segunda-feira, dezembro 24, 2007

Neliz Fatal!

E bingle gells pra todos!

domingo, outubro 07, 2007

Nos últimos tempos passei muito tempo sem tempo para acessar o blog.
Os comentários foram finalmente respondidos.
Tem muita coisa pendente para postar, mas creio ainda não será nessa semana.

domingo, setembro 16, 2007

Banheiros Culturais

Hoje (sábado) fui à nova Livraria Cultura, a do Conjunto Nacional.

Cheguei lá apertado, e fui direto para o banheiro. Na entrada cruzei com o Marcelo Nova, saindo (já imaginei o Simca Chambord boiando...).
Ao entrar no banheiro notei que os mictórios estavam envoltos em sacos de lixo, fora de uso (como abrem um lugar sem estar com o banheiro funcionando?). Havia apenas uma cabine, e estava ocupada.
Esperei.
Esperei mais um pouco.
Esperei ainda mais, e cada vez mais apertado.
Formou-se uma fila enorme dentro do banheiro.
Eis que, após uns 10min de espera, um gordão sai do banheiro, olha para nós, os pobres apertados, e diz:

“Olha, não vai dar pra usar. Se eu fosse vocês não usaria. A coisa está feia lá dentro. Realmente feia!”

Nós, os apertados, nos entreolhamos, e após alguns segundos de dúvida (e circulação de ar) entendemos que o gordão falava a verdade.


...

Acabei indo usar o banheiro do McDonalds no quarteirão de trás. E ao sair do banheiro vi um casal gay cometendo um ato lascivo numa mesa próxima ao banheiro.
Achei que teria sido melhor respirar o ar do gordão.
Ou urinar na calça.

Tandoor - 11/set/2007



Nessa terça-feira 11 de setembro (isso soa pior do que "sexta-feira 13") eu fui comer no Tandoor, aparentemente o único restaurante indiano legítimo de São Paulo.



Tem entrega. Mas eu moro meio longe...

Relato dos pedidos:

Comecei com uma entrada de pasteizinhos indianos, acompanhada de um refresco de rosas (na verdade 2 refrescos, um pra cada um).
Para o prato principal pedi um carneiro curry vindaloo (“vindaloo” é, em teoria, o mais picante dos temperos indianos) e um carneiro ao gengibre picante, com um arroz (frito com ervilhas) para acompanhar o molho e atenuar o picante.
Como o arroz não foi suficiente, pedi mais um pãozinho para aproveitar o fim do molho.
No cardápio havia também peixes e frutos-do-mar, incluindo lagosta, e sem ser absurdamente caro. Achei melhor não arriscar logo de cara.

Ao final a conclusão foi de que eu pedi errado. Era exagero para duas pessoas, além de que precisei fazer um pedido extra (o pão), para poder encarar o fim do curry.


Relato do lugar:

O ambiente era bastante interessante, mas mais interessante era o fato de haver dois indianos comendo no lugar quando entremos. Um, sentado em uma posição de destaque em uma das mesas, conversava em inglês (inglês ruim, parecia o Apu, dos Simpsons) com duas mulheres que quase babavam nele. O outro parecia um sirkh, com turbante na cabeça (esse estava relativamente longe e pareceu bastante discreto).
No meio da refeição entrou um grupo de cinco indianos que sentou na mesa ao nosso lado. E que pediram uma pilha de pãezinhos (lembra algo entre um pão sírio e uma massa de pizza bem tradicional) para acompanhar a comida.
Gostei disso. Deu um ar de autenticidade.
E foi bom para ver os costumes dos locais, e aprender um modo melhor de comer esse tipo de comida.

Já o serviço deixou um pouco a desejar. Não por demora, falta de educação ou qualquer coisa do tipo, mas por que o garçom tentou levar o arroz embora antes do arroz acabar (estava no fim, mas havia ainda pelo menos uma colherada).
Me pareceu uma ignorância à cultura da etnia do restaurante associada a uma cultura de desperdício brasileira. Me perturbou.
E eu duvido que alguém na Índia conceba jogar arroz fora.


