sexta-feira, dezembro 23, 2005

Às vezes eu não sei se sou azarado ou não...

Ontem à tarde eu precisei buscar o carro do meu pai na concessionária, uma Honda na Av. Ricardo Jafet. Ele tinha ficado lá pra consertar a buzina.
Saí de casa mais ou menos na hora que disseram que o carro ficaria pronto, pra não ter que esperar por lá. É uma caminhada de uns 15min mais ou menos, mas por um lugar bastante desagradável para se andar a pé.
Eis que, quando eu saio de casa, começa a chover. O céu ainda está meio aberto, ainda bate sol, mas já começa a pingar. Volto e pego um guarda-chuva, apesar da minha teoria sobre guarda-chuvas (se a chuva for forte o suficiente para se precisar de um guarda-chuva, ele não vai adiantar nada. Se for fraca o suficiente para o guarda-chuva ter utilidade, então não há necessidade de guarda-chuva). Em seguida a chuva aperta, e no meio do caminho vira uma tempestade. A ponto de eu não me incomodar mais em virar o gurda-chuva pra me proteger das poças voadoras vindas da avenida, que no final já não eram poças mais, era um palmo d'água que tinha se depositado sobre o asfalto.
Chego à Honda completamente ensopado, exceto pela cabeça e o peito (foi o que o guarda-chuva protegeu), quando finalmente chego embaixo do telhado do atendimênto da mecânica, o mundo desaba. Aquela chuva forte com vento, das que não deixam ver mais do que 2 metros na frente. Tudo branco. E granizo, do tamanho de bolas de gude.
Pego o carro e saio, e não havia mais como entrar na Ricardo Jafet. Já era um rio.
Saio dirigindo pela calçada até um posto de gasolina vizinho (a água não estava na calçada ainda), na esperança de poder entrar na Vergueiro e seguir embora. Impossível. A Vergueiro era só correnteza, ainda pior do que a Ricardo jafet. Fico dentro do posto mesmo, em um lugar mais ou menos alto, e em seguida o posto lota de outros carros fugindo da enchente.
A chuva acalmou, a água parou de subir, e em 20min já dava para sair do posto.
E é aí que entra a minha dúvida do título. Porque se eu tivesse saído de casa 15min antes eu não teria pego chuva, enchente, nada. Nenhuma dor de cabeça.
Se eu tivesse saído instantes antes, teria enfrentado a mesma dor-de-cabeça, mas sem guarda-chuva. E teria ficado com o Honda preso dentro da enchente, não iria ter conseguido fugir para o posto.
E se eu tivesse saído 2min depois, estaria a pé na Ricardo jafet na hora que a tempestade apertou mesmo, e provavelmente teria ficado com água nos joelhos.
Sei lá... mas espero que algum dia eu saiba a resposta.

4 Comments:

Blogger pita said...

essa chuva foi foda mesmo. o melhor jeito era ficar em casa.
eu, nessa hora, estava indo para a casa dos meus tios, na vila madalena. sabe, a vila madalena, aquele lugar com subidas medonhas? muuuuitos altos e baixos, íngremes de dar dó. e a chuva apertou bem quando eu cheguei perto das pirambeiras. e, subindo a rua da minha tia, que tem uma inclinação de, creio eu, mais de 50%, com a giga chuva, com peso no carro, eu realmente me arrependi de não ter esperado 15 minutos. ainda bem que meu carro é 1.8. mas foi subindo meio que de lado, eu lembro do volante virado para a esquerda e o carro indo reto... hahaha
20 minutos depois o sol brilhava e a pista estava boa novamente.

10:56 AM  
Anonymous Anônimo said...

ros, que bom que vc já está conseguindo enxergar o lado bom das coisas...
se tem que chover, que chova... ainda bem que vc não foi levado pela correnteza da ricardo jafet...

3:52 PM  
Blogger Ros said...

Pita, uma vez eu deixei meus carro estacionado numa daquelas ruas e quando eu voltei só faltavam os peixinhos nadando dentro. Foi um verão inteiro pra ele secar de vez.

E Pmugf, quem está vendo lado bom é vc. Eu só consegui ver um lado ainda pior.

4:43 PM  
Anonymous Anônimo said...

É... Eu ignorei completamente a chuva da quinta passada...

2:18 AM  

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