quarta-feira, dezembro 28, 2005

Feliz Ano Novo (a semana em que o mundo pára)

Essa é a semana que o mundo pára, então nada mais justo que o blog pare também (até porque, não há ninguem para ler). O meu mundo já parou, meio torto, em cima da calçada, com o pneu esvaziando... mas não será movido agora. Fica para o ano que vem. Como o próximo post.

Feliz Ano Novo.

Natal - parte III - Os vinhos do Natal



Noite de 24:
Abrimos 3 garrafas de Alamos Viognier, um chute meu para tentar caombinar com a nossa comida de natal (basicamente Tender, Peru, Arroz com Passas ao Espumante).
O ideal para essa comida seria um rosé ou branco da Alsácia razoavelmente encorpado (Gewurztramminer, Pinot Gris ou Pinot Blanc). Pressupus, pelas descrições e pela não passagem por madeira que ele teria alguma semelhança com um Alsace, e realmente tinha. Não foi a combinação perfeita mas também ficou longe de brigar com a comida, como os Rhone do ano passado. E o vinho é realmente muito bom, especialmente a menos de R$30.
Mas o curioso a respeito desses vinhos foi a diferença que fez a rolha em cada garrafa.
A primeira garrafa tinha a rolha um pouco estufada e levemente infiltrada. Estava bom, mas perdeu o frescor em pouco tempo.
A segunda garrafa estava com a rolha perfeita. E o vinho estava espetacular. Muito mais vivo e aromático que o primeiro, e sem se alterar em nada até o último gole.
Na hora de escolher a terceira garrafa (haviámos comprado quatro, mas uma sobraria) optei por aquela que estava com rolha mais para fora, apertando a cápsula. E foi um garrafa intermediária entre a primeira e a segunda, tanto no estado da rolha quanto do vinho. Era nítidamente o mesmo vinho, mas em estados diferentes.
E pelo jeito ele deve ser bebido o mais jovem possível.

Almoço do dia 25:
Como eu não queria matar ó último dos Viognier com a mesma comida, já que ela merece algo mais apropriado (Peixe, definitivamente. Ou talvez o vacalhau da Páscoa), resolvi abrir um Ancelotta de Mantova IGT 1998, comprado in loco, primeiro por curiosidade com o local (terra dos avós maternos da minha mãe), depois por curiosidade com a uva (nunca tinha bebido um ancelotta) e por último pq era o mais barato dos vinhos sérios produzidos no local (11 euros, contra 15 de um Cabernet Sauvignon DOC e 23 de um Merlot DOC de vinhedo).
Tinha medo de que também não combinasse com a comida, como não fazia a menor idéia do que combinaria com esse vinho, e não queria que ele morresse de velhice (apesar das negativas do mantovano que me vendeu) por descuido meu resolvi abrir do mesmo jeito.
Tinha aromas muito fracos na taça, mas na boca deu pra notar ainda bastante açúcar (apesar dos 13,5º), umas leves bolhinhas e um amargor razoável (Presumo que seja produzido com uvas secas, tal qual o Amarone). Como os aromas estavam fracos, meu irmão sugeriu deixar descansar na taça, o que me pareceu lógico. Só que, depois de descansar, só restou o amargor, mais nada. O vinho estava morto mesmo. Resolvi então, pela experiência do dia anterior, verificar a rolha. E achei uma infiltração maldita, só em uma pequena linha, mas que ia até a frente da rolha. Eis a criminosa:

Me resta a dúvida agora se essa infiltração foi causada pelo armazenamento do vinho lá na sua terra natal, ou se foi pelos 2 dias que minha bagagem ficou extraviada em Chicago, com temperaturas sempre negativas.

...

Por causa da experiência natalina com as rolhas ontem eu resolvi verificar todas as rolhas "suspeitas" dos meus vinhos, tirando a cápsula ou fazendo um corte de inspeção nelas (nos primeiros vinhos foi uma tosqueira, acabei arrancando a cápsula de alguns, nos últimos o corte na cápsula foi minúsculo). E tive outra surpresa desagradável:
Um Riesling alemão, do Rheingau, colheita tardia parcialmente botritizado (Aüslese), comprado por R$47 no bota-fora da Mistral de fevereiro, estava com a rolha vazada. Muito vazada. E pelo jeito há muito tempo. O vinho tinha formado um crosta melada sob a cápsula.
E eu não fico chateado pelos R$47. Eu fico chateado pelo vinho. Vinhos alemães (os bons, não os "Liebfraumilch" e os "Piesporters" genéricos) estão entre os meus preferidos, e são difíceis de se encontrar (ao menos a um preço aceitável).
Resta agora abrir e saber se ainda está bebível, ou se vai ter que ir pra panela (hipótese bastante improvável... acho q vão beber mesmo se ele estiver uma droga).

