terça-feira, julho 04, 2006

Copa V - A torcida (pela Argentina e outros)

Como causou alguma perplexidade eu ter dito que torci pela Argentina no jogo contra a Alemanha, achei melhor escrever uma breve explicação. Não que eu vá detalhar todos para os quais torço a favor ou contra (não é segredo para ninguém que eu torço para Espanha, Itália e Inglaterra, por motivos óbvios), mas a Argentina (e a Alemanha) merecem uma descriçãozinha:

A Alemanha:

Também não é segredo para ninguém que eu tenho certa uma birra com a Alemanha. Em condições normais, com um time de jogadores “legais”, enfrentando alguma seleção “neutra” para mim, como a Bélgica, eu torceria contra a Alemanha.
Mesmo com jogadores que eu admirava, como o Klinsmann e o Voeller (especialmente o Voeller), ambos atacantes, em 94 eu adorei quando a Alemanha perdeu da Bulgária, uma seleção que para mim não fede nem cheira.

Esse ano a Alemanha apareceu com uma seleção que tem 3 poloneses, 1 ghanês, 1 pele-escura de procedência que desconheço (o Odonkor), além do Ballack, o suposto “craque do time” que não tem nem cara nem nome de alemão. Isso me perturba. Tanto quanto ao fato da França usar e abusar de africanos das ex-colônias, ou da Holanda já ter levado a Seleção do Suriname para a Copa. França e Holanda ainda tem um atenuante, que é o fato desses jogadores serem provenientes das colônias (mas por esse princípio tosco a Espanha poderia fazer uma seleção com os melhores de Brasil, Argentina, México, Portugal, Uruguai, etc...).
Apenas esse estelionato de nacionalidades já me bastaria para torcer contra a Alemanha. Mas não é só isso.
A Alemanha tem o time mais marrento e catimbento da copa. Supera a Argentina da época de Maradona/Caniggia/Simeone. O Klose é um marrento. O Schweinsteiger é outro. O Lehmann, o goleiro que substituiu o antipático-mor do Kahn, não fica atrás, assim como o Odankor. E por fim, tem o já citado Ballack, o camisa 13 (camisa que foi do Gerd Muller). Esse é o pior da Copa. É um misto de Roberto Carlos, Rivaldo e Marcelinho Carioca. Um cidadão asqueroso. Mas que é ídolo da alemãozada.

Essa seleção alemã (ou melhor essa meia-dúzia) representa o pior do povo alemão. É o alemão que gosta de levar vantagem, que não respeita os outros, e que tem a visão esportiva da vitória a qualquer custo (um pouco encarnada pelo Schumacher, o rei do valet parking de Mônaco).
E esse tipo de alemão é muito mais comum do que se imagina por aqui. Em Frankfurt foi só o que encontrei. Na Itália (os turistas alemães) também.
Pensando bem, essa seleção alemã é a própria representação da Alemanha. 30% intragáveis que acabam justificando a antipatia por todo o país.


A Argentina:

Eu não conheço nenhum argentino. Ou melhor, conheci um, um colega do meu pai, funcionário da United em Buenos Aires, e o cara era gente fina. Mas a minha amostragem não é suficiente para que eu crie uma opinião sobre o povo argentino.

Isso significa que minha opinião sobre a seleção argentina se baseia única e exclusivamente na própria seleção. Eu até talvez torcesse contra no caso de jogadores “neutros”. Torcia radicalmente contra nas épocas de Maradona / Caniggia / Ortega / Simeone / Killy Gonzalez.
Mas essa seleção era diferente. Não tinha sequer um “marrento”. Não era catimbenta. Não dava botinadas. E jogava pra cascalho, com alguns jogadors espetaculares, como o Maxi Rodrigues, o Ayala e o Messi. Até o Tevez, por quem eu nutro a antipatia natural por qualquer corintiano conseguiu escapar. Jogou muito, brigou muito, e não marrentou. Eu gostei de ver esse time jogar, desde o primeiro jogo, contra Costa do Marfim. Comecei torcendo para os elefantes. No final estava neutro. Aí veio o 6x0 contra Sérvia, e eu comecei a torcer pelos Hermanos. Porque jogavam bola. E limpo. Simples como isso.
...
Notas sobre o jogo (e como eu passei a torcer ainda mais para a Argentina durante ele):

O juiz foi levemente tendencioso a favor dos alemães. Não que eu ache que o resultado teria sido diferente caso o juiz tivesse sido “neutro”, mas irritou. Quatro casos específicos:
O Schweinsteiger deu um carrinho-criminoso sobre o Maxi Gonzalez. Não recebeu cartão. Aliás, nem falta foi marcada (e o Klinsmann tirou ele de campo em seguida).
Na continuação dessa jogada o Tevez roubou a bola do Odonkor (ou seria o Asamoah?), que se atrapalhou e tropeçou nas próprias pernas. Falta marcada e cartão para o Tevez.
O Ballack se estapeou com um argentino na área argentina, antes de uma cobrança de falta. O juiz não deu cartão para nenhum dos dois (deveria ter dado amarelo pelo menos).
Alguns minutos depois o mesmo Ballack se jogou na área argentina, o maior “fingimento de pênalti” de toda a copa. O juiz não deu cartão de novo (e era pra ele ter levado o segundo amarelo, ou seja, ter sido expulso).

4 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Só pra constar: de novo, outro jogo que não assiti. Estava naquele seminário de Santos. Mas de uma coisa eu tenho certeza: Schweinsteiger parece nome de cerveja...

12:08 AM  
Anonymous Anônimo said...

eu não acho interessante ter muito time europeu nas finais tb.

mas nem assim torci pra agerntina.

6:30 PM  
Anonymous Anônimo said...

concordo com vc qto aa cartoes q poderiam ser dados e nao foram. mas, fora melhor assim do q no jogo Holanda x Portugal q o referee quis aparecer mais na telinha do q os jogadores e o proprio jogo. eh o tal 8/80; uns sao mais rigidos q outros.
agora, seus motivos contra a Alemanha sao mais pessoais do q esportivos. porem, concordo q a selecaozinha alema nao tinha time para chegar aas finais. chegou longe, ateh.
agora, Argentina... sim, sem duvida aquela selecao de Maradona,Caniggia, Ortega e cia nao se compara a selecao atual argentina. pq? pq seria o mesmo q se comparassem o Brasil de 70 ao Brasil de hj. e o mesmo pra selecao alema de 94 com a de hj. a de hj eh palhacada.

9:15 PM  
Blogger Ros said...

Erika,

Vc não entendeu o que eu disse sobre a seleção argentina. Não disse que a aquele time era melhor, eu disse que era insuportável, marrento. Praquele time era impossível torcer.

E pra Alemanha é (também) sim um problema esportivo. O Ballack é muito Rivaldo... Eu tinha sérias dificuldades em torcer para o Brasil na época do Rivaldo.

Quanto ao Portugal X Holanda, achei que o juiz foi eonômico nos cartões... Logo no início do jogo deram uma voadora no Cristiano Ronaldo (que teve que ser substituído), e só saiu um amarelo.
E no fim do 1o tempo um portuga deu uma voadora num holandês dentro da área, e como a jogada já estava parada por impedimento o juiz nem se preocupou em dar cartão...
Era pra ter expulsado ainda mais gente.

10:38 PM  

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