"Vocês acabaram com esse prédio, acabaram com essa cidade, acabaram até com nosso inverno!"

Agora há pouco meu pai, que estava "organizando" um armário de velhas coisas, fez questão de me mostrar o convite da formatura de "ginásio" dele (1955), para que eu visse os nomes, ou melhor, os sobrenomes dos colegas dele:

Mais ou menos a metade era de sobrenomes italianos;

Em seguida, mais ou menos na mesma proporção nomes japones, portugueses e eslavos, sendo que os nomes eslavos pareciam ser aparentemente do sul: tchecos, croatas, sérvios, húngaros, etc... Mas segundo meu pai "tinha muito russo e gente do Báltico".

E em proporção menor, nomes espanhóis, árabes e alemães (parte dos quais presumo que fosse dos tais descendentes dos países báticos).

E essa divisão é bastante coerente com os amigos mais próximos que meu pai tinha: dois italianos, um deles de sobrenome Buosi, o outro não lembro; e um "iugoslavo", de sobrenome Vranjac.

Ah, esqueci de dizer, era colégio público, claro.

...

Comparando esses nomes com os dos meus colegas de 2º grau a diferença não é assim tão grande (mais árabes, mais alemães, menos eslavos), mas comparando com meus colegas de colegial e agora, com os colegas de pré-escola da minha sobrinha, a coisa fica triste...

...E eu acabo me sentindo como o velho turco do "Sábado" (filme do Ugo Giorgetti, o melhor e mais politicamente incorreto de todos os filmes nacionais), que proferiu a frase que serve de título para esse post.