sexta-feira, dezembro 22, 2006

Iron Maiden - A Matter Of Life And Death


Eu já falei no post sobre o Derek Riggs que eu acho que a qualidade dos álbuns do Iron está diretamente ligada à qualidade da capa. E falei também que acho a capa desse cd a melhor das capas do Iron. O que me leva a dizer algo que para alguns pode ser heresia:
Esse é o melhor cd do Iron. Com alguma folga.

Da primeira vez que ouvi não achei nada demais, era só Iron... só que cada vez que eu ouvia parecia melhor. É daqueles que demoram a ser digeridos, cheio de nuances, camadas, virtuosismos e outras maluquices que compõe aquela aberração musical chamada de heavy metal progressivo. E que eu adoro.
Pareceu a princípio meio conceitual, com uma temática relacionada guerra/religião muito forte. Mas não deve ser o caso. Afinal essa é a temática habitual deles.
O tipo de som lembra um pouco o “Brave New World”, só que muito mais elaborado. E comparado ao “Dance Of Death” é muito mais pesado (e muito melhor).
Também nas primeiras vezes que ouvi achei que Dickinson não estava cantando tão bem, o baixo estava meio apagado e as guitarras estavam meio fracas, pouco elaboradas. Óbvio que o Dickinson não grita mais como no Piece Of Mind ou no Powerslave, mas com o tempo eu percebi que nesse ele está cantando muito, com técnica. Fui percebendo também que o baixo é o mesmo de sempre, e que as guitarras não só são as mesmas de sempre, mas que alguns dos melhores riffs e solos do Iron estão nesse cd. Notei que o problema de tudo parecer fraco é a bateria. A bateria é um atropelo. É disparado o álbum coma melhor bateria entre tudo o que já ouvi. “Infinte Dreams”, “Where Eagles Dare”, “Ghost Of Navigator” e outras músicas do Iron com bateria espetacular ficam no máximo dentro da média desse cd.

Sempre achei que Iron fosse o heavy metal puro, sem puxar para nenhuma das variáveis (melódico, prog, trash, etc...). Aparentemente eu estava errado. A seção do wikipedia sobre o “Matter” (o artigo é bastante interessante. Baseado no DVD e em uma reportagem da revista Kerrang) fala que é o álbum mais prog do Iron Desde o 7th Son, e no DVD eles classificam o álbum como prog (o Harris chama de “neo-prog”).
E parece que na turnê eles estão tocando o "Matter" inteiro. O show deve ser só isso, com um bis de "músicas velhas" pelo jeito. Mas já estou achando que esse a gente não verá aqui. Nenhuma propaganda de show até agora, e esse cd tem feito muito sucesso fora, especialmente nos EUA... Acho que a brazucada sobrou dessa vez (eles vêm ao Brasil em todas as turnês desde o "Fear Of The Dark").
Agora a opinião do Tio Ros, música por música:


