segunda-feira, outubro 30, 2006

1 ano de blog, parte II / 666 scraps.

Aproveitando que eu estava mudando os links do blog, resolvi mudar o modelo também. Ao menos por enquanto. Se não me acustumar volto com o modelo velho.
E aproveitando que estava mudando o blog, resolvi também mudar minha página do orkut. Em homenagem ao scrap 666 (chegou a 669 na verdade). Vou adotar um uso racional de orkut, visto que últimamente aquilo tinha virado a casa da mãe Joana, ou, parafraseando a Globo, "a página de relacionamentos pessoais da mãe Joana".
E tenho dito!
E chato é a vovózinha!

domingo, outubro 29, 2006

1 ano de blog

Um ano de blog. Não que nesse um ano de blog alguma coisa tenha mudado, exceto talvez por um início de calvície e pelo primeiro fio branco de barba.
Em todo caso, aproveitando o aniversário do blog eu fiz uma pequena edição nos links, que já devia há tempos... Editei também aquele quadrinho amarelo que aparece quando o mouse é passado sobre o link, exceto em relação aos links pra os blogs do Gil e do Pmugf, que definitivamente se mantinham atuais.
Ah, pretendia também linkar na barra lateral os 10 melhores posts até agora, mas em um primeiro levantamento achei 30, então é algo que vai ficar pra quando eu tiver mais tempo.

terça-feira, outubro 24, 2006

Cachaçaria Água Doce, Santo André - 21out2006 - Parte 1/3

Essa imagem é de uma das canecas que eu tenho aqui em casa, nas quais eram servidas as "cachaças especiais" ou as "5 estrelas"e que se podia levar pra casa. Agora é copinho e não se leva mais pra casa.
Sábado, 21 de Outubro de 2006. Cachaçaria de Santo André. Tentativa de reencontro de todo mundo em que só foram os mesmos arroz (arrozes?) de festa de sempre, e a intercambiante-alemã-loira-estagiária-do-CPC-colega-do-Pmugf, a Katia.
Ah sim, Santo André é muito longe. Diria eu que, analogamente, é mais longe do que Jacarepaguá (ok, acho que ninguém vai entender essa referência...).
Fotos da minha câmera.

Minha visão da mesa...

Eu e o suco de laranja.

Eu e o suco de laranja, o Docinho e a cachaça.

Docinho não pára de se mexer I

Cachaçaria Água Doce, Santo André - 21out2006 - Parte 2/3

O Docinho não pára de se mexer, parte II

O (escuro) ponto de vista do Pita.

Dois bebus cantando...

Dois bebuns cantando, e a Paula atacando um franguinho com bacon (de macho!) ao fundo.

A Loira de Guarulhos (que não se levantou pra tirar uma foto comigo), vista pelo Docinho.

Um sóbrio, 2 ébrios.

Cachaçaria Água Doce, Santo André - 21out2006 - Parte 3/3

Katia, eu e o Doce

A Loira de Hamburgo

Cara de sono e fim de festa, menos a do Repolho, alegre com 7 pingas na cabeça...

Katia e a intragável cachaça com abacaxi...

Dois desenhando e Uma olhando...

Rindo... não lembro de que...

Ainda desenhando, enquanto a conta não chega...

sábado, outubro 21, 2006

Red Bull Gives You Wings... Mas não avisa ninguém.



Segunda-Feira à noite:
Leio em um dos sites de F-1 que costumo ver que a equipe Red Bull iria fazer um “passeio” com um de seus carros pelas ruas de São Paulo na quarta de manhã.
Sairia da prefeitura às 5h30AM, passaria pelo Teatro Municipal, e seguiria pela 23 de Maio até o parque do Ibirapuera.

Terça-Feira à noite:
Preparo as duas câmeras e vou dormir cedo. Para poder está às 5h25 no viaduto Tutoia, aparentemente o melhor lugar pra fotografar. Porém antes de dormir checo para ver se havia mais informações. E tinha. Havia sido cancelado por causa do “mau-tempo”.

Quarta-Feira:
Passo o dia com cara de bunda.

