algo do tipo. E tive uma semana triste depois.
Na 2ª (esse ano) só comi batata frita.
E nessa comi um Barbecue Burger. De BBQ não tinha nada. Mas era bom. Só que a relação preço/tamanho não condiz com a realidade.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Iron Maiden - A Matter Of Life And Death


Eu já falei no post sobre o Derek Riggs que eu acho que a qualidade dos álbuns do Iron está diretamente ligada à qualidade da capa. E falei também que acho a capa desse cd a melhor das capas do Iron. O que me leva a dizer algo que para alguns pode ser heresia:
Esse é o melhor cd do Iron. Com alguma folga.

Da primeira vez que ouvi não achei nada demais, era só Iron... só que cada vez que eu ouvia parecia melhor. É daqueles que demoram a ser digeridos, cheio de nuances, camadas, virtuosismos e outras maluquices que compõe aquela aberração musical chamada de heavy metal progressivo. E que eu adoro.
Pareceu a princípio meio conceitual, com uma temática relacionada guerra/religião muito forte. Mas não deve ser o caso. Afinal essa é a temática habitual deles.
O tipo de som lembra um pouco o “Brave New World”, só que muito mais elaborado. E comparado ao “Dance Of Death” é muito mais pesado (e muito melhor).
Também nas primeiras vezes que ouvi achei que Dickinson não estava cantando tão bem, o baixo estava meio apagado e as guitarras estavam meio fracas, pouco elaboradas. Óbvio que o Dickinson não grita mais como no Piece Of Mind ou no Powerslave, mas com o tempo eu percebi que nesse ele está cantando muito, com técnica. Fui percebendo também que o baixo é o mesmo de sempre, e que as guitarras não só são as mesmas de sempre, mas que alguns dos melhores riffs e solos do Iron estão nesse cd. Notei que o problema de tudo parecer fraco é a bateria. A bateria é um atropelo. É disparado o álbum coma melhor bateria entre tudo o que já ouvi. “Infinte Dreams”, “Where Eagles Dare”, “Ghost Of Navigator” e outras músicas do Iron com bateria espetacular ficam no máximo dentro da média desse cd.

Sempre achei que Iron fosse o heavy metal puro, sem puxar para nenhuma das variáveis (melódico, prog, trash, etc...). Aparentemente eu estava errado. A seção do wikipedia sobre o “Matter” (o artigo é bastante interessante. Baseado no DVD e em uma reportagem da revista Kerrang) fala que é o álbum mais prog do Iron Desde o 7th Son, e no DVD eles classificam o álbum como prog (o Harris chama de “neo-prog”).
E parece que na turnê eles estão tocando o "Matter" inteiro. O show deve ser só isso, com um bis de "músicas velhas" pelo jeito. Mas já estou achando que esse a gente não verá aqui. Nenhuma propaganda de show até agora, e esse cd tem feito muito sucesso fora, especialmente nos EUA... Acho que a brazucada sobrou dessa vez (eles vêm ao Brasil em todas as turnês desde o "Fear Of The Dark").
Agora a opinião do Tio Ros, música por música:


Different World – Lembra um poucoa “Rainmaker”, do “Dance Of Death”. Explico. A música é órima, mas na hora que chega o refrão esculacha tudo. Parece que o refrão foi composto no banheiro. Ou popeado pra música poder virar single. Mas eu gosto bastante da letra.
These Colours Don’t Run – Boa, mas nesse cd fica meio apagada. Se estivesse no “Fear Of The Dark” se destacaria. A letra também é bem legal. De cara dá pra relacionar com o fato de que a GB se meteu em quase todas as guerras possíveis nos últimos séculos. Explica o Dickinson no DVD que ela é também sobre o ponto de vista do soldado, e também uma questão de moral, de que algumas coisas não se faz, ou não se pode deixar de fazer. Mas poderia não ter os ôôôs... caramba, como esses caras gostam de ôôôs...
Brighter Than A Thousend Suns – Parece música solo do Dickinson. Se fosse seria das melhores. Aqui ela está abaixo da média.
The Pilgrin – Do cacete. O riff é ótimo.
The Longest Day – Sobre o desembarque no Dia D. Letra, melodia e bateria espetaculares. Até aqui seria a melhor música do Iron (só que o cd não acabou). A música (e principalmente a bateria) acompanha a letra perfeitamente. No início a antecipação, a batida cadenciada, e a letra narrando o prenúncio do desembarque. No refrão o desembarque, e a agitação. Na ponte um agitação mais contida. Nas estrofes seguintes a mesma melodia pré-desembarque, mas com uma batida diferente, em uma cadência mais rápida. É mais ou menos a mesma fórmula de “Pachendale”, só que ainda melhor.
Out Of The Shadows
– Não sei porque eu tenho um certo preconceito com violão nas músicas do Iron. Ela não me chama muito a atenção.
The Reincarnation Of Benjamin Breeg – A melhor música do cd, e a melhor música do Iron para mim. Acho que a melhor bateria que já ouvi em música também, apesar dessa não ser a música com mais quebras de tempo (e algumas são bem sutis) do cd. É também o melhor riff de guitarra do Iron. Que aliás é fácil de tocar (bem). Mas só o riff... blé. E a partir dela só tem música ótima. O único defeito é a viradinha por volta dos 5:30
For The Greater Good Of God – Ótima. A segunda guerra do Iraque, associada aos atentados acabou rendendo músicas melhores do que a 1ª...
Lord Of Light – Ótimas guitarras, ótima bateria, vocal impecável. Outra que está entre as melhores do grupo.
The Legacy – O som é meio diferente, meio estranho... não parece muito com o som normal do Iron. Mas eu gostei. Ela começa meio fraca, mas vai melhorando. E continuo tendo preconceitos quanto ao uso de violão por eles, mas nessa não atrapalha, pelo contrário.