Comentário sobre a comida:

O pedido certo para duas pessoas é um prato com carne, peixe ou frutos-do-mar, e outro vegetariano, acompanhado por pães indianos (o que parece massa de pizza).
Dois carneiros é carneiro demais (vem relativamente pouco carneiro, mas a carne de carneiro é pesada demais).
Como entrada, no máximo um pão indiano com recheio.

Os pastéis estavam bons e eram interessantes, mas evite pedir. Não por encarecerem demais a conta, mas por estufarem demais.

O refresco de rosas é medonho (parece um chá aromatizado artificialmente) e muito enjoativo. Me senti bebendo perfume. 1 copo é suficiente para até 4 pessoas.

O Curry Vindaloo não era tão vindaloo assim. Na Escócia eu havia comido um Curry Madras, que supostamente é apenas metade da intensidade de ardido do Vindaloo.
E o Vindaloo do Tandoor era no máximo uns 2/3 do ardido do Madras escocês.

O Carneiro com gengibre era o mais ardido. Mas o tipo do ardido era similar ao do curry. O que faz supor que o ardido derive de um 3º tempero.

O pão combina muito melhor com os molhos do que o arroz. Se for pedir arroz é para comer o arroz sozinho, como acompanhamento, e não como base pra molho.

Acho que dá pra acompanhar essa comida com vinho, mas com muito mais cuidado do que algumas vinícolas propagam. Nem todos os gewurztraminers encarariam ela direito. Mas foi mais ou menos o estilo de vinho que me ocorreu na hora como o ideal.

-- MUMB-A-LY - BEEB-A-LY - ZEB-A-LY - BOB-A-LY / HUM-A-LY – BEB-A-LY – ZEEB-A-LY – BOP! --

No geral é muito bom, apesar de não ser exatamente barato (á pra gastar muito menos do que eu gastei).
Duas pessoas comem bem a partir de R$70 (total).




Esse país não é sério (Parte II)

Congonhas:

Devido às alterações impostas pelo nosso digníssimo Ministro da Justiça, Congonhas começou a operar hoje com 150m a menos nas duas cabeceiras, transformados em “área de escape”, supostamente para melhorar a segurança. Quais os efeitos práticos diretos?

Mudança na homologação dos aviões, que terão que decolar e pousar com menos peso;
O que acarreta menos capacidade de carga;
O que acarreta menor limite de bagagem para passageiros e menor quantidade de carga paga;
O que acarreta aumento das passagens;
O que acarreta em aumento da relação de arrecadação de imposto X investimento em infra-estrutura.

...

O antigo ministro da Justiça era um bundão figurado.
O atual, Nelson Jobin, é um bundão literal. Um gordo de ~1,90 de altura. Que assumiu dizendo que as cias. aéreas deveriam aumentar o espaço entre os assentos, afinal uma pessoa como ele não cabia.
Bom, ele não tem culpa de ser alto. Mas tem culpa de ser gordo. E ainda mais culpa de ser pão-duro, já que esses assentos maiores existem, e se chamam “1ª classe”.

Mas é claro que eu estou sendo simplista. Um aumento no espaço entre os bancos acarreta em menos passageiros por avião;
O que acarreta aumento das passagens;
O que acarreta em aumento da relação de arrecadação de imposto X investimento em infra-estrutura.

E depois ainda tem gente que fica indignada quando eu reclamo desse país...

sábado, setembro 15, 2007

Esse país não é sério* (Parte I)

*Frase atribuída a Chales de Gaulle, em uma viagem oficial ao Brasil na época da ditadura militar.