Different World – Lembra um poucoa “Rainmaker”, do “Dance Of Death”. Explico. A música é órima, mas na hora que chega o refrão esculacha tudo. Parece que o refrão foi composto no banheiro. Ou popeado pra música poder virar single. Mas eu gosto bastante da letra.
These Colours Don’t Run – Boa, mas nesse cd fica meio apagada. Se estivesse no “Fear Of The Dark” se destacaria. A letra também é bem legal. De cara dá pra relacionar com o fato de que a GB se meteu em quase todas as guerras possíveis nos últimos séculos. Explica o Dickinson no DVD que ela é também sobre o ponto de vista do soldado, e também uma questão de moral, de que algumas coisas não se faz, ou não se pode deixar de fazer. Mas poderia não ter os ôôôs... caramba, como esses caras gostam de ôôôs...
Brighter Than A Thousend Suns – Parece música solo do Dickinson. Se fosse seria das melhores. Aqui ela está abaixo da média.
The Pilgrin – Do cacete. O riff é ótimo.
The Longest Day – Sobre o desembarque no Dia D. Letra, melodia e bateria espetaculares. Até aqui seria a melhor música do Iron (só que o cd não acabou). A música (e principalmente a bateria) acompanha a letra perfeitamente. No início a antecipação, a batida cadenciada, e a letra narrando o prenúncio do desembarque. No refrão o desembarque, e a agitação. Na ponte um agitação mais contida. Nas estrofes seguintes a mesma melodia pré-desembarque, mas com uma batida diferente, em uma cadência mais rápida. É mais ou menos a mesma fórmula de “Pachendale”, só que ainda melhor.
Out Of The Shadows
– Não sei porque eu tenho um certo preconceito com violão nas músicas do Iron. Ela não me chama muito a atenção.
The Reincarnation Of Benjamin Breeg – A melhor música do cd, e a melhor música do Iron para mim. Acho que a melhor bateria que já ouvi em música também, apesar dessa não ser a música com mais quebras de tempo (e algumas são bem sutis) do cd. É também o melhor riff de guitarra do Iron. Que aliás é fácil de tocar (bem). Mas só o riff... blé. E a partir dela só tem música ótima. O único defeito é a viradinha por volta dos 5:30
For The Greater Good Of God – Ótima. A segunda guerra do Iraque, associada aos atentados acabou rendendo músicas melhores do que a 1ª...
Lord Of Light – Ótimas guitarras, ótima bateria, vocal impecável. Outra que está entre as melhores do grupo.
The Legacy – O som é meio diferente, meio estranho... não parece muito com o som normal do Iron. Mas eu gostei. Ela começa meio fraca, mas vai melhorando. E continuo tendo preconceitos quanto ao uso de violão por eles, mas nessa não atrapalha, pelo contrário.

Uma coisa curiosa a respeito desse ser o melhor dos álbuns do Iron é o tempo de carreira até eles chegarem no auge. A maioria das bandas chega no auge entre 5 e 10 anos. 15 no máximo, como Pink Floyd. Iron é de 78, com o primeiro álbum lançado em 80. é um auge bastante tardio.

DVD:

No DVD eles comentam a respeito das músicas do álbum e do processo de gravação. Mas o que mais me chamou a atenção foi o momento em que o produtor deles (e cinegrafista) faz a entrevista do “que instrumento você está usando?”
O Murray usa uma guitarra que a Fender fez por encomenda para ele. Diz que a guitarra tem “alguns anos”. Mais de 20 provavelmente.
O Harris mostra um baixo branco e diz que ele foi usado em todos os álbuns do Iron. Que já foi preto, vermelho, etc. e agora é branco.
O Nicko mostra a caixa, e diz que ela foi comprada em 75. (também achei o som da bateria espetacular, nada abafado ou nada estridente).
E o Smith mostra uma Gibson Les Paul surrada e diz que foi a 1ª guitarra que ele comprou, que esteve em todos os álbuns do Iron que ele tocou e que nenhuma guitarra soa como ela.

Outro trecho interessante do DVD é o Nicko comentando sobre o fato do cd ser meio progressivo, dizendo que foi com isso que ele cresceu.
Ah ta, então ta explicado.



“A Matter Of Life And Death” também é o nome de um filme inglês sobre a WWII, com o David Niven. Que nos EUA foi chamado de “Stairway To Heaven”.

3 Comments:

Blogger Paulo Urbonas said...

Pobre post sem comentários.

Eu escutei anteontem o cd, mas queria escutar de novo pra fazer algum comentário mais interessante.

A princípio gostei bastante.

10:18 AM  
Anonymous Anônimo said...

Depois diz que não ouve só Iron...
FELIZ NATAL workmate. Para o ano novo vou te desejar umas outras coisas... um pouco de Prodigy para sua vida melhorar... ;)
Mas só mais perto do ano novo.
Bjins!

12:07 PM  
Anonymous Anônimo said...

e, primo desnaturado!!!!! te mando um Merry Xmas no orkut e nem pra responder....

entao, ia te responder num dos posts abaixo mas, como jah faz um certo tempo...

entao, nem eh nada assim de assustar. alias, acho q vc jah deve estar sabendo do ocorrido. alias, como foi o Natal????????
o meu foi chuvoso!!!!
saudades de vcs!!!

Paulitas, yes, yes, yes....vamos malhar o Ros e nao a Ros. pq a Ros eh mais legal. hehehehehehe mas qdo e se eu for praih, certamente, minha cara, vamos nos conhecer.

bjks pro6.

10:37 PM  

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