Uma coisa curiosa a respeito desse ser o melhor dos álbuns do Iron é o tempo de carreira até eles chegarem no auge. A maioria das bandas chega no auge entre 5 e 10 anos. 15 no máximo, como Pink Floyd. Iron é de 78, com o primeiro álbum lançado em 80. é um auge bastante tardio.

DVD:

No DVD eles comentam a respeito das músicas do álbum e do processo de gravação. Mas o que mais me chamou a atenção foi o momento em que o produtor deles (e cinegrafista) faz a entrevista do “que instrumento você está usando?”
O Murray usa uma guitarra que a Fender fez por encomenda para ele. Diz que a guitarra tem “alguns anos”. Mais de 20 provavelmente.
O Harris mostra um baixo branco e diz que ele foi usado em todos os álbuns do Iron. Que já foi preto, vermelho, etc. e agora é branco.
O Nicko mostra a caixa, e diz que ela foi comprada em 75. (também achei o som da bateria espetacular, nada abafado ou nada estridente).
E o Smith mostra uma Gibson Les Paul surrada e diz que foi a 1ª guitarra que ele comprou, que esteve em todos os álbuns do Iron que ele tocou e que nenhuma guitarra soa como ela.

Outro trecho interessante do DVD é o Nicko comentando sobre o fato do cd ser meio progressivo, dizendo que foi com isso que ele cresceu.
Ah ta, então ta explicado.



“A Matter Of Life And Death” também é o nome de um filme inglês sobre a WWII, com o David Niven. Que nos EUA foi chamado de “Stairway To Heaven”.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Nome para meu barco (se algum dia tiver dinheiro pra um)

Alguns meses atrás postei aqui o nome para um hipotético restaurante de frutos do mar.
Hoje, influenciado por um filme belgo-canadense, pensei em um nome para um hipotético barco.
"Tinta Nickel".
E aí, o que vocês acham?

quarta-feira, dezembro 20, 2006

CDs adquiridos em 2006

Eu achei que ia passar esse ano sem comprar sequer um CD (possível efeito do e-mule associado a falta de $$).
Mas eis que meu irmão aparece em casa com um “Tyrany Of Souls”, do Bruce Dickinson, com um selinho de R$12,90 colado na capa. Viro para ele e digo “Ei! Você comprou um pra mim também, não?” ele “É, comprei. Esse é seu.” Eu inda não sei se ele tinha comprado para ele ou para mim, mas ficou comigo. Nesse mesmo dia ele me avisou que tinha uma promoção nas Americanas, o Paulo avisou a mesma coisa no dia seguinte. Essa promoção acabou rendendo mais um Dark Side Of The Moon e um Rush In Rio.
E, por fim, comprei no submarino o “A Matter Of Life and Death”, o último do Iron, na edição especial com o DVD.

Os CDS:

Bruce Dickinson - Tyrany Of Souls
R$ 12,90 na Saraiva.
O estilo me lembra um pouco o Accident Of Birth, e a qualidade das músicas achei compatível tanto com o Accident quanto com o Chemichal Wedding (ainda acho o Acident Of Birth o melhor dos 3, mas mais por uma questão de gosto pessoal). Ao contrário dos outros dois esse cd não tem a participação do Adrian Smith, que faz alguma falta, mas não chega a fazer as músicas perderem qualidade.
Sobre a capa eu já mencionei no blog da Paula, é um quadro do Hans Memling.

