terça-feira, julho 25, 2006

Revirando Fantasmas do Passado (da festa do Docinho)

Hoje por fim a última besteira que eu fiz/falei na Festa do Docinho, ops, do Frajndlich, em Março, veio à tona...
Foi o fim de um período de trevas em relação às minhas memórias... E não sei se foi bom ter descoberto, porque acho q foi a pior de todas as minhas tosquices da festa. Envergonhado é pouco. Era digna de suicídio. Daqueles que todas as religiões aceitariam, por justa causa. Na verdade eu já me suicidei. Morri no instante que aquelas palavras saíram da minha boca. Esse que escreve aqui é uma prorrogação, um epílogo, uma Nova Varig...
Putz, que vergonha... acho melhor nunca mais beber whisky na vida...
E vocês estão curiosos para saber o que foi? Pois bem, continuarão. Eu ter sabido o que era já foi demais.
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Luiz...
Sua besta!

terça-feira, julho 18, 2006

Algumas Notas Esparsas sobre Hoje, Ontem, e Outro Dia.

Incrível as coisas que se encontra nos bolsos dos agasalhos numa segunda-feira de manhã.
E isso me lembrou a prof. Beatriz Khul.

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Como saber que você desperdiçou 3hs da sua tarde de segunda-feira?
Você vai para a FAU para retirar uns livros da biblioteca e renovar sua carteirinha USP (vencida há 1 mês). E esquece:
A carteirinha da biblioteca em casa.
De pedir a renovação da carteirinha da USP.
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No fim da tarde dessa mesma segunda fui trocar o óleo do Corsa. No elevador ao lado um Palio 1.3 vinho, tinindo de novo mas com as calotas todas riscadas. Em frente a ele um homem de terno, recusando a etiqueta da troca, dizendo que é uma etiqueta feia (ao ouvir isso o cara que estava mexendo no meu carro me olha incrédulo, segurando uma risada).
O homem de ter depois de dizer que a etiqueta é feia se vira para mim e começa a conversar. Depois de um tempinho se apresenta. E me dá o cartão dele:


Eu conheci o dono do pior slogan-trocadilho da história da política.

E em seguida começa a fazer campanha, que durou pelos 40 minutos que estive lá esperando acabar o serviço no meu carro (eu poderia descrever a conversa e a campanha, mas estou com preguiça de escrever, e não durante esse tempo o cidadão não conseguiu me dar muito mais motivos para ser criticado).
Depois que a troca terminou me despedi do candidato. E para não esquecer da próxima troca pedi uma etiqueta feia para o funcionário.

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No meio da conversa / campanha o candidato-trocadilho pega mais um pilha de cartões e me entrega para “distribuir para conhecidos”. Que eu, como alguém ecologicamente correto, fiz o que o partido dele julgaria mais apropriado: joguei no lixo reciclável.

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E nessa terça, agora à tarde, recebi uma intimação da justiça eleitoral, para comparecer ao cartório do Ipiranga no dia 21.

Ótimo. Era o que me faltava. O golpe de misericóridia. Viva os próximos 10 anos.

E enquanto isso eu tentarei conter minha ira.

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Acabei de assistir "O Feitiço do Tempo" ("Groudhog Day"). Pela enésima vez (toda vez que passa eu assisto).

É meu filme favorito (ou um dos). E uma das formas de se entender ele é como metáfora reencarnacionista, de que enquanto se agir errado a repetição das situações ocorrerá (ainda que com inúmeras variáveis e resultados absurdos do desenvolvimento de cada uma delas), até que se evolua o suficiente para que se possa passar para o próximo dia, ou um próximo estágio...

...Se essa metáfora estiver correta eu estou f...!

domingo, julho 16, 2006

Copa IX – Epílogo – O vice-campeonato


De: "Sr. Bolão"
Assunto: Premiação do Bolão FAU - Copa 2006
Data: Thu, 13 Jul 2006 03:08:50 -0300
Para: "Luiz Vicente Micali Ros"
micali_ros@yahoo.com.br

Parabéns Sr. Ros!!!
Você foi o vice-campeão do Bolão FAU - Copa 2006, com 717 pontos, e receberá um prêmio no valor de R$ 80,00!
Aguarde informações sobre como retirar o prêmio!
Atenciosamente,
Sr. Bolão
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Bom, estou aguardando.
E parabéns pra mim, 2º lugar entre 76 bolões de 67 pessoas...
...Claro que eu preferiria o 1ºlugar e os R$200...
...Mas devia ter imaginado quando comprei a a camisa do vice-campeão, e não do campeão.