Se não era sério antes, por que esperar que fosse agora? Por que esperar que o Calhordeiros fosse cassado?
Bom, ao menos eu não esperava ouvir, de um senador eleito pelo meu voto, no caso Aloizio Mercadante, também conhecido como Earl, uma argumentação extremamente clara e lógica dizendo que não havia provas suficientes para uma condenação. Tão clara e convincente que qualquer pessoa um pouco menos atenta acharia que a não cassação foi justa.
Só que não era uma condenação. Era uma cassação. E com ou sem provas de culpa havia motivos mais do que suficientes para uma cassação por falta de decoro.
Eu não esperava uma cassação.
Mas do senador Mercadante eu esperava ao menos uma explicação. Ouvi apenas uma enrolação.
Esse blog tem ouvido bastante Eldorado FM.
E vinha achando razoável, pelo menos no mesmo nível da Kiss FM, até essa sexta-feira.
Essa sexta-feira a Eldorado emendou o ignóbil Cássia Eller, cantando a ainda mais ignóbil música “Palavras ao Vento” ("Palavras, palavras, palavras, palavras, palavras, palavras, palavras..." Creio que é versão de uma música francesa) com as ignóbeis Elis Regina, Adriana Calcanhoto e Maria Rita, todas cantando músicas de abertura de novelas das 8.
Depois ainda tentou se recuperar, tocando ZZ Top e U2.

Mas já era tarde. Maria Rita e Adriana Calcanhoto não dá, são de destruir qualquer estômago. Dignas de virar elemento para tortura de prisioneiros.

terça-feira, setembro 04, 2007

Breve nota sobre os vinhos do fim do outono e auge do inverno (Parte 1/3)

Por serem notas superficiais, e não exatamente avaliações, não estou colocando nota de pontuação em números, e sim em asteriscos, de * a *****, já que não dá pra ter grande precisão. Algo como:
***** = 91-100
**** = 86-90
*** = 81-85
** = 76-80
* = 71-75

...
Nesse período de tempo ainda foi bebido, junto a uma pizza mequetrefe, um Bordeuax genérico do Louis Eschenhauer, oriundo de meu cunhado. Totalmente esquecível.
......



Pizzato – Fausto - Merlot 2004
R$ 18 – Empório Moema. Bebido em casa, 11/maio/2007.


Mequetrefe. Ralo, fraco e sem nada especial. Acompanhou uma tele-pizza mequetrefe aqui em casa. E não servia pra mais do que isso. Acho que nem para isso.
Rolha de compensado com bordas de pedaços inteiriços.
*




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Família Martinez Bujanda – Esencia Valdemar Tempranillo 2002 - Rioja joven / Alto Las Hormigas Malbec 2004.
Bar Favela, Moema, 18/Maio/2007.. R$30 cada um. Dividido com mais dois amigos.


Ao pedir a carta de vinhos a atendente trouxe uma bandeja com 6 garrafas dizendo que estavam todos em promoção por R$30. Questionada sobre o motivo disse ser mudança de fornecedor. (interessantes haviam esses dois e um Penfolds 2002, agora não lembro que vinho, mas que foi preterido por medo de estar velho)

Sem nota específica para cada um.
Ambos bons, mas já demonstrando estar fora do auge. Pareceram pouco intensos no nariz, mas o ambiente não ajudava. Lembro de ter achado o Esencia Valdemar mais interessante que o Las Hormigas.
Não anotei mais nada.
A rolha do Esencia Valdemar é de algum compensado bastante coeso, parecendo rolha inteiriça. A do Las Hormigas é sintética.
Esencia Valdemar: ***
Alto Las Hormigas: ***




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Cremaschi Furlotti - Reserva - Pinot Noir 2004
19/Maio/2007.


Desse eu nem lembrava, inclusive não tem imagem da rolha junto. Mas é o único que tem uma nota bem feita. Achada limpando os arquivos do computador...

Taça (5/5):
Vermelho Claro Brilhante, aparência meio leve (rala).
Aromas (11/15)
:
Framboesa, Morango, Amoras. Algo de geléia de amoras, doce de morango e blueberries (mírtilos). Bom.
Boca (10/20)
:
Confirma frutas silvestres, mas bem tênues, distantes do que aparece no nariz. Pouco Corpo. Acidez exagerada, desequilibrando. Fraco.
Geral (5/10)
:
Nariz bom, paladar fraco.

81/100




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Miolo – Fortaleza do Seival - Tannat 2005
R$23 – Empório Moema, Moema. 25/Maio/2007. Dividido em duas pessoas.