Pink Floyd – Dark Side Of The Moon
R$12,99 nas Lojas Americanas do Shop. Ibirapuera (o preço no caixa era menor do que o do selo).
Antigamente eu achava que esse álbum era quase tão bom quanto o “The Wall”, muito à frente do “Animals” e do “Wish You Were Here”. Hoje não vejo tanta graça assim, acho que está mais ou menos no mesmo pé do “Wish You Were Here” e muito atrás do Animals (e ainda mais atrás do “The Wall”). Mas a esse preço era imperdível.
Não cheguei a ouvir ainda (do meu cd eu digo...).

Rush – Rush In Rio

R$49,90 nas Lojas Americanas do Shop. Plaza Sul.
Esse foi caro. Mas para um CD triplo até que nem tanto.
O som é ótimo, os comentários do Neil Peart no encarte são interessantes, e é o registro de uma turnê que eu assisti (o show daqui foi praticamente igual a esse gravado Rio). Mas a seleção de músicas foi fraquinha. Eu lembro que já tinha achado isso no show, mas ao vivo a presença de palco e etc. compensam o repertório fraco. No CD fica um pouco cansativo.
A capa desse cd também é bastante interessante... Mas isso vai ficar para outra hora.

Iron Maiden – A Matter Of Life And Death (Ed. Limitada com DVD)
R$43 no Submarino.
Esse foi sem promoção, mas eu já estava de olho há algum tempo. Seria comprado com ou sem promoção.
Sobre ele eu farei um post amanhã.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Diversos...

SOBRE OS ÚLTIMOS DIAS:

Sexta-Feira:
Oftalmologista.
Chego atrasado e encharcado por causa de uma tempestade estrategicamente precipitada para me atrapalhar. Entro no edifício e o segurança da entrada me pede o número do RG:
Eu: - Trinta e dois, (...), cento e dezessete.
Ele: - Seiscentos e dezessete?
Eu (com voz rouca e grave): - CENTO E DEZESSETE!
Ele: - Poxa, não precisa ficar bravo...
Eu (tentando remendar): - Não estou bravo não, só estou rouco...
E por sorte eu estava rouco mesmo.
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Resumo da consulta: Terei que operar a pálpebra.
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Sábado para domingo:




Esse belo amanhecer da janela do meu quarto foi um oferecimento do maldito pastelzinho de palmito do bar Zepellin.

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Segunda:
Vou à Mistral à tarde (para comprar os vinhos para o Natal, e não o presente do amigo secreto). Paro o carro, abro a porta e ouço ao longe uma sirene. Crescendo rápido. Só tenho tempo de me jogar de volta para dentro do carro, dando uma meia-cambalhota sobre os bancos segurando a porta para ela vir junto. E uma ambulância Volkswagen passa por mim a mais 100km/h, numa ruazinha que mal cabe um Ka em cada faixa. Me senti um figurante numa das cenas de perseguição do Ronin.

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Entro e sou atendido por uma menina que eu não conhecia, provavelmente funcionária nova. Loira, olhos claros, uns 20 anos, jeito de meninha... Uma topeira! (com perdão às topeiras)
Da Mistral até em casa demorei 1h20, mais ou menos quatro vezes o tempo normal.
Foi o dia das topeiras (ou seriam toupeiras?) também no trânsito.

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Terça:
Depois de quase um mês de pouco trabalho no escritório hoje foi dia de abraçar o batente.
É evidente que as merdas tem que surgir no daí mais quente do ano, e ainda na parte da tarde, quando já se está cansado e quando tempo já não é suficiente para resolver.

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OUTROS:

Falecimentos:

Sivuca:
Dei um cd do Sivuca para a menina que eu tirei no Inimigo Secreto da Sala de Arquitetura do Anglo, em 98 (não lembro o que comprei para o Amigo secreto, nem quem eu tinha tirado). Ela abriu o embrulho e disse: “Minha mãe adora o Sivuca!”

Clay Regazzoni, ex-piloto de Formula-1:
Ele tinha abandonado a carreira depois de ficar paraplégico em um acidente no GP dos EUA de 1980.
Morreu de acidente de carro numa estrada italiana.
E depois as minhas piadas é que são de humor negro. Das Dele ninguém fala nada.

Fidel:
Dadas as notícias da semana, eu já estou achando que El Fidelón kaput.
Como eu já disse em outro post, provavelmente quando eu for pra Cuba vai ter um McDonalds em cada esquina, inclusive em frente à catedral de Santiago. E a máfia de Miami vai estar se divertindo com os negócios locais.