Alguns dias depois do jogo do Brasil eu comprei (essa é o modelo antigo). Estava de olho desde antes da Copa, e não comprava por contenção de verba...
Aí o Argelino careca resolveu dar show, a loja resolveu pôr a camisa em promoção (R$44), e eu resolvi comprar.

Copa VII – Considerações Finais Parte I - 2 cabeças, 3 cabeçadas


Aquela primeira imagem é a melhor da Copa...
(Esse post está meio defasado devido à problemas de postagem na terça-feira e falta de tempo da quarta em diante...)
Alguns posts atrás eu coloquei umas músicas referentes aos jogos, e para a Argentina eu pus “Por Uma Cabeza”. A Argentina realmente perdeu por uma cabeça, a do Klose, que empatou o jogo para a Alemanha no final do segundo tempo.
Mas a final sim que pode ser definida como “Por Uma Cabeza”. Ou melhor, duas cabeças. E três cabeçadas.
O gol de empate da Itália foi numa cabeçada do Materazzi.
Aos 4 min do 2º tempo da prorrogação o Zidane acertou uma cabeçada espetacular, e o goleiro da Itália, o Buffon, pegou de forma espírita.
E aos 5 min do 2º tempo da prorrogação o Zidane cabeceou o Materazzi.
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Aliás, cabeceie você também o Materazzi!
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Ou faça como o Zidane quando alguém te perturbar!
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Depois da final passei a achar que o Careca Sangue-Nem-Tão-Frio é definitivamente o melhor que eu vi jogando (Melhor até que o Maradona... O Careca marcou nas duas finais que jogou, assim como o Pelé. O Maradona não...).
Apesar de ter torcido para a Itália durante a Copa toda eu torci para que a 1ª cabeçada do Zidane entrasse. Teria ficado mais contente com o careca encerrando a carreira levantando a taça do que com a Itália campeã. Fiquei meio frustrado com a expulsão do cara. A 1ª coisa que pensei foi “jogador de futebol quando não suja na entrada emporcalha na saída”.
Mas depois das “leituras labiais” e das explicações passei a achar a cabeçada digna (detalhe das mãos fechadas durante a cabeçada... devia estar muito mais do que puto).

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E teve gente que ficou chateado quando Brasil perdeu da França... Tsc, tsc...

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Esse gifs idiotas surgiram no dia seguinte ao jogo...

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A Fifa pode tirar a Bola de Ouro (premio de melhor jogador da Copa) do Zidane por causa da cabeçada. Então eu pergunto: O cara deixou de ser o melhor jogador do mundo porque se irritou?

sexta-feira, julho 14, 2006

Copa VIII (continuação do post anterior) - Considerações Finais Parte II – Mais Brasil X França


Acho que descobri por que o Brasil perdeu da França. E não teve nada a ver com jogar mal.
Meu irmão apareceu em casa no domingo seguinte a esse jogo e comentou que havia assistido junto a dois amigos dele, o Mauris e o William:
“Fui ver o jogo com o Mauris e o William. Foi a terceira vez que a gente assistiu um jogo de Copa do Mundo junto. Então... O primeiro foi em 86... O segundo foi em 98...”
(O jogo de 86 foi Brasil 1 X 1 França, gol do Platini, que a França acabou ganhando nos pênaltis. O de 98 foi... a final!)
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A França merecia o titulo também pelo senso de humor.
Todas as seleções tinham um ônibus personalizado, com uma frase escrita. Algumas eram interessantes, e tinham a ver com o país, como a suíça “2006, It’s Swiss O’Clock”, a americana “United we play, united we win”, e a espanhola “España. Um país, uma ilusión”. Algumas eram muito babacas, como a brasileira, “Monitorado por 180 milhões de corações brasileiros”, e a argentina, “Ponganse de pie. Argentina avanza.”. A alemã era boa “Für Deutschland – durch Deutschland” (“Pela Alemanha. Através da Alemanha”). E a francesa era espetacular:
“Liberte, Egalité, Jules Rimet!”