Quinta-Feira:
Chego ao trabalho e o chefe pergunta:
-E aí, foi ver o F-1?
-Não... Tinha sido cancelado...
-Que estranho... eu to vendo uma foto de um F-1 em frente ao Municipal...
Resultado, cara de bunda frustrada até agora.

...

Imagino que a CET ou a prefeitura tenha criado algum problema, e mudado o dia pra evitar aglomerações, sei-lá. O fato é que aconteceu bem na surdina, o que dá pra ver pela quantidade pequena de fotógrafos.
E reparem no Zá Mané que atravessou a alça de saída da 23 na frente do carro, e sequer vira pra ver o que era...
...

O piloto, Michael Armermüller, disse que deve ter chegado a uns 250km/h, o que parece bem provável. Os radares documentaram a velocidade, mas a CET, claro, não quis divuldar.
...

O vídeo está tb nesse link, com resolução melhor mas imagem menor:

sexta-feira, outubro 13, 2006

Olha a enquadrada que eu dei na loira





E viva as câmeras digitais com zooms absudos e estabilizador de imagem!

Propagandas!


Acho que essa é a melhor sequëncia de propagandas rivais que já vi...





Os Ferozes Leiteiros/Padeiros do Mal

Ficou faltando uma pequena referêmcia pro último post. Aqui vai:

A Flor e a Náusea - Drummond

Preso à minha classe e a algumas roupas,
Vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova
As coisas. Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal
Os ferozes leiteiros do mal.

Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim
Com ele me salvo
e dou a poucos uma esperança mínima

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.

É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

.....
Agradecimentos ao Docinho, (ops, Frajndlich), que me mandou o poema, e ao Pedrosa, que mandou para o Docinho, digo, Frajndlich.

terça-feira, outubro 10, 2006

Outro Outubro, Outro Acidente.

Quarta – Feira, 04 de Outubro de 2006.


Volto para a casa de um levantamento em Pompéia. Com pressa, porque pretendia ir à FAU ainda. Um trânsito infernal no eixo Av. São Luiz – viaduto Maria Paula – Viaduto Jacareí – Pça João Mendes.
O tempo aperta.
Na Aclimação encontro um Corsa Sedan preto, modelo novo, 1.8, andando muito devagar e em zigue-zague. Não me deixa passar. Finalmente acho uma breca em um farol, e paro ao lado, na expectativa de ultrapassa-lo no verde (noto que ele estava comendo um sanduíche enquanto dirigia). Mas o cidadão acha que eu estou querendo tirar um racha, e acelera ao máximo na abertura do semáforo, me fechando e praticamente me jogando dentro de um dos restaurantes koreanos. Ainda emparelho com ele em outros 2 semáforos, sendo fechado em ambos. Até que em um terceiro acho uma brecha corto diversos carros, o idiota do Corsa preto junto.
Sob outras circunstâncias teria descido e partido pra ignorância, mas eu estava com pressa.
...

Em casa comento a dificuldade que estava dirigir naquele dia.
Uso o banheiro, pego minhas coisas e parto pra FAU.
Eram 17:30, e eu teria pouco mais de 40min para chegar e encontrar minha orientadora, a Anália, sem depender da sorte.
...

Ao entrar na Aclimação o filme começa a se repetir. Dessa vez uma Parati 1.8, pertencente ao programa “Hora do Renascer”, da Rede Vida ou Rede TV, sei lá. E dessa vez em uma seqüência de ruas de duas mãos e faixa única, onde não havia espaço para passar. Em determinado momento chegamos a uma caçamba de entulho. A Parati sai para a contra-mão para se desviar dela, e por lá fica por uns instantes. Isso perto de uma bifurcação. Parecia inclusive que pegaria uma rua à esquerda na bifurcação. Vejo o espaço e acelero, de uma vez, para passar. A Partati acelera levemente, e volta de forma brusca para a faixa da direita, direto sobre mim. Travo os freios o jogo o carro o máximo possível para a direita, para evitar a batida. Evito a batida com a Parati. Mas não evito de perder meu espelhinho em uma árvore tombada par adentro do meio-fio. Nem de rasgar meu pneu em um pedaço quebrado da guia, justamente sob a árvore.