Bela surpresa. Muito melhor do que poderia esperar. Bebi 60% da garrafa, e pareceu que a garrafa acabou antes da hora. O que mostra que além de bom não deteriorou durante o tempo em que foi consumido (~1h30).
Não fiz anotações na hora quanto a aroma e etc. Mas não lembro de nenhuma peculiaridade inesperada, além da já citada qualidade. Bastante “macio”.
Rolha de compensado com bordas de pedaços inteiriços.
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Telmo Rodriguez – Al Muvedre 2003 - Alicante / Santa Helena – Varietal (ou “Reservado”) – Carmenère 200?
Café Journal, Moema, 26/Maio/2007. R$53 pelo Al Mouvedre e R$45 pelo Sta. Helena. Divididos com mais 4 amigos.

Noto que a carta de vinhos do Café Journal é bastante inflacionada. Provavelmente por toda uma frescura de taças e adega (que não retorna em nenhuma qualidade para o vinho, ao contrário). O Al Mouvedre parece o mais aceitável.

Al Muvedre Alicante 2003:
(1º vinho da noite. Escolhido por mim.)
A prova foi servida para mim em uma taça de cristal, mas de proporções exageradas (provavelmente para Bordeaux Grand Cru).
Não consigo notar aromas no vinho e suspeito que a taça possa estar atrapalhando. Peço para trocá-las por taças menores.
As taças menores são de tamanho e desenho apropriado, mas são de vidro (pelo preço cobrado eles deveriam ter jogos específicos para cada tipo de vinho). Provo e não noto diferença.
Vinho dormente, talvez até em coma (mas não estragado).
De qualquer forma já havia aceitado. Aliás, ainda não sei como negar (e se posso negar) um vinho a não ser que esteja estragado.
Rolha inteiriça.

**


Sta. Helena Carmenère:
(2º vinho da noite. Escolhido por um amigo – abri mão da responsabilidade depois do fiasco do Al Mouvedre)
Totalmente esquecível. Esqueci até a safra e o nome da linha. Pouco melhor que o Al Muvedre, mas não muito. Não notei nenhum defeito grave (o que é mais do que eu esperava por ele).
Rolha sintética.

**




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Família Zuccardi – Santa Julia – Tempranillo-Malbec 2004
R$32 – Bar Paralelo 12:27, Vila Mariana. 13/Julho/2007. Dividido em duas pessoas (sem foto da rolha).

Gosto do Paralelo 12:27 porque possui boas cervejas (boa variedade de Eisenbahns) a preços muito bons. O escolhi pela cerveja e por ser perto (meu carro começou a dar problemas no trajeto, achei melhor não ir longe). Mas no final resolvemos tentar um vinho. Abro a carta de vinhos. Como sempre inflacionada:
3 Triventos bi-varietais (o de R$15 no supermercado);
Um Valpolicella Bolla por R$50;
E esse Sta. Julia (de R$18 no supermercado) também por R$32.


Resolvi arriscar no Sta. Júlia.

Ao vinho:
Outra bela surpresa. Ao contrário do Fortaleza do Seival Tannat, desse eu realmente não esperava nada.
De peculiar tinha uma nota de coco/doce de abóbora. Da qual gosto bastante.
Não peguei a rolha.

*** (3,5 seria mais justo).

Breve nota sobre os vinhos do fim do outono e auge do inverno (Parte 2/3)

Pizzato – Merlot Reserva 2004
R$36 – Bar Paddock (antigo Bar do Cais), Moema. 14/Julho/2007. Dividido em duas pessoas.

Esse mereceu um post independente...

Abro a carta de vinhos e noto preços tão ou mais inflacionados quanto os do Café Journal (desconfio, por outros motivos, que sejam do mesmo dono). Fico na dúvida entre o Pizzato Reserva Tannat (R$40) e o Reserva Merlot (R$36). Os Pizzato são os vinhos menos inflacionados da carta. Não há menção de safras. Nem para os Pizzato nem para nenhum outro vinho (Para que safra? Que frescura...).
Peço para o garçom verificar, por favor, a safra do Tannat. Depois de 25min (e de uma reclamação com um “garçom-chefe”), ele retorna, com uma garrafa de Pizzato Merlot nas mãos. Não só demorou a vida toda como, além de não ter feito o que eu pedi, que era informar a safra, me trouxe uma garrafa diferente daquela que eu cogitava. Noto que é safra 2004. “Ta, vai essa” eu digo.