Natal - parte II - O Papai Noel da Globo

Numa daquelas reportagens idiotas do dia 24 comentaram sobre algum desses sujeitos que se fantasiam de Papai Noel, e em algum momento, disseram que uma das dificuldades encontradas era "lidar com algumas crianças que demonstram indiferença na tentativa de parecerem adultas", ou coisa do tipo.
Não sei dizer se foi dito com o intuito de se dizer uma grande abobrinha, ou se foi apenas uma diarréia mental do repórter que foi mandado fazer uma matéria-tampão tosca para o Natal, daquelas que é feita todos os anos.
A verdade é que eu não sei que tipo de julgamento eles aplicam sobre a visão da criança, ou se aplicam algum . Além de que exigir uma resposta entusiasmada da criança seria um desrespeito à individualidade e a liberdade dela, existe a forma como o Papai Noel é visto. E aí eu me baseio pela minha própria experiência. Quando pequeno (menos de 8 anos ou por aí, enquanto ainda acreditava na existência) eu odiava esses Papais Noéis de shoppings, de lojas, etc. Não por querer me mostrar com não sendo criança, mas por entender aquilo como algo falso.
O Papai Noel era uma figura que eu sabia que deveria existir, mas que não deveria ver. Um ser arisco, sorrateiro, rápido. Que colocava os presentes de uma forma que ninguém percebesse. Uma espécie de Unicórnio, algo que deveria ser inalcançável, inatingível, cuja realidade da existência dependia dessa intangibilidade. Ao aparecer amigável, chamando a atenção, negaria sua própria realidade. Era portanto um ser falso, tentando chamar minha atenção ao se passar por outra pessoa. Imagino que, mesmo que exista o componente de negação da infância, inconscientemente tenha sido isso que ocorreu.
...

Gostaria de dizer que o Papai Noel foi o único Unicórnio, mas me deparei com diversos outros, que perdiam o sentido, deixavam de ser para mim o que eram ao se tornarem tangíveis. Felizmente faz tempo que não me deparo com um, e fiquei bom em identifica-los rápido, sem perder muito tempo à sua caça.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Natal - parte I - O Papai Noel de Saxofone do clube

Se existe algo que eu talvez possa comemorar com a passagem desse natal é o fim da tortura causada pelo Papai Noel de Saxofone no clube.
Explico: No início do mês colocaram na portaria do clube um boneco do Papai Noel de + ou - 1,45m, daqueles elétricos que ficam dançando, com óculos escuros, e nesse caso, um saxofone também. Uma versão grande daquelas latinhas de coca-cola medonhas. E essa droga de papai noel repetia sempre os mesmos 20seg de música medonha (saxofone, claro).
Na primeira vez que essa tranqueira achei curioso. Na terceira já queria tirar da tomada, pra acabar com o som medonho. Na quinta a minha vantade era fazer o boneco do Papai Noel engolir o saxofone. Daí em diante a vontade foi de chutá-lo até o parque da Aclimação, até que na sexta-feira antes do Natal eu já queria enfiar o saxofone bem no plug da tomada do Papai Noel e pôr fogo em tudo.
Ainda não fui no clube depois do Natal. Pretendo ir hoje, e espero que o boneco do Papai Noel Chatoramix não esteja mais lá. Mas se estiver tudo bem, eu vou levar fósforos.
Bom, eu estou meio atrasado com meus posts, mas como ninguém ia ler nada essa semana então acho que não tem problema.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Às vezes eu não sei se sou azarado ou não...