Mesmo sem pneu ando mais alguns metros com o carro, até achar um lugar decente para parar. A Parati pára logo à frente. E aí a coisa realmente começa.

Desço do carro. Creio que não preciso descrever como estava meu humor. Vendo o motorista da Parati sair do carro já digo:
-Porra, vc sai pra contra-mão assim, na hora que vc quer, e depois volta sem olhar, joga o carro em cima de mim?
O motorista da Parati mal chega a dizer alguma coisa, um moleque, com cara de brasileiro (esse moleque vai se mostrar o maior imbecil da história), que depois descobri que trabalhava um lava-rápido perto o interrompe dizendo em voz alta para mim:
-Você está errado, você está alterado, você estava ultrapassando pela direita.
(Pelo jeito, para brasileiro, qualquer sinal de irritação ou reclamação se torna uma alteração, uma insaniade temporária. Ao falar ríspido você se torna um louco. Não importa o que você fala, a ríspidez deve ser um sinal de loucura...)
-Eu estava na única faixa que havia. Simplesmente o cidadão saiu para a contra-mão e jogou o carro em cima de mim.
Nisso o 4º Poder começa a se manifestar. As outras 3 pessoas que estavam na Parati começam a me acusar, lideradas por uma mulher de aparência nordestina, cheia de empáfia, vestida com blusa de lã e blazer em um dia tórrido.
Essa mulher pega o telefone, e diz a todos que estavam em volta (nesse instante uma pequena multidão havia surgido em volta) que ia chamar a polícia.
Em meio à multidão chega uma senhora, também de pele escura e aparência nordestina, dizendo que eu quase a havia matado, que “se não fosse pelo poste você tinha me matado”.
Isso apimentou o 4º Poder. E eliminou qualquer chance minha de reaver meu prejuízo financeiro.
Agora os integrantes do carro começavam a me acusar. Eu me tornara o “feroz arquiteto do mal”, que dirige em alta velocidade sobre as calçadas atropelando velhinhas.
A mulher do blazer e da empáfia diz a todos (em voz alta) que chamou a reportagem, para “filmarem as provas”, e que a polícia que estava vindo era na verdade um policial à paisana que acompanhava a reportagem.
Começo a trocar o pneu, no intuito de acabar à tempo de chagar à FAU. O motorista da Parati (uns 45 anos, também feições “brasileiras”) começa a me ajudar, demonstrando constrangimento com a situação. Ao fundo a Senhora histérica conversa com a mulher arrogante de blazer, que responde que a polícia já viria e tudo ficaria certo. O feroz arquiteto do mal encontraria sua punição por tentar matar velhinhas com seu carro. (ou seria a punição por ter cruzado o caminho dos formadores de opinião, o 4º Poder, o 1º Poder Paralelo?).
Me vendo trocar o pneu o moleque do início da história, me puxa, dizendo:
-O que você está fazendo? A polícia está vindo aí, você não pode mexer nas provas.
Agora haviam provas. De um crime. E eu não poderia macular a cena do crime. Eu era um assassino de pedestres, o feroz arquiteto do mal, e tinha no meu pneu rasgado a prova de meu crime.
O ignoro e continuo a troca. O motorista da Parati me ajuda até o final. E, apesar de péssimo motorista, se mostra a única pessoa minimamente decente na situação. Ao menos até falar, em relação ao acidente:
-Ah, mas eu to com o carro da empresa, aí não tem problema...
Claro. O carro da empresa é o álibi para que ele possa cometer a barbaridade que quiser no trânsito. Afinal a responsabilidade financeira não é dele.
...