Senso de humor francês 1 X 0 Babaquice brasileira. Assim como no jogo.

O site da Hyundai sobre a copa tem todos os ônibus, com suas respectivas frases.

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E parece que na FAU já sabiam o que ia acontecer muito antes do Brasil virar freguês da França...

terça-feira, julho 11, 2006

11 de Julho de 2006

terça-feira, julho 04, 2006

Copa VI - Brasil X França

Alguns posts atrás eu escrevi que a Espanha fez o que sabe fazer melhor: perder da França. O mesmo vale para o Brasil.
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Aliás, a França está fazendo o que historicamente faz de melhor. Ganhou da Espanha e do Brasil. E tem boas chances de título, já que Portugal e Itália são os outros dois sacos de pancada históricos da França.
Mas a Alemanha costuma vencer “Os Azuis” nos pênaltis, e com ajuda do juiz.
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O grito da torcida francesa é "Allez les Bleus". Nesse jogo eles gritaram "Allez les Blancs", o que era bastante justificável, dado a cor do uniforme. Mas a besta do Galvão não notou.
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Uniformes que, assim também como no Espanha X França, sofreram de viadagem na escolha. Os uniformes brancos da França devem estar encalhando nas lojas...
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A educadíssima torcida brasileira ovacionou Zidane, com um coro de “Ei, Zizou, vá tomar... na rima”.
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Felizmente em pouco tempo eles perceberam que o problema não era o Zidane, e sim o Parreira, o qual foi mandado tomar na mesma rima.
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Confesso que não consegui torcer nem para o Brasil nem contra a França. Ou seja, assisti ao jogo de forma passiva, neutro. Não dava pra torcer para aquele time estático e preguiçoso. Da mesma forma não dava pra torcer contra o time do Zidane.
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Que acho que é o melhor jogador que eu já vi. Ronaldos, Romário, Raí, Mathaus, Baggio, Hagi, etc... todos ficam atrás.
Do Maradona eu lembro pouco, então não o estou considerando na lista. E mesmo que o considerasse, talvez desse empate.
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Acho que depois desse jogo morrem as “teorias da conspiração” sobre a final de 98. Os jogos foram idênticos. E a França só não fez os 3 gols porque a idade pesou.
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Mas não pesou quanto para os velhos caquéticos do Brasil, principalmente o Cafu e o Roberto Carlos.
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Que alguém disse que estava “arrumando as meias” na hora do Gol da França. Acho que ele estava mijando.
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Falando nessa besta, ao menos pra uma coisa essa Copa serviu.
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Agora só falta o Parreira, que já tomou do Zizou, ir tomar...
...na rima.

Copa V - A torcida (pela Argentina e outros)

Como causou alguma perplexidade eu ter dito que torci pela Argentina no jogo contra a Alemanha, achei melhor escrever uma breve explicação. Não que eu vá detalhar todos para os quais torço a favor ou contra (não é segredo para ninguém que eu torço para Espanha, Itália e Inglaterra, por motivos óbvios), mas a Argentina (e a Alemanha) merecem uma descriçãozinha:

A Alemanha:

Também não é segredo para ninguém que eu tenho certa uma birra com a Alemanha. Em condições normais, com um time de jogadores “legais”, enfrentando alguma seleção “neutra” para mim, como a Bélgica, eu torceria contra a Alemanha.
Mesmo com jogadores que eu admirava, como o Klinsmann e o Voeller (especialmente o Voeller), ambos atacantes, em 94 eu adorei quando a Alemanha perdeu da Bulgária, uma seleção que para mim não fede nem cheira.