Cheiro a rolha e não noto nada de errado nem nela nem na prova (no lugar de prova leia-se “taça untada”).
Quando começo a bebê-lo noto um gosto forte de bolor. Fungo, em termos genéricos. Cheiro de novo a rolha. Nada. Giro o vinho na taça e não noto nada de errado no nariz. Ms na boca o fungo aumenta a presença a cada gole. Meio no desespero resolvo ler o rótulo, o contra-rótulo e tudo possível para a procura de uma explicação. E encontro:
Indicado para (...) e massas à base de funghi.”
Ou seja, característica tosca do vinho. E que beirava o intolerável.

Lá estava eu, passando por picareta que finge conhecer vinhos, e ainda a caminho de desperdiçar a garrafa. Resolvi pedir o cardápio. E procurar nele a porção que tenha mais chance de dar errado com vinho tinto, que não tivesse nenhuma chance de combinar. Escolho Lula à Doré...
...e dá certo. Anula por completo o gosto de bolor do vinho, assim como a oleosidade da fritura balanceia a acidez meio exagerada dele.

Moral da história: Nos piores momentos Lula resolve! (Ta, piada estúpida, eu sei. Poderia ter passado sem essa...)

Nota:
Ralo, acidez exagerada, aromas fracos, vinosos. Na boca predominância forte de uma nota de bolor. Mequetrefe ao extremo.
Rolha inteiriça.

* (Ponto conquistado pela lula. Não fosse por ela e eu talvez julgasse esse vinho abaixo de 70pts.)

Breve nota sobre os vinhos do fim do outono e auge do inverno (Parte 3/3)

Catena - Alamos Bonarda 2006 / Catena - Alamos Cabernet Sauvignon 2005
R$ 42 cada - Café Journal, Moema, 28/Julho/2007 (dia mais frio do ano). Dividido com mais 4 amigos (os mesmos da outra ida ao Café Journal).

Mesma história na hora de pedir. Julgo os Alamos os únicos aceitáveis. Na falta do Pinot Noir na carta resolvo começar com o bonarda, por curiosidade e por ser o que permitiria melhor uma “progressão” entre as opções, e pedir depois um malbec.

Catena - Alamos - Bonarda 2006:
Menos intenso e bombado do que imaginava, com notas de caça e couro sobressaindo sobre a fruta. Dado ser um vinho bastante jovem esperava coisa bastante diferente, com fruta intensa e sem notas animais predominantes.

***

Peço o malbec na seqüência, mas este estava em falta. Substituo pelo cabernet sauvignon:

Catena - Alamos - Cabernet Sauvignon 2005:
Melhor que o Bonarda. Mais intenso e persistente, com predomínio da fruta.
(Recebeu menos atenção que o Bonarda).

****

Ambas as rolhas de compensado, com signo da Alamos e não da Catena, no lugar das enormes (quase pornográficas) rolhas inteiriças da Catena que vinham nos Alamos.

.....



Beni di Batasiolo – Barolo – 1999
R$ ~35 – Carrefour Imigrantes, começo de 2006.
Bebido na casa da Paulitas, após um “ensaio”, 05/Agosto/2007.

Esse entra mais como referência, já que 66,6% dos prováveis leitores desse post estavam juntos, e nenhuma anotação foi feita na hora.
Ou melhor, entra como uma nota de procedimentos (errados):


Começa pela precipitação para abrir (não em relação à ocasião, mas à idade do vinho). Achei que caso demorasse muito para abrir o vinho poderia entrar em declínio.
E esse equívoco se deveu primeiro ao fato do vinho ter sido comprado em supermercado (o que gera enormes dúvidas em relação à condição de armazenamento), e depois às informações que havia lido nas comunidades do vinho do orkut, na época que ainda as lia (por que será que lembrei da propaganda do Estadão, a dos dois ruivos de aparelho?).

De qualquer forma, não deu para saber se poderia estar mesmo entrando em declínio ou não (aparentemente não), porque o segundo procedimento errado foi ter ignorado a necessidade de decanter, achando que apenas a garrafa aberta já seria suficiente.
Mas isso se relaciona ao primeiro erro. Fiquei com medo de usar um decanter e matar o vinho.