Ontem à tarde eu precisei buscar o carro do meu pai na concessionária, uma Honda na Av. Ricardo Jafet. Ele tinha ficado lá pra consertar a buzina.
Saí de casa mais ou menos na hora que disseram que o carro ficaria pronto, pra não ter que esperar por lá. É uma caminhada de uns 15min mais ou menos, mas por um lugar bastante desagradável para se andar a pé.
Eis que, quando eu saio de casa, começa a chover. O céu ainda está meio aberto, ainda bate sol, mas já começa a pingar. Volto e pego um guarda-chuva, apesar da minha teoria sobre guarda-chuvas (se a chuva for forte o suficiente para se precisar de um guarda-chuva, ele não vai adiantar nada. Se for fraca o suficiente para o guarda-chuva ter utilidade, então não há necessidade de guarda-chuva). Em seguida a chuva aperta, e no meio do caminho vira uma tempestade. A ponto de eu não me incomodar mais em virar o gurda-chuva pra me proteger das poças voadoras vindas da avenida, que no final já não eram poças mais, era um palmo d'água que tinha se depositado sobre o asfalto.
Chego à Honda completamente ensopado, exceto pela cabeça e o peito (foi o que o guarda-chuva protegeu), quando finalmente chego embaixo do telhado do atendimênto da mecânica, o mundo desaba. Aquela chuva forte com vento, das que não deixam ver mais do que 2 metros na frente. Tudo branco. E granizo, do tamanho de bolas de gude.
Pego o carro e saio, e não havia mais como entrar na Ricardo Jafet. Já era um rio.
Saio dirigindo pela calçada até um posto de gasolina vizinho (a água não estava na calçada ainda), na esperança de poder entrar na Vergueiro e seguir embora. Impossível. A Vergueiro era só correnteza, ainda pior do que a Ricardo jafet. Fico dentro do posto mesmo, em um lugar mais ou menos alto, e em seguida o posto lota de outros carros fugindo da enchente.
A chuva acalmou, a água parou de subir, e em 20min já dava para sair do posto.
E é aí que entra a minha dúvida do título. Porque se eu tivesse saído de casa 15min antes eu não teria pego chuva, enchente, nada. Nenhuma dor de cabeça.
Se eu tivesse saído instantes antes, teria enfrentado a mesma dor-de-cabeça, mas sem guarda-chuva. E teria ficado com o Honda preso dentro da enchente, não iria ter conseguido fugir para o posto.
E se eu tivesse saído 2min depois, estaria a pé na Ricardo jafet na hora que a tempestade apertou mesmo, e provavelmente teria ficado com água nos joelhos.
Sei lá... mas espero que algum dia eu saiba a resposta.

terça-feira, dezembro 20, 2005

E o Outubro Negro voltou.
Só que agora em definitivo, sem previsão para ir embora e aparentemente sem volta.

domingo, dezembro 18, 2005

Pizza com os amigos da FEI no sábado

Do Pedro, logo na 1ª cerveja:
"Sabia que a vida era uma merda, mas não imaginava que puxariam a descarga"

Do Pedro, ~7 anos atrás, quando recebeu um copo de coca-cola com açúcar (ugh!!!), numa tentativa emergincial dos amigos de curar uma bebedeira absurda (lembrada ontem pelo Mário):
"Tira isso daqui. Se eu beber isso eu vou acabar ficando dietético."


E eu jamais imaginei que usaria o verbo "defenestrar" numa conversa. Quanto mais duas vezes dentro de um mês (talvez tenha algo a ver com as pizzas... talvez algum dia eu defenestre uma pizza sobre a cabeça de alguém que eu não gosto...).
E em nenhum dos casos foi conversa defenestrada.
"...I got a strong urge to fly...
...But I got nowhere to fly to..."
Eu ia completar o post de ontem assim, só com esses versos, agora do 2ºCD.
Mas eu imaginei que assim vocês iriam achar que eu me joguei pela janela mesmo. Ou melhor, que eu me defenestrei.

sábado, dezembro 17, 2005

"Would you like to learn to fly?
Would you like to see me try?"

terça-feira, dezembro 13, 2005

Credicard Hall, 10 & 11 - Dez - 2005




Eu teria um monte de coisa pra falar sobre o shows, mas como estou com preguiça vamos só ao inusitado:

Show de sábado:

Eu fiz meu irmão assistir um show do "cheira-saco" (poderia ser "cheira-meia", mas o palco do Credicard Hall é tão baixo que é "cheira-saco" mesmo).

Estive próximo de bater um japonês mala que estava do meu lado. Aí abriu um buraco e eu fui lá pra frente. Um tempo depois o mesmo japonês apareceu perto de novo. e aí eu vi que era o Marcos, um nerd da turma 52 da FAU, que fez cursinho comigo em 98 e andava com o Ikeda. Mas isso não ia evitar dele apanhar se tivesse perturbado de novo.

