segunda-feira, janeiro 02, 2006

Entrando em 2006 (corks, bloody corks!)

Essa passagem de ano foi meio "mixed emotions" (se alguém souber uma expressão em português que traduza direito ess ganha uma paçoca), mas seria de qualquer forma.
Também algum arrependimento por ter aberto saído da Ilha Comprida ainda de dia, sem ter aproveitado a praia tudo o que podia, por medo de um trânsito que não existiu (fui o único carro na estrada em quase toda a viagem), mas isso martelou menos.
Acabou sendo com a minha família, no apto do meu irmão, com vista para os fogos da Paulista (atrás dos prédios e das copas das árvores do Pq. da Aclimação), e até que foi bem divertido. Teria sido mais se a TIM funcionasse direito, mas isso é outra história...
...
Corks, Bloody Corks! (again!)
Ok, o subtítulo foi um trocadilho ruim, a segunda referência musical tosca do post (e poderia ter sido o terceiro, eu me controlei para não escrever que tentei ter "The Best of The Both Worlds" nessa passagem...), mas expressa bem a parte dos vinhos.

Apesar de que, dessa vez, apenas uma rolha apresentou problemas... Antes da meia-noite abrimos um La Joya Sauvignon Blanc 05 (Colchagua, Chile), que meu irmão havia acabado de ganhar. E que já estava com a rolha vazada. Ainda assim continuava bebível, mas já ganhando um gostinho de velho.
Falando em gostinho de velho, na virada foram abertas, na ordem, uma Champagne Laurent-Perrier, uma Mumm argentina e uma Chandon nacional. A Laurent-Perrier estava guardada aqui em casa há alguns anos (quando comecei a beber vinho, uns 5, 6 anos atrás, ela já existia), e estava realmente com um gosto de velha, aquele aroma de amêndoa sobressaindo junto ao de pão amanhecido... Ainda assim foi a melhor da noite, e ainda longe de estar ruim. As outras não merecem comentários, não tinham nada especial, a não ser pelo fato de que a Mumm era bastante refrescante. E só.
No almoço do dia 1º, um macarrão, de novo no apto do meu irmão, foram mais duas garrafas, um Corvo 2002 - Sicila IGT dele, e um Rosso di Montalcino 1999 - Cantina di Montalcino.
Foram abertos juntos, o Corvo indo direto para as taças, e o Rosso indo para um decanter (eu nunca tinha tentado isso, mas funciona). Corvo é um bom vinho, acho que um dos melhores desses italianos de larga escala que vem pra cá, muito melhor que o Santa Cristina (ugh!) pelo menos.
E o Rosso valeu cada centavo dos 15 euros que me custou! Eu estava meio desconfiado com esse vinho, já que nunca tinha ouvido falar do produtor, e não sabia se a vendedora tinha me enrolado e ele já poderia estar velho.
Escolhi por ser o único Rosso di Montalcino (Brunellos partiam de 40 euros) de safra ímpar (os 97 não existiam mais, os 2001 não existiam ainda e 98 e 2000 não foram safras muito boas) que achei em Florença a um preço aceitável (havia outro 99, a 25 euros), e ainda fiz a vendedora procurá-lo pra mim.
Mas estava longe de estar velho. E a rolha estava perfeita. Depois de ~40min de decanter ele foi pras taças, com aromas de cereja, ameixa e violeta, excelente. Definitivamente a melhor coisa que bebi desde que voltei da Itália (ou até melhor do que bebi por lá). Algo para 90-92 pts (cadê o Pita pra falar que eu dou nota baixa pra tudo o que bebo?). O único senão foi o fato de ser pouco concentrado, mas isso era esperado pra um Rosso. E o aroma continua no nariz até agora.
...
Talvez exista algum simbolismo com os vinhos das Festas, algo como as rolhas ruins e o vinhos velhos terem ficado no ano passado... Mas isso eu só vou descobrir mais pra frente.

2 Comments:

Blogger pita said...

eu to aqui. e abismado pela nota acima de 70!
e eu nunca comi uma violeta, não sei que gosto tem

10:48 PM  
Blogger Ros said...

>

10:11 PM  

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