Esse ano a Alemanha apareceu com uma seleção que tem 3 poloneses, 1 ghanês, 1 pele-escura de procedência que desconheço (o Odonkor), além do Ballack, o suposto “craque do time” que não tem nem cara nem nome de alemão. Isso me perturba. Tanto quanto ao fato da França usar e abusar de africanos das ex-colônias, ou da Holanda já ter levado a Seleção do Suriname para a Copa. França e Holanda ainda tem um atenuante, que é o fato desses jogadores serem provenientes das colônias (mas por esse princípio tosco a Espanha poderia fazer uma seleção com os melhores de Brasil, Argentina, México, Portugal, Uruguai, etc...).
Apenas esse estelionato de nacionalidades já me bastaria para torcer contra a Alemanha. Mas não é só isso.
A Alemanha tem o time mais marrento e catimbento da copa. Supera a Argentina da época de Maradona/Caniggia/Simeone. O Klose é um marrento. O Schweinsteiger é outro. O Lehmann, o goleiro que substituiu o antipático-mor do Kahn, não fica atrás, assim como o Odankor. E por fim, tem o já citado Ballack, o camisa 13 (camisa que foi do Gerd Muller). Esse é o pior da Copa. É um misto de Roberto Carlos, Rivaldo e Marcelinho Carioca. Um cidadão asqueroso. Mas que é ídolo da alemãozada.

Essa seleção alemã (ou melhor essa meia-dúzia) representa o pior do povo alemão. É o alemão que gosta de levar vantagem, que não respeita os outros, e que tem a visão esportiva da vitória a qualquer custo (um pouco encarnada pelo Schumacher, o rei do valet parking de Mônaco).
E esse tipo de alemão é muito mais comum do que se imagina por aqui. Em Frankfurt foi só o que encontrei. Na Itália (os turistas alemães) também.
Pensando bem, essa seleção alemã é a própria representação da Alemanha. 30% intragáveis que acabam justificando a antipatia por todo o país.


A Argentina:

Eu não conheço nenhum argentino. Ou melhor, conheci um, um colega do meu pai, funcionário da United em Buenos Aires, e o cara era gente fina. Mas a minha amostragem não é suficiente para que eu crie uma opinião sobre o povo argentino.

Isso significa que minha opinião sobre a seleção argentina se baseia única e exclusivamente na própria seleção. Eu até talvez torcesse contra no caso de jogadores “neutros”. Torcia radicalmente contra nas épocas de Maradona / Caniggia / Ortega / Simeone / Killy Gonzalez.
Mas essa seleção era diferente. Não tinha sequer um “marrento”. Não era catimbenta. Não dava botinadas. E jogava pra cascalho, com alguns jogadors espetaculares, como o Maxi Rodrigues, o Ayala e o Messi. Até o Tevez, por quem eu nutro a antipatia natural por qualquer corintiano conseguiu escapar. Jogou muito, brigou muito, e não marrentou. Eu gostei de ver esse time jogar, desde o primeiro jogo, contra Costa do Marfim. Comecei torcendo para os elefantes. No final estava neutro. Aí veio o 6x0 contra Sérvia, e eu comecei a torcer pelos Hermanos. Porque jogavam bola. E limpo. Simples como isso.
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Notas sobre o jogo (e como eu passei a torcer ainda mais para a Argentina durante ele):

O juiz foi levemente tendencioso a favor dos alemães. Não que eu ache que o resultado teria sido diferente caso o juiz tivesse sido “neutro”, mas irritou. Quatro casos específicos:
O Schweinsteiger deu um carrinho-criminoso sobre o Maxi Gonzalez. Não recebeu cartão. Aliás, nem falta foi marcada (e o Klinsmann tirou ele de campo em seguida).
Na continuação dessa jogada o Tevez roubou a bola do Odonkor (ou seria o Asamoah?), que se atrapalhou e tropeçou nas próprias pernas. Falta marcada e cartão para o Tevez.
O Ballack se estapeou com um argentino na área argentina, antes de uma cobrança de falta. O juiz não deu cartão para nenhum dos dois (deveria ter dado amarelo pelo menos).
Alguns minutos depois o mesmo Ballack se jogou na área argentina, o maior “fingimento de pênalti” de toda a copa. O juiz não deu cartão de novo (e era pra ele ter levado o segundo amarelo, ou seja, ter sido expulso).