A Paula quase desmaiou no fim do show. E nem deu pra dar umas bolachas pra ela acordar como ela tinha pedido. Droga!

Show de domingo:

Eu quase peguei grade, fiquei à duas cabeças apenas. Boa parte disso foi por livre e espôntena vontade, boa parte foi por livre e espontâneo empurrão mesmo. Isso na 2a parte do show, depois de ter passado mal pra burro na 1a parte, visto o mundo girar, jogado uma água na cara e feito uma onda no bar do saguão.

A 2a parte seria supostamente uma surpresa, com eles tocando algum álbum "clássico". Eu já sabia o que era, assim como os outros 7000, então a surpresa estava estragada. Ainda assim, ele começaram com algumas vinheitinhas de álbuns clássicos, logo interrompidas. As que eu notei: "Baba O'Riley", do Who (acho que do "Who's Next"); a introdução do "Operation: Mindcrime", do Queensrÿche; e de "2112", do Rush. E aí começaram o "álbum clássico" deles, o "Scenes From A Memory".
Haja prepotência pra eles considerarem um álbum relativamente novo (1999) como esse um clássico, mas é mesmo. E foi melhor das 4 partes dos dois dias. Ainda assim, confesso que na hora que eu ouvi o tecladinho de Baba O'Riley eu babei. Apesar de que eu ainda não perdi a esperança de vê-la com o que sobrou do Who. Mesmo o "Operation: Mindcrime" teria sido divertidíssimo, já que o Queensrÿche não deve mais tocar isso ao vivo, e nem é mais sombra do que já foi.
O "2112" eu vi com os originais...


Ah sim, foram dois putza shows, ou melhor, um grande putza show, já que repitiram apenas uma música nos 4 sets dos dois dias.

sábado, dezembro 10, 2005

Mercadão e o estacionamento (mais uma do Sr. Burns)

Ontem Liberdade, hoje Mercadão.
Em comum entre os dois lugares: a variedade de comidas, a necessidade de um enorme auto-controle nas compras, e o mal estado do entorno, por culpa ou burrice da admnistração municipal.
Se bem que no Mercadão a burrice tem alturas incríveis. Aquele mezanino feito pela Dona Marta já era algo no mínimo duvidoso, mas até tem algumas vantagens (Vantagens: como a vista; banheiros apropriados; lugares apropriados para comer. Desvantagens: descaracterizou o lugar; criou uma demanda diferente que ultrapassa muito o limite dos estacionamentos além de prejudicar os compradores normais do mercado, já que as ruas estão entupidas de pessoas a passeio; e o aumento dos preços por culpa da mudança e do aumento no número dos freqüentadores), apesar de eu achar que os restaurantes em nada acrescentam ao lugar, já que não se baseiam diretamente naquilo que se vende no próprio mercado.
Mas pior que o mezanino mesmo é o estacionamento. Sempre negligenciado (até parece que não se precisa de carro para fazer compras no mercadão), nunca viu uma ampliação decente, (como se existisse algo de grande valor histórico, artístico ou financeiro nas redondezas que inviabilizasse uma ampliação) é usado por muita gente que vai apenas na 25 de Março e agora ainda sofre da inteligência da prefeitura e da CET, que transformou o estacionamento em Zona Azul. Até aí tudo bem, passa. O problema é que o limite do estacionamento é 2hs. E não não adianta comprar mais um cartão para a 3ª hora se necessário. Segundo o marronzinho e as zonaazetes que controlam o lugar hoje, depois das 2hs teríamos que mudar de vaga, para dar chance aos que estão entranto. Apenas mudar de vaga. Como se isso fizesse alguma diferença...

E mais uma coisa. Hoje não enfrentamos fila pra entrar no estacionamento, apesar de termos chegado lá às 11h30. Por que? Porque a CET havia fechado a entrada do estacionamento, e os motoristas que passavam e viam a entrada fechada. Como eu sou chato, perguntei "Onde eu entro no estacionamento?" pras ceetetes, e elas simplesmente tiraram o cone que bloqueava a entrada... Genial...
E agora com licença, porque está na hora do meu sanduíche de morcilla com Cotes du Ventoux...

sexta-feira, dezembro 09, 2005

...head... no good. (parte II)

Hoje, sexta, 21h45. Estou sentado na poltrona assistindo o resumo da estapa da Austrália do campeonato mundial de Rali, meio babando na poltrona, e já me preparando pra voltar ao relatório pra matéria de estruturas. Telefone toca:
-Alo. (eu)
-Você não vem?
-Vou aonde?
-Como "aonde?", já está todo mundo aqui!
-Ihhh... desculpa, eu esqueci... já estou indo.
Eu tinha combinado de encontrar meus amigos do colégio para o sorteio do amigo secreto às 21h, e esqueci por completo. Tudo bem que eu estava cansado, tinha ido comprar gulosimas na Liberdade à tarde (isso daria um belo post, mas vou ficar devendo) e etc, mas não sei se chegava a ponto de esquecer das coisas desse jeito.
Acho que preciso de férias, ou melhor, acho q preciso encerrar logo a FAU.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

...head... no good.

