01 a 05 de Dezembro - Parte 2/2

Domingo, 03/dez/2006.

Tarde:
Meu irmão comprou mais um pedal de guitarra. E junto, um estojo para os (agora) 6 pedais dele.
E me deu o estojo velho. Um bom presente de natal, ainda que oficialmente não tenha sido isso.

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Noite:
Bar Figueiras, Santo André.

Eu preciso começar a reparar não apenas nos olhares e nos gestos, mas também nos adereços...Especialmente aqueles que adornam os dedos anelares.

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Segunda, 04/dez/2006.

Aniversário de 15 anos da falência da Pan Am, a primeira fonte interminável de pasagens aéreas dos Ros. E a gente ainda tem muita coisa da Pan Am em casa, e à mão.
Mas a minha foto na cabine de um 747 no aeroporto de Honululu em Janeiro de 1988 está apreendida em algum lugar no meio da bagunça. Nem preenchendo darfs, formulários em 3 vias e apresentando comprovante negativo de antecedentes criminais ela reaparece.

Tirado de um dos inúmeros folhetos da Pan Am que ainda circulam pela casa...

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Manhã:
Chego atrasado no trabalho. Chefe já havia saído.
Por volta das 10h30 chefe retorna. E começa o seguite diálogo:
CHEFE (entrando no escritório): - Que que aconteceu que você hoje chegou depois das nove?
EU: Nada... eu atrasei um pouco pra sair de casa.
CHEFE (parado em frente á porta do banheiro, fazendo menção de entrar): - E imagino que somado ao transitinho de hoje...
EU: - Não, o trânsito não estava ruim... eu que demorei pra sair de casa mesmo.
CHEFE (abrindo a porta do banheiro): - Ah é é? Assim, sem motiv... Puta que o Pariu! Você quer um remédio? Caramba...
EU: - Então... foi por isso que eu atrasei...

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Tarde:
Glub-glub. Mas não eu, que não fui pra FAU porque não tinha feito nada.
E, por mais que tenha chovido muito, para mim isso foi um efeito do ciclo asfalto+piscinões que se implantou nessa cidade.

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Terça, 05/dez/2006

Manhã:
Primeiro dia em muito tempo em que havia uma quantidade real de trabalho no escritório. E primeiro dia em muito tempo que cheguei no horário. Duas xícaras de chá de café forte e 3h15 depois o trabalho acabou de vez. Eram 11h45.

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Noite:
Combino de encontrar o Repolho (ele ligou umas 21h50) e a Anne na Vila Madalena. O Doce já estava por lá, no Galpão, e iria encontrar a gente no bar.
Saio rápido de casa e já começo a procurar o número do chefe, para pedir para trocar a manhã pela tarde. Mas não foi preciso, ele ligou. Para avisar que, devido à falta de trabalho (e à obra embargada), eu estaria dispensado amanhã.

No caminho de ida quase atropelo um motoqueiro.

E no bar eu dei outro fora monstro. Que vai acabar acentuando o aspecto do meu transtorno obsessivo-compulsivo de ter que sentar na parte da mesa em que vejo a todos (e que antes do fora estava sendo controlado a duras penas, com um pouco de suor frio na testa). Minha vontade era novamente de enfiar a cabeça dentro de um balde com areia. Mas dessa vez também com cimento. E água. E se possível brita também.
Mas não vou descrever esse fora. Deixo isso a cargo do Repolho e do Doce.

E sobre esse segundo fora, algumas citações.
Primeiro o Doce: “Isso é você, Ros. Você liga o default e vai... e fala(...)!”
Depois (e essa vai ser a citação mais tosca que já foi colocada nesse blog) uma frase repetida bastante no Batman Begins: “It’s not who you are, but what you do that defines you.”

E na volta eu quase atropelei um bêbado cambaleante de camiseta laranja. Mas desviei com cuidado. Afinal bêbado, e de laranja, podia ter sido eu.