O terceiro erro foi a ânsia de não deixar o vinho descansar na taça. Ao menos na minha taça.

De qualquer forma, os erros serviram para que aprender o que fazer na hora de abrir um outro Barolo ou Barbaresco no futuro.


Nota:
Começa com cheiro de bexiga (ou melhor, do interior de bexiga, com o pózinho), e abre lentamente para uma forte notas de castanhas generalizadas, com predominância de amêndoa (marzipan). Bastante tânico. (A nota de castanhas no nariz pode ser algum representativo de tanicidade).
Ficaria nisso se o Pita não tivesse deixado um dedo e meio na taça dele por meia hora, até que eu matasse.
Quando pego a taça na mão sinto um forte cheiro de perfume (complexo), mas não procuro prestar a atenção porque acho ser de alguém. Depois de beber percebo que era do vinho, que a essa altura já não estava mais excessivamente tânico.

****

Acho que poderia ter sido mais de 90 pontos se tivéssemos feito os procedimentos corretos. Mesmo assim foi disparado o vinho mais interessante dessa lista.


...


Bebemos outros dois vinhos no mesmo dia, (do Paulo): Um Altas Cumbres Viogner, cuja único detalhe que lembro (e que comentei na hora) é a nota de casca de maça verde, comum a quase todos os brancos sul-americanos que custem menos do que um sapato bom.
E um português tinto, que não lembro nem nome nem região, apenas que possuía agulhas (leve impressão de frisante).

Paulo, Pita, algo a acrescentar?


.....



Miolo - Fortaleza do Seival Tempranillo 2006.
R$23 – Empório Moema – 11/Agosto/2007.
Dividido com mais duas pessoas.


Foi a primeira vez que duvidei da gradação alcoólica para mais em um vinho que não fosse um branco alemão caro, QmP (com Pradikat provavelmente rebaixado).
Só que esse vinho tinha 14,5º alegados.
Fui responsável por cerca de 45% da garrafa, e a última taça foi na teimosia (em 3 pessoas, e teria sobrado). Gerou ressaca quase imediata.

“Pesado”, enjoativo. Notas meio dormentes de fruta passada, tânico.
Não melhorou com tempo em taça.

**

Muito provavelmente vai melhorar com algum tempo de garrafa, mas a distancia de qualidade para o Tannat 2005 é monstruosa.




segunda-feira, setembro 03, 2007

Para-Panamericano

Esses dias estava pensando se existe algo que me irrite mais do que a propaganda da Caixa Econômica Federal dos Jogos Para-Panamericanos (considero os próprios jogos absurdos e degradantes, mas não vou discorrer sobre isso aqui). A propaganda é aquela que mostra imagens dos jogos, com uma música irritante ("Essa coragem, não tem medida / (...) / Todo mundo nasceu pra vencer!"). Quando já estava desistindo, lembrei de algo que me irritou ainda mais do que essa propaganda. E foi um comentário sobre os próprios Jogos Para-panamericanos, feito por uma repórter da rádio CBN. Foi algo como:
"A equipe brasileira está muito bem preparada!"
Na hora que ouvi isso fiquei com vontade de dar uma machadada em cada joelho dela. Para que ela também possa estar bem preparada um dia.

terça-feira, agosto 28, 2007

O Grande Chefe


Comédia dinamarquesa, do Von Trier. Não, não é programa de badaba. Nem de índio.
E não fosse pelo fato de ter visto Os Simpsons na semana passada O Grande Chefe teria sido a melhor coisa que eu vi no cinema em muito tempo.


...


Na mesma fileira que eu estava havia um casal da FAU (menina do 2º-3º ano, cara do 5º, 6º, sei lá), que me reconheceu, mas fez de tudo para não cumprimentar.
A menina era a única pessoa que não estava rindo no cinema quando o filme acabou. Aliás, ela estava com cara de “não entendi” (quase uma cara de “game over”).
Acho que a FAU deveria ter uma prova específica de cultura geral também.


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“Eu não compartilho desse seu sentimentalismo dinamarquês”.
“Belas palavras as suas. Espero que tenham sido as últimas”.