Bah... eu passei a minha vida toda entrando e saindo de aeroportos ao menos umas 3 vezes por ano, até mesmo nas áeras não abertas a passageiros, como escritórios e restaurante de funcionários.
Mas eu não estou consiguindo projetar um maldito terminalzinho chulé.
Um mês tentando e não saiu quase nada, e isso só porque hoje eu progredi mais do que em todo o mês passado, o que não quer dizer que o projeto esteja muito melhor do que uma bosta. Aliás, está uma bosta.
Mas vai ser isso mesmo. Desencanei de preciosismos, e de atendimentos também, já que aparentemente o inspetor Clouseau, digo, professor Borelli, também desencanou. Qualquer coisa acima de 5 é lucro, faz com que meu tempo não tenha sido de todo perdido. E se for abaixo dane-se, estou cansado de me preocupar com esse tipo de problema.

domingo, dezembro 04, 2005

Ontem fui comer pizza na minha irmã.
E quando ela me viu disse:

"Argh! Que que é isso? Uma barba moicano?!? O que vai vir depois? O cabelo?"


E antes que perguntem: Não, o cabelo não.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Itororó dos Infernos!

Minha batida de outubro está rendendo.

1o a Itororó me entregou o carro com o banco quebrado, apesar de eu ter falado um zilão de vezes "verifiquem o meu banco, acho que ele quebrou". Claro que a resposta ao me entregarem o carro foi "Ah, mas o senhor não falou nada".
Depois de alguma briga (até intermediada pela corretora de seguros que, aparentementenotou uma certa má-vontade por parte da Itororó, já que ela chegou a me dizer "Sr. Luiz, se eles criarem algum problema, qualquer problema no reparo do seu carro é só ligar pra Porto que eles dão um jeito"), eu consegui que o serviço fosse feito. Só que, como eles disseram não ter a peça, ficaram de me ligar quando tivessem, para que aí eu levasse o carro lá.
Depois de quase uma semana esperando essa porra de peça chegar, na quarta às 11hs eles me ligam falando que a peça estava lá e que eu poderia levar o carro (e tinham dito que era um conserto rápido, menos de um dia). Quarta às 13hs o carro estava lá. E já ia ficar durante a quinta-feira também, para uma inspeção do seguro.
Eis que, agora há pouco eu ligo pra lá perguntando do meu carro (que já devia estar liberado ontem lá pelas 16hs), e eles me dizem que estão esperando a peça, porque a peça que eles tinham era a peça errada, e eles precisaram pedir uma novo. E que se chegasse ainda hoje eles fariam de tudo pra entregar o carro ainda hoje. Ou seja, não vão aprontar. Ou eu retiro o carro e vou precisar ficar sem ele de novo mais pra frente pra fazer o reparo, ou eu fico sem carro mais sei lá quanto tempo. Ah, e na "verificação" do estado do banco eles quebraram ainda mais meu assento.
Portanto estou sem carro de novo até sabe lá quando. E com muita raiva.
Ah, eu ia esquecendo: A concessionária Itororó do Ipiranga é provavelmente a mais picareta do país (E eu digo isso porque eu também vi o pátio de carros novos deles, que fica ao lado da funilaria).
E eu espero que isso pareça no google toda vez que alguém procurar por Itororó.

Insomnia

Está virando uma rotina. Ou o sono simplesmente não vem (apenas o cansaço), como ontem e hoje, ou ele não é suficiente para vencer a ansiedade (ou angústia, sei lá).
Não que eu não tenha motivos pra ficar um pouco ansioso e angustiado (e conseqüentemente ter algum problema pra dormir), mas a coisa está fugindo de controle. Em um dos dias da semana passada eu fiquei pensando em como preparar uma picanha com molho de cogumelos ao camembert. Bom, isso pode parecer ridículo, e realmente é. Por mais fortes que sejam os motivos acho que não justificariam isso. E nem sempre é neles que fico pensando durante a insônia, afinal Picanha ao camembert é uma das metas da minha vida.
E hoje novamente a coisa está complicada, senão eu não estaria atualizando o blog nessa hora.
Bom talvez eu devesse dizer isso a um analista, e não escrever no blog. Mas enquanto eu não tiver dinheiro para um analista...