Encerro a troca de pneu e segue cada um para seu lado. O motorista da Parati pareceu não querer ficar para B.O.s e similares. Fica por isso mesmo, sem polícia sem nada.
Ainda tento ir para a FAU. Mas já estou atrasado. Não há mais garantias de que eu encontre minha orientadora (a Anália) por lá. Resolvo telefonar. E descubro que o telefone da Anália não está na memória do celular. Ligo para a Paula na esperança de que ela estive3sse na Fau e pudesse avisar a Anália. E ela me responde, óbvio, que não tinha ido para a FAU porque não tinha feito nada. Resta a Larissa. Mas o número que eu tenho é da pré-história.
Sem contatos desisto e volto. O prejuízo foi total.
E com isso (e com uma suposta viagem da Anália até o meio de novembro), o TFG vai ficando para Julho.
...

Na sexta volto para tirar fotos do lugar. E o moleque imbecil esta por lá. E se mostra ainda mais imbecil.
Primeiro diz que “aqueles caras são foda, já deram prejuízo para a gente...”
Estranho... ele não ficou do lado “daqueles caras” depois do acidente?
Depois me pergunta: “Mas onde você bateu?” E aí quando eu digo, apontando para antes da curva, em um lugar fora do campo de visão, ele diz “Ah... eu não vi lá”. ”Claro que não viu. Eu sei que você não viu. Pelo que você falava estava claro que você não viu.”
Não viu, mas veio acusando. Afinal é fácil acusar a partir do que não se sabe. E é fácil tomar o lado que tem mais gente.
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Eu sempre digo que nós vivemos em uma Terra de Idiotas. Mas em determinados dias eu recebo provas fortes disso. Mesmo sem pedir.

O rasgo no pneu, causado pela guia quebrada.


Espelhinho, depois de remontado, com todas as suas trincas.


A árvore avançando para o meio da rua e o pedaço quebrado de guia. Ela perdeu uma casca no lugar que o espelhinho acertou.

A visão que eu tinha ao começar a ultrapassar era mais ou menos essa. Com as diferenças de que eu estava muito mis próximo à Parati, e ela estava com as 4 rodas na contra mão, e não apenas meio carro, como esse Escort. A árvore em que bati está lá embaixo, no vértice da esquina.


A visão do idiota, que saiu dizendo que eu era culpado. Notem que o muro amarelo que se vê quase de frente na outra foto está paralelo ao eixo da imagem nesta. E que a árvore em que bati não é visível.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Um fim de tarde chuvoso Conselheiro Crispiniano

Estou órfão. A AGFA faliu.
Nada mais de filmes avermelhados, para compensar o daltonismo natural de lentes mais baratas.
...
Aliás, talvez nada mais de filmes. A variedade de filmes à venda hoje é de menos de 1/3 do que era em 2002/2003. Outro dos meus favoritos, o Kodak Portra, que nunca foi muito fácil de achar nas quatro opções existentes (ISO160 e 400, "cores vivas" e "cores naturais"), e sempre foi caro, hoje é bastante raro (ao menos aqui em SP).
Os preços baixaram um pouco, uns 20% talvez. Mas parece que é questão de pouco para não haver mais filmes à venda.
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Algumas semanas atrás eu descobri que a Minolta (ou melhor, Konica-Minolta) havia falido também (ou melhor, havia sido engolida pela Sony e "encerrado as atividades" em abril).
Apesar de menor do que as outras japonesas (Canon, Nikon e Pentax), supostamente fazia coisas de qualidade tão boa quanto (talvez até superior à Pentax ao menos).
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Na minha primeira ida à Conselheiro (2002 acho) fiquei babando com a quantidade de lojas de equipamentos fotográficos, e com o que era vendido nelas. Praticamente a rua toda eram lojas de fotografia, com usados de praticamente todos os modelos nas vitrines.
Hoje é uma rua com umas poucas lojas sobreviventes vendendo equipamento fotográfico. As peças usadas são de má qualidade, possíveis sobras daquela época. E a cada visita minha noto uma loja a menos.
...
Eu já me rendi às digitais de muitos megapixels, muito zoom e pouca qualidade. A princípio como uma segunda câmera, uma opção leve pra trabalho pesado.
Mas parece que é hora de pensar seriamente em substituir a EOS.
Muitos megapixels, muitos doláres no preço e pouca chance de ter uma grande angular para fazer fotos arquitetônicas decentes.