Pinochet:
Eu não aprovo o que ele fez, mas também não acho que ele foi nem de perto o monstro que a media diz que ele foi (lembrando que o “sonho socialista” que antecedeu o Pinochet foi um dos maiores pesadelos econômicos da história). Era um trabalho sujo, e alguém IRIA fazer. Sobrou para ele. Não fosse ele teria sido outro.
Por outro lado, me divirto com as piadas sobre ele. Parece que a última chuva registrada em Arica (no Atacama) foi em 1988, uma semana depois da (única) visita do Pinochet à cidade. Os locais diziam que só choveu para lavar as pegadas do Pinochet.
Mas a melhor ouvi no rádio anteontem. Pinochet ao chegar no inferno, pára, olha em volta, e diz: “Ahora quien manda nesta mierda soy yo!”
(e eu peço perdão pelo meu portunhol)

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Política:

Os deputados dobraram o salário.
Para mim podia fechar. Afinal, toda vez que vem uma lei nova detona ou meu bolso ou meus hábitos. Ou ambos.
Fechado seria melhor.
Afinal, vocês sabem que eu não acho que tudo precise ser uma democracia.

O Deputado ACM Neto foi esfaqueado ontem por uma revoltada.
Não vou emitir juízo de valor nem sobre o ACMinho nem sobre o acontecido.
Acho que não preciso, já está bem claro.


quarta-feira, dezembro 13, 2006

Derek Riggs

Ótima capa. A luz de Londres está perfeita, é naturalmente esse azul/violeta do desenho. E a referência dessa vista é áinda mais puxada para o violeta, por causa da cor dos vidros da Tower Brige.
O único ponto negativo dessa capa é que ela é meio pixelizada.

Folder central do encarte do Accidenth Of Birth americano. A edição dupla nova tem capa diferente (está no site).


Pintura do cd1 do Powerslave, edição especial da Castle Records. Essa era a capa do single do Aces High, que aliás meu irmão tinha (tem) em bolachão (estava mais para EP do que para single). Uma das minhas capas favoritas. E talvez parcialmente responsável por eu ouvir Iron hoje.


Nesse a assinatura está misturada aos pings da baba. Na contra-capa do encarte ela está no lugar da marca dos óculos escuros.


Essa capa não tem assinatura, assim como a do "No Prayer For The Dying". Mas tem um lápide escrita "Here Lies Derek Riggs - R.I.P., atrás do gato com auréula. O que talvez explique a falta de assinatura do "No Prayer...".


Derek Riggs é o cara que, até onde eu sei, fez todas as capas do Iron Maiden até a época do No Prayer For The Dying. Fez também depois as capas do A Real Live e o A Real Dead One, e participou do desenho da capa do Brave New World.
Fora do Iron, fez trocentas capas, entre elas as do Accident Of Birth, do Bruce Dickinson e do Infinite, do Stratovarius (que, assim como os Iron citados, eu tenho).

Para mim ele tem responsabilidade na composição da imagem do grupo, já que foi o criador do Eddie (e mesmo os desenhos horríveis das capas do Fear Of The Dark e do Virtual IX, com o Eddie tosco de cabeça redonda, feitos por Melvin Grant, são baseados no desenho do Riggs).
É notória a evolução. Os primeiros desenhos são meio toscos, e a assinatura meio que “polui” o desenho. Nos da época do A Real Live Dead One os desenhos já são ótimos, com a assinatura incorporada...

As imagens são minhas, scaneadas dos meus cds

Coloquei só algumas das preferidas, e só as 5 que a &%£#&#%!!!!!! do blogger aceitou que eu colocasse, e ainda na ordem que ele quis (tem mais no photobucket). Mas tem muito mais coisa que eu não tenho (e algumas que nunca tinha visto) no site dele, www.derekriggs.com.
Como ele mesmo diz, “Some of the originals do not exist anymore, or have been lost or stollen. This collection is not a complete record of all the work I did for Maiden. It is just the ones I could find copies of. There are many others.”

E sim, há um livro com o trabalho dele. Mas a U$55 pela versão de capa mole não rola.
E lembrando que eu sempre digo que a qualidade musical dos álbuns do Iron parece ter ligação direta com a qualidade da capa (ou melhor, com a qualidade da arte do encarte). O que vale também para o "A Matter Of Life And Death" (que não é do Derek Riggs, é do Tim Bradstreet), para mim a melhor capa entre todos os cds do Iron (acho que algumas capas de single estão no mesmo nivel, como a do Aces High e a do The Trooper).
Mas o "A Matter Of Life and Death" é (muito) assunto para outro post.