Em todo caso, a insônia de ontem me permitiu umas boas horas de conversa com a minha prima. Se não serviu para matar a saudade, já que conversas pelo computador são inevitávelmente distantes, foi bom saber como andam as coisas do outro lado do Equador.
E conversar com alguém que pensa igual e enfrentou abacaxis que, se não foram iguais foram muito parecidos, é ótimo.
Acho que era isso. Agora vou dormir. Ou rolar.
Ah, sim: Para quem não sabe, minha prima é arquiteta.

A proliferação dos blogs faumigos

Os blogs dos antigos membros faumigos estão surgindo aparentemente por brotamento. Como se o antigo e semi-falecido blog faumigo fosse um gremilin que recebeu um balde d'água, gerando diversos pequenos gremilins.

Confesso que fui influenciado pela criação do blog do Pita. Eu tinha um desejo antigo de montar um blog, desde a época do semi-falecido, mas sempre achei que não iria conseguir configurar, essas coisas. Até que o Pita criou o dele, e me disse que pegou um modelo feito. Alguns meses de preguiça depois e eu criei o meu, cujo carácter está bastante diferente do que eu tinha pensado originalmente, muito mais pessoal e introspectivo do que a idéia inicial de um mecanismo de expôr idéias políticas, filosóficas e gastronômicas. Não que eu veja nisso um problema.

E o último a surgir veio de mais alguém que não muito tempo atrás dizia que não gostava de blogs, a Paula. O único porém é que ao invés de começar com alguma coisa tipicamente engraçada, como seria de se esperar, começa com um post ressentido por causa de uma promoção mal feita (ou, na minha opinião, propositamente mal feita para premiar uma "panela").
Como eu já comentei no seu blog, Tia Paula, seja bem vinda ao mundo escritores de tranqueiras internérdicas!

Baron de Lantier Grand Milésime 1999 Cabernet Sauvignon

Já que o Pita pediu, lá atrás, "More wine, less whine!", aqui vai.


Baron de Lantier Grand Milésime 1999 Cabernet Sauvignon

O nome tem uma grande pompa. Grande porcaria.

Abri ele durante a insônia de ontem, enquanto falava com a minha prima.

Por R$12 (promoção, o preço normal era R$30) eu achei que seria aceitável abrí-lo para beber apenas algumas taças (leia-se meia garrafa), acompanhando o lanchinho da madrugada (o último pedaço de um já citado gorgonzola mequetrefe).

Bom, já expliquei as circunstâncias da compra e da abertura da garrafa. Hora da descrição do conteúdo:
A cor estava meio atijolada, mas não muito pálida. E tinha bastante sedimentos.
Os aromas parecerem bem interessantes, basicamente frutas vermelhas artificiais (a bala soft roxinha) sob uma camada de chocolate ao leite e algo mais amadeirado, cravo ou coisa do tipo. Surpreendente até para um nacional dessa idade.
A surpresa acabou nos goles. Magro, tão magro que eu lembrei do Marco Maciel enquanto eu bebia (ainda se tivesse sido a Kate Moss...). Desequilibradíssimo pro lado da acidez e com um amargor notável e chato.
No geral um vinho meia-boca. 78/100

"Olha a enquadrada que eu dei na loira"


Lembrei dessa foto por causa da foto que o Pmugf postou no blog dele.
Ok, a enquadrada não foi tão boa assim, eu estava com uma grande angular e a loira saiu pequena na foto. Mas na hora eu procurei um jeito da loira sair direito na foto, sem receber um xingamento em francês (ou em algum dialeto germânico), ou ao menos sem ser indiscreto.
E isso foi errado. Desde a viagem à Escócia que eu me arrependo de não tirar fotos das pessoas, abertamente, falando um simples "por favor". Determinadas pessoas representam características típicas de um lugar muito melhor do que monumentos ou paisagens.

Ok, não era o caso dessa loira em Strasburgo. Mas ela tinha o par de coxas mais bonito que já vi...